Existe um método de como ficar com o conflito e observá-lo?
autoconhecimento

Existe um método de como ficar com o conflito e observá-lo?


C.J. diz: Bom dia Out!

Outsider diz: Bom dia!

C.J. diz: Estou investigando uma situação e queria seu ponto de vista, me avise quando tiver um tempo, por favor.

Outsider diz: Diga lá!

C.J. diz: De acordo com nossas conversas, toda vez que surge o sofrimento, a dica de K é ficar com isso, observar. Você me falou em observar o conflito, ficar com ele. Percebo que você tem clareza quando se expressa em palavras, então me ocorreu de pedir para — didaticamente — colocar em palavras essa coisa que é ficar com o conflito e observá-lo. Quando alguém está sofrendo, em crise, com medo, pânico, enfim em sofrimento, portanto com ansiedade, como conseguir juntar todos essas confusões, se aquietar e observar?

Outsider diz: Muito bem!... Isso me parece como a busca de um "como", de um "método"... Será possível isso?

C.J. diz: Creio que não, mas deve ter um jeito!

Outsider diz: Será possível, o modo como me reporto a isso, funcionar também para outro ser humano? Essa me parece uma boa pergunta...

C.J. diz: Deve ser possível, porque K ajudou muitas pessoas.

Outsider diz: No caso aqui do freguês, o que tenho percebido é que é muito difícil romper a, digamos assim, "barreira inicial" que abre um caminho para a possibilidade dessa prática da solitária observação do sofrimento; o consciente enfrentamento, pela primeira vez, do ataque conflituoso é profundamente delirante e desgastante, algo em que parece que o corpo vai se desintegrar... Você precisa mesmo "se agarrar" na cadeira para superar o impulso de buscar por respostas externas que silenciem — mesmo que momentaneamente — a dolorosa força de tal ataque conflituoso; a impressão que se tem é a de que, literalmente, acabaremos em estado de loucura total, num surto psicótico sem volta... Isto é algo muito, mas muito difícil mesmo de relatar através das palavras. No entanto, uma vez que se consegue isso, há posteriormente ao período de dor, a instalação de um estado de ser em que você sente que "algo" ocorreu, que uma "etapa" foi atravessada; há a instalação de um "estado de presença", uma presença que traz a segurança de que é possível fazer frente a tudo aquilo que se apresentar. A partir daí, o ato de fazer frente, fica mais fácil, apesar de ainda, por vezes, se manter "doloroso" e também "desgastante", se bem que não mais na mesma intensidade de outrora. Mas o importante aqui, é que começa a ocorrer aquilo que chamo de "ego-conhecimento"... Porque é o conhecimento do movimento do ego, do eu, do movimento do pensamento. A partir desse movimento, QUEM SABE, possamos chegar ao verdadeiro AUTO-conhecimento: o conhecimento da realidade que somos, quando não mais identificados com essa entidade, a qual denominamos "eu", "ego", "pensamento". Costumo brincar que isso é somente para homens e mulheres de saco roxo, visto que — inicialmente — se mostra algo realmente assustador. Uma vez que estamos por décadas condicionados a fugir de algum modo, daquilo que se manifesta em nosso corpo emocional, psíquico — e olha que são inúmeras as formas de fuga — é claro que fazer frente à tal conteúdo, acaba se mostrando algo assustador, quando não, algo parecido como uma atitude masoquista, destituída de sentido prático. Se tiver que simplificar a "prática", o "método", seria: obter a disposição de, aconteça o que acontecer, só sentar e olhar; olhar tudo, sem ajuda de nada, nem lápis, caneta e papel... Só olhar, olhar, olhar, olhar... É isso! Ser uma testemunha inativa. Penso que, ao invés de tentar dissertar "didaticamente" sobre esta questão, quem sabe, melhor que uma visão isolada, seria marcarmos algo parecido como tema de uma de nossas reuniões on-line. Ok?

C.J. diz: Olha, estive pensando... Com tantos mestres promovendo satsangs que acentuam o ego, por que você não faz reunião tipo Paltak ao vivo, mas, presencial?

Outsider diz: Por que penso que o princípio está acima da personalidade que relata, através da limitação das palavras, uma ínfima fração desse principio; sinto força na ação do anonimato, na não "organização da mensagem". O importante é a mensagem e não o mensageiro. Bem, agora preciso sair; trabalharemos esse tema numa reunião on-line, assim, mais confrades poderão compartilhar de suas observações.

C.J. diz: Ok!

Outsider diz: Vou nessa! Como diz um Confrade: Vida que segue!

C.J. diz: Ok!

Outsider diz: Tenha um ótimo dia!

C.J. diz: Ótimo dia para você também!

Outsider diz: Um fraterabraço e um chute nas canelas!

C.J. diz: OUtro!




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