LUZES DO MUNDO - ALAN WALLACE
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LUZES DO MUNDO - ALAN WALLACE





Alan Wallace: O Cientista da Consciência


Nascido em Pasadena, Califórnia, em 1950, Alan Wallace é filho do teólogo protestante David H. Wallace, e foi criado nos Estados Unidos, Escócia e Suíça. É um proeminente cientista americano, tradutor, professor, pesquisador, intérprete, foi monge budista por quatorze anos, ordenado por Sua Santidade o Dalai Lama. Graduou-se em Física e Filosofia da Ciência pelo Amherst College e doutorou-se em Estudos da Religião pela Stanford University. 



Em 1968, matriculou-se na Universidade da Califórnia em San Diego, onde por dois anos ele se preparava para uma carreira em ecologia. No entanto, durante o seu terceiro ano de estudos de graduação na Universidade de Göttingen, na Alemanha Ocidental, seus interesses mudaram mais para a filosofia e religião; e ele começou a estudar o budismo tibetano e a língua tibetana.

Em 1971, ele interrompeu sua educação formal  para ir para Dharamsala, na Índia, onde estudou o budismo tibetano, medicina e línguas por quatro anos.



Durante seu primeiro ano em Dharamsala, ele morava na casa do Dr. Yeshi Dhonden, médico pessoal de Sua Santidade o Dalai Lama. Durante a sua estada em Dharamsala, ele freqüentemente serviu como intérprete para Dr. Dhonden, e sob a sua orientação, ele completou a tradução de um texto médico tibetano clássico. Em 1973, ele começou a treinar no Instituto de dialética budista, em que foram realizadas todas as instruções, estudo e debate em tibetano.

Em 1975, a pedido do Dalai Lama, juntou-se ao eminente estudioso do budismo tibetano Geshe Rabten, na Suíça, primeiro no Instituto Tibete em Rikon, e mais tarde no Centro de Altos Estudos Tibetanos em MT. Pèlerin. Ao longo de quatro anos, ele continuou seus estudos e formação monástica, sempre traduzindo textos tibetanos, interpretado por Geshe Rabten e muitos outros Lamas tibetanos, incluindo o Dalai Lama, e ensinou filosofia budista e meditação na Suíça, Itália, Alemanha, França e Inglaterra.

No final de 1979, ele deixou a Suíça para iniciar uma série de retiros contemplativos de quatro anos, pela primeira vez na Índia, sob a orientação do Dalai Lama, e mais tarde no Sri Lanka e nos Estados Unidos.


Em 1984, depois de uma ausência de treze anos da academia ocidental, ele se matriculou na Amherst College para completar o seu ensino de graduação. Lá, ele estudou física, sânscrito e os fundamentos filosóficos da física moderna, e em 1987 ele se formou summa cum laude e Phi Beta Kappa. 

Depois de se formar no College Amherst, Wallace passou nove meses em retiro contemplativo no meio do deserto da Califórnia. Em seguida, em 1988, ele se juntou ao tibetano Gen Lamrimpa para auxiliar na condução de um grupo de retiros em Castle Rock, Washington, durante a qual foram exploradas formas para estabilizar a atenção.

No outono de 1989, ele entrou para o programa de pós-graduação em estudos religiosos na Universidade de Stanford, onde ele investigou o intercambio entre o budismo e a ciência da filosofia ocidental. 

Estes estudos estão intimamente relacionados com o seu papel como intérprete e organizador para a criação do Instituto " A Mente e a Vida"  com o Dalai Lama e cientistas ocidentais que se iniciou em 1987 e continuando até o presente. 

Durante o período de 1992-1997, atuou como o principal intérprete para o Venerável Gyatrul Rinpoche, um Lama sênior da Ordem Nyingma do Budismo Tibetano. Durante este tempo, ele traduziu cinco tratados clássicos tibetanos sobre métodos contemplativos para explorar a natureza da consciência. 

De 1997-2001, Alan Wallace ensinou no Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, onde realizou aulas de estudos budistas tibetanos e da integração entre ciência e religião. 



Treinado durante quatorze anos em monastérios budistas na Índia e na Suíça, Alan Wallace tem ensinado teoria e da prática budista na Europa e nas Américas desde 1976, e serviu como intérprete para vários estudiosos tibetanos e contemplativos, incluindo SS o Dalai Lama.

Alan Wallace tem se dedicado ao estudo da mente e aos efeitos da meditação. Atualmente, Wallace dirige o Instituto Santa Barbara de Estudos da Consciência da Universidade da Califórnia, dedicado à investigação interdisciplinar e multicultural das potencialidades da mente e da contemplação meditativa, onde coordena a pesquisa International Shamatha Project sobre este método de meditar. 

Em 2010, Wallace tornou-se o Diretor e Presidente do Centro Thanyapura Mente, Phuket, na Tailândia , que oferece uma mistura de psicologia e neurociência contemporânea ao lado de práticas contemplativas asiáticas antigas.

Alan Wallace tem uma característica especial que o diferencia dos seus pares na área da física e da neurobiologia:  além de ter sido um monge budista por quatorze anos, morou em Dharamsala, na Índia, traduziu mais de 30 livros do tibetano para o inglês, estudou com os mais altos mestres do Tibete e ainda ocupou o posto de intérprete oficial de sua santidade, o Dalai-Lama.


Instituto de Estudos da Consciência de Santa Barbara:

O Instituto Santa Barbara de Estudos da Consciência é dedicado a promover uma investigação interdisciplinar e multi-cultural da natureza e potenciais da consciência, estendendo seus benefícios para o público em geral.

A pesquisa do Instituto enfatiza a integração de abordagens científicas com métodos de meditação com o objetivo de expandir o estudo da mente para explorar suas potencialidades.

Hoje, novamente como cientista e físico e autor de quarto importantes livros sobre ciência e práticas contemplativas, Wallace comanda um verdadeiro exército de neurocientistas, antropólogos, sociólogos e psicólogos no Instituto Santa Bárbara de Estudos da Consciência, na Califórnia.

Sua missão principal é analisar os efeitos da meditação nos seres humanos em dezenas de experimentos e numa enorme gama de voluntários – desde de quem nunca meditou até monges com milhares de horas dedicadas à prática. As descobertas desses estudos surpreendem e seu olhar sereno sobre o despertar interno da consciência traz esperança para a humanidade. 



OBRAS:

BUDISMO COM ATITUDE:



Budismo com atitude apresenta "O Treinamento da Mente em Sete Etapas", ou seja, uma sucessão concisa de métodos para atingir a felicidade verdadeira, através dos ensinamentos do Darma, um repertório de práticas que conduzem a um estado de felicidade genuína duradoura, que não depende de estímulos prazerosos. O Darma consiste nos métodos para revelar o que já está dentro de você.

A prática do Budismo Tibetano não é somente sentar-se em meditação silenciosa, mas desenvolver uma nova atitude que ajuste nossa mente com a realidade. Atitudes precisam de ajustes. Assim como uma coluna que está fora de alinhamento.

É surpreendente o vasto conhecimento acumulado pelo mundo ocidental. Sabemos mais sobre tudo o que nos cerca do que qualquer geração anterior, e mais do que qualquer outra sociedade menos desenvolvida. Diante de tanto saber, o que será que as civilizações indiana e tibetana têm a nos ensinar? A resposta é lojong, um treinamento da mente destinado a mudar nossas atitudes para que nossas mentes se tornem fontes puras de alegria e não redemoinhos de ansiedades, frustrações, esperanças, medos e prazeres passageiros. Um modo de meditação que fá forma e significado ao pensamento conceitual, refinando a maneira como vemos o mundo. Na visão budista, todo e qualquer sofrimento pode ser totalmente eliminado. Não pela descoberta de anestésicos psicológicos ou pelo afastamento de mundo, mas pela transformação da nossa maneira de pensar. O treinamento descrito neste livro mostra como é possível realizar transformações utilizando o material bruto da vida.

A REVOLUÇÃO DA ATENÇÃO:


Depois de apresentar os efeitos doentios resultantes da incapacidade de focar a mente, o autor segue explorando um caminho sistemático de meditação que intensifica a capacidade de manter a concentração. Ao longo do caminho, Wallace cria vários interlúdios, oferecendo práticas complementares para o cultivo do amor, da compaixão e da pureza em nossas vidas. A atenção é a chave que torna possível o acesso à nossa mudança pessoal, e a boa nova é que a atenção pode ser treinada. Este livro mostra como fazê-lo.




“Não importa quão ocupados possamos estar, ou pensamos estar, ninguém nos paga o suficiente para se dar ao luxo de demandar nossos recursos mentais, todos os momentos do dia. Até mesmo durante o trabalho podemos dedicar quinze segundos aqui e sessenta segundos ali para equilibrar nossa atenção, concentrando-nos em nossa respiração. Podemos deixar nossos olhos abertos e nos sentarmos calmamente por alguns instantes, sem chamar a atenção. Podemos fazer isso em nosso local de trabalho, enquanto estamos na fila do banco, ou esperando o ônibus. Existem muitas breves ocasiões, desde que nos levantamos pela manhã até quando vamos dormir à noite, onde podemos “salvar o nosso dia” com uma “pitada” de atenção plena à respiração. Cada vez que fazemos isso, podemos sentir imediatamente o efeito revigorante em nossos corpos e em nossas mentes. Dessa forma, podemos começar a integrar a qualidade da percepção, que cultivamos durante a meditação, com a percepção que trazemos para nossas atividades no mundo durante o dia.”   - Alan Wallace

DIMENSÕES ESCONDIDAS:


O autor apresenta uma grande contribuição para diminuir a distância entre o mundo da ciência e o reino espiritual, introduzindo uma teoria natural da consciência humana com raízes na física contemporânea e no budismo: a "teoria especial da relatividade ontológica".
Pioneiro na pesquisa moderna sobre a consciência, Wallace oferece um método prático e revolucionário para se explorar a mente, que combina os insights mais perspicazes de físicos e filósofos contemporâneos com as consagradas tradições meditativas do budismo.



"Muitos estudos científicos indicam que os fenômenos mentais – tais como desejos, pensamentos, emoções e memórias experienciados subjetivamente – influenciam o funcionamento e comportamento do cérebro. Em resposta a essa evidência empírica, um número crescente de cientistas cognitivos conclui que os fenômenos mentais são reais, mas insiste que, a fim de interagir de modo causal com o cérebro, a mente deve ser física. Entretanto, os fenômenos mentais experienciados de forma subjetiva carecem de quaisquer características físicas e não podem ser detectados com nenhum dos instrumentos físicos de tecnologia, ainda que se tenha identificado que muitas funções cerebrais específicas contribuem causalmente para a geração do processo mental. Alguns cientistas e filósofos da mente imaginam as funções cerebrais como dotadas de uma identidade dual, tanto como processos físicos objetivos quanto como eventos mentais subjetivos. Mas não oferecem explicação sobre aquilo que no cérebro capacita-o a gerar, ou mesmo influenciar, eventos mentais, que dirá sobre o que permite processos neurais específicos assumirem essa identidade dual. Esse é o chamado “problema difícil”, que não foi resolvido desde que os cientistas começaram a estudar a mente. Os fenômenos mentais permanecem um enigma para os cientistas cognitivos tanto quanto o observador para os físicos modernos."  - Alan Wallace


MENTE EM EQUILÍBRIO:


A obra explora a relação entre práticas meditativas cristãs e budistas. O autor descreve em linhas gerais uma sequência de meditações que o leitor pode empreender, mostrando que, embora o budismo e o cristianismo se diferenciem nos sistemas de crença, as meditações são igualmente relevantes e compatíveis com ambos. A obra discute as questões fundamentais sobre a natureza da mente e da existência humana sem usar jargões técnicos. Numa época em que o desenvolvimento espiritual é vital para a nossa sobrevivência, Mente em Equilíbrio mostra o papel inestimável da meditação para nos ajudar a compreender e transformar a mente.

Quem sou eu? Somos meramente os papéis que estamos atualmente desempenhando na vida, como pais, cônjuges, e membros da sociedade? Ou há muito mais para cada um de nós num nível mais profundo que não é apenas produto do nosso meio ambiente? Existimos como algo mais que nossos corpos? Se nascemos no pecado e no mal, pode a natureza humana ser transformada de modo a nos tornarmos integralmente bons e nos sentirmos totalmente unidos a Deus?

"Mente em Equilíbrio" visa responder essas e outras perguntas das quais todos nós fazemos de forma simples, sem utilizar-se de jargões técnicos exatamente para o completo entendimento do leitor.



“Sempre desafiadores e polêmicos, os talentos de Alan Wallace como estudioso e escritor dão a este livro uma acessibilidade e uma amplitude raramente encontradas. Como livro destinado a um amplo círculo de leitores, Mente em Equilíbrio constrói com êxito pontes entre história, teoria, cristianismo, budismo e ciência, o que o torna realmente único.” 


CIÊNCIA CONTEMPLATIVA:


Há muito que a ciência considera a religião um conjunto de crenças pessoais sem muita ligação com o entendimento racional da mente e do universo. Entretanto, B. Alan Wallace, um respeitado estudioso do budismo, propõe que as metodologias contemplativas do budismo e da ciência ocidental sejam integradas numa única disciplina: a ciência contemplativa.

A ciência da consciência introduz métodos de investigação da mente por meio de técnicas budistas de meditação, como o shamatha, um método sofisticado para treinar a atenção. Assim como os cientistas fazem suas observações e conduzem seus experimentos com a ajuda da tecnologia, os meditadores há muito vêm testando suas próprias teorias com a ajuda de capacidades meditativas altamente desenvolvidas para a observação e a experimentação. 

A ciência contemplativa proporciona um conhecimento mais profundo dos fenômenos mentais, incluindo uma vasta gama de estados de consciência, e sua ênfase numa disciplina estritamente mental neutraliza os efeitos dos desequilíbrios mentais.

Exatamente como o behaviorismo, a psicologia e a neurociência lançaram luz sobre os processos cognitivos que nos permitem a sobrevivência e a realização plena de nossos potenciais humanos, a ciência contemplativa propõe uma perspectiva inovadora para expandir nossa capacidade de alcançar o autêntico bem-estar.





O jeito que lidamos com nossa própria mente e nossos pensamentos, ou melhor, como não lidamos com eles, é o tema desse maravilho vídeo  do monge budista e especialista em Budismo Tibetano Alan Wallace, onde ele usa uma das descrições mais reveladoras e espirituosas, sobre nossos descontrolados e obsessivos hábitos mentais. 

Ou, nos termos que ele mesmo cunhou bem-humoradamente, “Síndrome de Wallace“, que seria nosso estado mental normal, que é, na verdade, um super-tolerado e grave “distúrbio obsessivo compulsivo delusório“. 

Wallace é extremamente convincente e cuidadoso ao descrevê-lo, usando comparações como a do encanamento de uma casa e invocando os métodos da antiga polícia alemã oriental. É uma descrição algumas vezes hilária mas que é essencialmente seríssima e, como ele mesmo diz, envolve todos nós que estamos aqui vendo ele falar. 

A solução que ele prescreve é a meditação, a mais conhecida e efetiva prática para o controle da mente, muito estudada e difundida também por outras escolas de sabedoria como o Yoga. 



O objetivo não é manter a mente em silêncio, mas ter a opção de podermos colocá-la em silêncio quando quisermos, sem a escravidão de um estado permanente obsessivo, compulsivo e iludido.

São dois vídeos. No primeiro, ele descreve porque considera que nosso estado normal é um estado doentio, e explica a parte “obsessiva” da síndrome. No segundo vídeo ele completa explicando a parte “compulsiva e delusória”.

Síndrome de Wallace - parte 1



Síndrome de Wallace - parte 2




Fonte: http://www.alanwallace.org/




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