Que as perguntas voltem a ser perigosas
autoconhecimento

Que as perguntas voltem a ser perigosas


A verdadeira religião não está preocupada com nada além desta vida. Ela investiga esta vida e encontra o além. a outra realidade não está em outro lugar, mas oculta nesta realidade. Esta realidade é a outra realidade! A diferença está na sua visão; se você tiver profundidade, verá que está realidade é outra realidade. Isto é aquilo! 

(...) Deus está presente em tudo, é a profundidade de tudo — deixe-nos dize-lo desta maneira(...) Deus significa profundidade. E se você sabe como viver profundamente... você só saberá como viver profundamente se conseguir constantemente se prosseguir constantemente morrendo para o passado e nascendo no futuro. Entre esses dois aspectos acontece a profundidade. De repente a porta se abre e você pode ver aquilo que é. Por um momento a mente não está mais funcionando e é abandonada. A nova mente ainda não nasceu e você pode ver a verdade como ela é. Logo a nova mente nascerá, e no momento em que ela nasce ela começa a envelhecer; novamente você terá de abandoná-la. Isso eu chamo meditação.

Meditação é uma maneira de encarar a crise real da vida, de encarar o próprio crescimento e as dores crescentes. 

A filosofia distrai, a teologia engana, a política somente o mantém ocupado com coisas estúpidas, a arte somente decora a cela e a ciência ainda não é corajosa o bastante para atacar o problema real, assim ela fica trabalhando sobre coisas, sobre o exterior. 

(...) Toda pessoa pode ter a satisfação de ser religiosa, toda pessoa pode viver Deus. Mas então você terá de renunciar muitas coisas, suas filosofias, suas religiões, suas estúpidas ocupações... E não estou dizendo que você deva renunciar ao mundo — sua esposa, seus filhos, seu trabalho — não. Este não é o problema. O problema real está em suas crenças; você terá de renunciar a suas crenças.(...) Renuncie apenas às atitudes que lhe foram ensinadas, às quais você foi condicionado. Se você renunciar aos seus condicionamentos, renunciará a sua ignorância e se tornará inocente, e a partir desta inocência surgirá o conhecimento. A pessoa se torna sábia, mas lembre-se de que quando você se torna sábio o mundo não o considerará sábio, mas sim um idiota!

(...)Lembre-se disto: ter olhos no mundo de cegos significa que você deverá estar pronto para algumas coisas. Eles rirão de você e não acreditarão que você tem olhos; ninguém jamais conheceu alguém que tivesse olhos. Eles acharão que você é um charlatão, uma fraude, que você tem alguma motivação por trás dessa declaração de que você obteve olhos; eles ficarão com raiva, furiosos, e poderão envenená-lo e matá-lo. Uma coisa é certa: eles não podem acreditar que você é sábio, pois ao pensar assim terão de aceitar a ideia de que eles não o são — e isso é muito difícil. É mais fácil crucificar um Jesus, assassinar Mansoor e envenenar Sócrates do que pensar que somos todos idiotas. 

A presença de um Jesus traz a crise: se ele estiver certo, então todos os outros estarão errados. E, se ele estiver errado, então todos poderão relaxar em seu confortável e aconchegante mundo e se esquecer de tudo sobre a crise. Jesus abre a porta e se torna o problema, lembre-se disso. 

Um Buda real, um Jesus real, não o supre com respostas. Ele simplesmente lhe traz o problema que você esqueceu. Ele cria novamente o problema e o deixa na sua frente; ele o força a ver o problema, e é tão persistente que o importuna. 

Pense em Sócrates andando nas ruas de Atenas — ele estava importunando a todos!(...) Ele fez perguntas que ninguém desejava ouvir, pois aquelas perguntas tiravam o próprio chão debaixo dos pés; aquelas perguntas eram perigosas. Uma vez que elas penetrassem na pessoa, então ela jamais seria capaz de dormir facilmente; elas iriam persegui-la. Uma vez que aquelas perguntas tivessem penetrado na consciência da pessoa, ela não poderia viver da mesma maneira que viveu até então. Aquelas perguntas se tornariam as sementes: elas começariam a crescer na pessoa e a mudá-la de maneiras sutis.(...) E como você pode  viver se não resolveu o problema real de sua vida? A vida somente começa quando você soluciona o problema real. 

E qual é o problema real? O problema real é como continuar a morrer para o passado e como continuar a nascer no futuro; como permanecer fresco, jovem, como gotas de orvalho; como não envelhecer. Esta é a maneira de como crescer — como não envelhecer e permanecer sempre jovem e fresco. O frescor não deveria ser perdido nem na vida nem na morte. Nenhuma poeira deveria ter permissão de se depositar em você.

OSHO




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