A importância de uma mente tranquila
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A importância de uma mente tranquila


Não pode existir meditação sem autoconhecimento; e autoconhecimento é perceber como a mente busca incentivos, como se serve de sistemas e como disciplina a si mesma, a fim de alcançar o que ambiciona, o que espera ganhar. Estar consciente de tudo isso é meditação, pois a meditação não significa apenas se esforçar para tranquilizar a mente. A tranquilização da mente é muito fácil, bastando tomar uma droga ou repetir certas frases; mas, em tal estado, a mente não está tranquila. Só está tranquila, quando compreender o que é meditação. A mente tranquila não está dormindo mas, sim, sobremodo vigilante; mas a mente que foi COLOCADA tranquila, está estagnada, e a mente estagnada nunca compreenderá o que existe além dos seus próprios limites. A mente só pode descobrir o que existe além, quando compreende totalmente o seu processo; e essa compreensão requer completa atenção, plena vigilância, por parte da mente, para descobrir o significado de suas próprias atividades. Não é necessário praticar nenhum sistema de disciplina. Para não desfigurar o que vê, a mente deve estar livre e toda tendência para a comparação, o julgamento, a condenação — livre, não ao fim de certo tempo, porém, justamente no começo. E isso requer imensa atenção. Verão então que a mente se tornará totalmente tranquila — não apenas no nível superficial, porém muito profundamente — sem ser impelida a se tornar tranquila. Em certos momentos raros, pode nos ocorrer uma experiência de tranquilidade; mas essa mesma experiência se torna um empecilho, porque se torna memória, coisa morta. 

Assim, para termos a mente tranquila, temos de morrer para todas as experiências; e quando a mente se acha verdadeiramente tranquila, então, nesta mesma tranquilidade, algo se manifesta, que não se pode exprimir por palavras, porquanto, não há possibilidade de reconhecimento. Tudo o que é reconhecível, já é coisa sabida; e quando a mente se acha tranquila, está completamente livre do conhecimento. 

Jiddu Krishnamurti em, Da solidão à Plenitude Humana




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