NÃO RELIGIOSOS
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NÃO RELIGIOSOS




Não Religiosos (também referidos como incrédulos, irreligiosos ou pessoas sem religião) é a ausência, indiferença ou não prática de uma religião.

Os não religiosos são aqueles que se negam a seguir toda e qualquer religião, escrituras sagradas, dogmas e rituais. Não seguem nenhum "manual" de fé, não se deixam guiar, não transferem para ninguém a autonomia de sua conexão com o divino. 

A maioria das pessoas associa o espiritual a alguma forma de vivência da religião. As ideias de que um estilo de vida não religioso é desprovido de espiritualidade e de que esta associa-se de forma necessária a uma concepção de sagrado é completamente equivocada.

A irreligiosidade não exclui a espiritualidade! 



Alguns segmentos podem posicionar-se contrários e, eventualmente, inclusive ser hostis às religiões, como pode ser o caso do anticlericalismo, do antiteísmo e da antirreligião. 

Quando caracterizada como indiferença à religião, inclui o apateísmo. 

A irreligião também consiste parcialmente na rejeição da crença religiosa, onde se insere o ateísmo e o humanismo secular. 



Ser "não religioso" é a escolha lúcida pela não adoção de um sistema de crenças, e a “pessoa" passa a interagir de modo racional e ético com a multidimensionalidade; ciente de estar ora na condição de assistente, ora na condição de assistido.

A irreligião permite o uso da razão, do discernimento, do questionamento. É, quando a pessoa toma decisões, assume as rédeas do próprio destino, administra a vida pessoal com lógica, bom senso, ética, inteligência, procurando fazer o melhor que estiver ao seu alcance; em benefício pessoal (autossuperações) e alheio (práticas interassistenciais possíveis).



A religião está vinculada a um sistema de crenças. Perdura milênios e tem normas inquestionáveis, inverificáveis.  Se as normas estipuladas forem descumpridas, a pessoa ficará sujeita à sanções ou penalizações dos “céus”.

Quando caracterizada como a ausência de crença religiosa, pode incluir algumas pessoas que seriam incluídas no agnosticismo, ignosticismo, não teísmo, deísmo, panteísmo, ceticismo religioso, espiritualismo, livre-pensamento e a não-crença. 

As pessoas não religiosas podem até incluir formas de teísmo dependendo do contexto religioso, como na Europa do século XVIII, onde o epítome da irreligião foi o deísmo.

Embora povos classificados como irreligiosos podem não seguir qualquer religião, nem todos necessariamente não acreditam no sobrenatural ou em deidades; assim como uma pessoa pode ser um teísta sem uma religião ou ser um não praticante. 



Em particular, aqueles que associam religiões organizadas com qualidades negativas, mas ainda mantêm crenças espirituais, poderiam ser descritos como não religiosos.

É perfeitamente possível viver desvinculada da religião. Aliás, para quem superou essa espécie de gargalo, a religião constitui um tipo de repetição perfeitamente dispensável de vidas passadas. Os ateus, agnósticos, céticos, espiritualistas, e aqueles que não aceitam qualquer tipo de autoridade religiosa compõem a camada dos "não religiosos" na população.


Um levantamento feito pelo Fórum Pew para Religião e Vida pública com base em estudos demográficos de 230 países e territórios estima que 1,1 bilhão de pessoas (16,3% da população mundial) não possuem qualquer filiação religiosa. 

O grupo de pessoas sem religião (que não necessariamente são ateias) é o terceiro maior do levantamento, atrás apenas dos cristãos (31,5%) e muçulmanos (23,2%), e à frente do número de hindus (15%), budistas (7,1%), religiões folclóricas (5,9%), judeus (0,2%) e outras religiões (0,8%).



Os números obtidos pelo Pew são referentes a dados de 2010 e o instituto não fez comparação com anos anteriores. Há, entretanto, crescimento notório de pessoas sem religião em diversos países. 

No Brasil, o Censo 2012, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que entre 2000 e 2010 a porcentagem de não religiosos no país foi de 7,3%) para 8%.


O número de pessoas sem religião não necessariamente significa que elas não acreditam em deus. Há no grupo ateus, agnósticos e pessoas que não se identificam com uma religião. Segundo o Pew, é grande o número de pessoas do grupo que creem em "deus ou em uma força maior". 

Algumas evidências sugerem que o status religioso que mais cresce nos Estados Unidos é o status denominado "sem religião."

Vinte por cento dos americanos se consideram “espiritualistas, mas não religiosos”. Embora a declaração pareça irritar tanto crentes quanto ateus, separar a espiritualidade da religião é perfeitamente razoável. 




O termo "sem religião" não é do agrado de todos os integrantes deste segmento. Há aqueles que preferem o termo "não-religioso" (considerado menos ofensivo), e há aqueles que preferem especificar a sua postura filosófica, identificando-se, explicitamente, como ateus, agnósticos ou deístas. 

O termo também pode se referir a qualquer pessoa que não se considera adepta de alguma religião formal. Não exclui a possibilidade de uma pessoa sem religião possuir uma cosmovisão religiosa. 

Contudo, há diferenças filosóficas entre os principais grupos de não-religiosos.

Agnósticos:



Os agnósticos entendem que as questões metafísicas (ou transcendentais) ou religiosas não são possíveis de análise pela razão humana. O agnóstico não tem uma crença certa nem uma descrença certa em uma divindade, mantendo que não é possível resolver o problema. Ou seja, ele é indiferente, não "rejeita", nem "aceita", a existência de Deus.

Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. 

Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. 

Céticos:



Tradicionalmente, cético tem sido usado para descrever uma pessoa que duvida de dogmas religiosos recebidos.  

No entanto, embora o agnóstico enfoque questões de deus em particular, o termo cético expressa uma abordagem mais ampla da vida.  Alguém que chama a si próprio um cético colocou o pensamento crítico no cerne da questão.  

Eles amplamente desafiam a tendência humana de acreditar em coisas com base em provas insuficientes.  O cético é uma pessoa que não acredita, que duvida ou se apresenta como incrédulo ou descrente.

O cético questiona tudo o que lhe é apresentado como verdade e não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos.

O cético pode usar o pensamento crítico e o método científico (ceticismo científico) como tentativa de comprovar a veracidade de alguma tese. 

Ateus:



Os ateus não crêem na existência de qualquer deus. 

Ateus podem ser materialistas, isto é, não acreditam na existência de deus algum, nem da alma humana, nem qualquer outro tipo de coisa que não seja material, ou podem não acreditar na existência de deus(es) podendo eventualmente aceitar certas idéias imateriais como a alma humana. 

Ateísmo, num sentido amplo, é a ausência de crença na existência de divindades. O ateísmo é oposto ao teísmo, que em sua forma mais geral é a crença de que existe ao menos uma divindade.

Ateísmo não é religião, mas algumas religiões como o jainismo e o budismo também não acreditam na existência de deus(es).

Deístas:




Os deístas acreditam na existência de um ser superior (ou deus), e defendem que a existência de deus pode ser compreendida por intermédio da razão. 

Contudo, os deístas não seguem qualquer religião denominacional. 

Para o deísta, as pessoas devem assumir a responsabilidade pelos seus atos, e procurarem a felicidade nesta vida terrena, ao invés de aceitarem os tormentos das injustiças sociais em procura de uma vida eterna de caráter duvidoso. 

Os conceitos de "inspiração" e "revelação divina" não são negados, mas o deísta duvida se realmente a pessoa as recebeu.

O deísmo é uma posição filosófica naturalista que acredita na criação do universo por uma inteligência superior (que pode ser Deus, ou não), através da razão, do livre pensamento e da experiência pessoal, em vez dos elementos comuns das religiões teístas como a revelação direta, ou tradição.


Humanistas:



Os humanistas acreditam que a experiencia religiosa (ou mistica, transcendental) não se origina de revelação, mas da experimentação humana.  Aplica-se a qualquer perspectiva ou atitude perante a vida centrada nos interesses e necessidades humanas. 

Enquanto termos como ateu ou antiteista enfocam a falta de crença em deus e agnóstico, cético, todos enfocam formas de conhecimento – humanista concentra-se em um conjunto de valores éticos. 

Humanismo visa promover o bem-estar amplo com o avanço da compaixão, igualdade, autodeterminação, e outros valores que permitem aos indivíduos desenvolver-se e viver em comunidade uns com os outros.  



Espiritualistas:



Espiritualistas são as pessoas que não seguem nenhuma religião, mas nutrem uma profunda vida espiritual.

O espiritualista é um estudioso de si mesmo. Busca o auto conhecimento, a unicidade com o universo, a transcendência do ego, a unidade.

Espiritualismo é a doutrina ou sistema que admite a presença, no homem e no mundo em geral, do elemento espiritual. O Espiritualismo é o oposto do materialismo, que afirma não existir nada além da matéria. 

O espiritualismo vai além da crença de que há um mundo fora da matéria. É a convicção de que há uma "fonte criadora", e de que somos todos frutos dessa divindade.




Sentimentos como a contemplação, o deslumbramento, o enxergar-se como parte de algo maior e sublime (o cosmo) prescindem de uma fé em um ser “superior”, em um criador ou de uma fé na inspiração sobrenatural de um livro sagrado.

Os não religiosos, em principio, não são pessoas sem fé, ou sem a vivencia do mundo espiritual. São pessoas que não outorgam sua liberdade a ninguém.  Não se submetem a regras e modelos, não são acuados pelo medo, não creditam a livros e escrituras, sua sabedoria interna.

As religiões dão rótulos às pessoas. Uma suposição que os que pertencem são melhores do que os que estão fora, que eles merecem mais compaixão, integridade e generosidade ou mesmo que a violência contra “infiéis” é aceitável. 


A religião, vagarosamente, está senda relegada a segundo plano. Porém, é de se esperar que a dissipação efetiva demore milênios, pois, a tendência de repetir atos descartáveis de vidas pregressas, ainda é um fato. 




Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Irreligi%C3%A3o
http://www.recexis.org/index.php?option=com_content&view=article&id=66:irreligiao&catid=4:publico&Itemid=3




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