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A CIDADE PERDIDA DE STONEHENGE
O mundo antigo abriga inúmeros mistérios, lendas, mitos e testemunhos artísticos e arquitetônicos das civilizações perdidas.
Tudo isso está envolto nas brumas da ancestralidade e fascina o homem desde sempre. Embora muitos livros já tenham sido escritos apresentando versões variadas para buscar explicar essas culturas, e pesquisadores tenham percorrido sítios arqueológicos para comprovar a origem e datar no tempo monumentos dessas civilizações da Antiguidade, eles continuam a nos arrebatar a imaginação e a nos convidar para fazer reflexões mais profundas sobre a origem e a história da nossa humanidade.
Dentre tantos monumentos do mundo antigo, para nós ocidentais o enigma arquitetônico mais famoso e intrigante é Stonehenge.
Nenhum lugar tem gerado tanta especulação e teorias extravagantes como as enormes e solitárias pedras que permanecem eretas na planície de Salisbury, em Wiltshire, Inglaterra, desafiando-nos com o seu mistério.
A simples visão da estrutura não usual do antigo monumento de Stonehenge intriga a todos aqueles que o conhecem. Quem o fez e para que? Por mais de 5000 anos ele tem permanecido em uma vigília silenciosa sobre aquela região.
Stonehenge foi construída entre 3100 e 2000 antes de Cristo na planície de Salisbury, Inglaterra. Este monumento megalítico já foi escavado, medido, pesquisado, já o fotografaram com raios X e, a despeito de tudo isto, o seu propósito ainda permanece um dos grandes mistérios do mundo.
Quase tudo já se disse sobre Stonehenge. Teorias e "teorias" em profusão tentam explicar algo que nos intriga. As 3 perguntas de sempre: quem, por que e para que, continuam desafiadoras embora muito já tenha sido aprendido sobre a sua idade e construção.
As teorias sobre quem construiu este monumento são uma homenagem à imaginação do ser humano: elas vão do discurso sério de pesquisadores em arqueoastronomia até os mais inacreditáveis absurdos, ditos também com a maior seriedade. Druidas, gregos, fenícios, antigos moradores do continente desaparecido da Atlântida, extra-terrestres, a escolha é sua.
Para que serve este monumento? Sacrifício humano, altar mágico, observatório astronômico, observatório meteorológico, passagem para outras dimensões, entrada para o centro da Terra, etc.
Olhando Stonehenge
Veja esta incrível visão aérea de Stonehenge. Verificamos que este monumento é formado por círculos concêntricos. Na verdade a área total de Stonehenge vai muito mais além da marcante construção de pedras no centro da figura. A marca no chão mostra que aqueles que o construíram utilizavam uma enorme área desta planície para a realização de seus intentos. O enorme bloco de pedra situado bem acima da figura, bem à margem da estrada pavimentada, também faz parte de Stonehenge. Ele é chamado de "heel stone".
O mapa seguinte mostra toda a estrutura de Stonehenge. Veja como este monumento é incrível. Além do conjunto de pedras central que o caracteriza, existem várias outras estruturas, destacando-se um notável anel de 56 buracos que circunda a estrutura interna de Stonehenge. Estes buracos foram descobertos por John Aubrey no século XVII e são chamados de "Aubrey holes" (os buracos de Aubrey).
O círculo, o labirinto, é uma forma presente em todas as tradições e culturas, e esse é um legado da tradição e cultura celta. Como toda cultura constitui um todo indissociável, esse monumento demonstra que estamos todos integrados no tempo; e que presente e passado são facetas de uma mesma existência.
Nesse novo milênio, as alianças entre sobrevivência e transcendência, mundo interior e mundo exterior, serão o alicerce da construção de um homem melhor. As tradições espirituais e a sabedoria contida nelas revelam a unidade na diversidade do conhecimento e de todas as manifestações da vida.
No Ocidente, Stonhenge é o monumento pré-histórico mais conhecido e pesquisado, e é visitado por milhares de pessoas anualmente. Localizado na planície de Salisbury, sul da Inglaterra, ele reina soberano na paisagem descampada em místico isolamento.
Quando o visitante avista o magnífico círculo formado por imponentes blocos de pedra cinza chamada sarsen – um tipo de arenito muito duro -, sente a força e envolvência do mistério que o monumento encerra.
Os blocos de pedra medem 4 metros de altura e são denominados menires; encimados por enormes pedras horizontais, dolmens, formam um enorme círculo contínuo com aberturas regulares entre as pedras.
Diante da magnificência do círculo sagrado, nos transportamos para um passado desconhecido, porém pressentido, e sentimos o poder do dinamismo efetivo dos símbolos, a imagem acolhedora da roda, do círculo, e percebemos como essa é uma forma geométrica sagrada e atuante em nosso psiquismo.
Temos sede de unidade. O círculo sagrado nos apresenta uma concepção unificante do sentido da vida; por isso nos atrai tanto e provoca no peito um sentimento reverente e, na mente, um deslumbramento.
Diante de monumentos dessa grandiosidade, o transcendente se manifesta e revela a simbologia sagrada da vida; o passado e o presente se unem; o racional e o espiritual dialogam e, desse diálogo, nascem novos conceitos de realidade e visões de mundo.
Quem primeiro se deteve para estudar o monumento foi o clérigo Henry de Huntington que, por volta de 1130, escreveu um livro sobre a história da Inglaterra, e incluiu Stonehenge como incógnita histórica. Historiadores atribuem a idade de cinco mil anos para o círculo de pedras, e os místicos e esotéricos o consideram uma obra erigida pelos atlantes.
Estudioso Inglês, Henry de Huntington escreveu : "Stonehenge é um lugar onde pedras de um tamanho incrível, muito se assemelham a forma de portais, de modo que uma porta parece ser definida em cima de outra. "
De onde teriam vindo aqueles blocos enormes, já que na planície não existem montanhas nem pedreiras? Como teriam sido erguidas e por quem?
Stonehenge é o monumento pré-histórico mais importante da Inglaterra e não há nada semelhante à ele em todo o mundo. Este altar de pedras tem sido usado há 5000 anos e até hoje não se tem certeza absoluta qual era sua finalidade. Rituais Druidas, cerimônias em homenagem ao sol, ou portal para seres de outros planetas são algumas das possibilidades sempre lembradas.
Os saxões chamavam ao grupo de pedras erectas "Stonehenge" ou "Hanging Stones" (pedras suspensas), enquanto os escritores medievais se lhes referem como "Dança de Gigantes".
As “pedras azuis” usadas para construir Stonehenge foram trazidas de até 400 km de distância, nas montanhas de Gales, com direito a travessia marítima, quando não faltavam pedreiras na vizinhança. Algumas pesam 50 toneladas e tem 5 metros de altura. Se alguém traçar uma linha no chão, passando no meio do círculo formado pelas pedras, vai ver que esta linha aponta para a posição do nascer do sol de verão.
A mais antiga referência ao monumento, supõe-se, é a que faz o grego Hecateu de Abdera na sua História dos Hiperbóreos, datada de 350 A.C. ergue-se um templo notável, de forma circular, dedicado a Apolo, Deus do Sol.
A utilidade de Stonehenge tem fortes relações com a astrologia. O inglês Gerald S. Hawkins analisou cuidadosamente o complexo megalítico e descobriu que fenômenos como solstícios e equinócios são indicados pelas posições das pedras. Depois viu também que eclipses podem ser previstos ali. Stonehenge seria então, um templo do Sol, o único templo neolítico do Ocidente, à exceção dos templos da deusa-Mãe em Malta.
O monumento é um exemplo clássico das civilizações megalíticas. Cientistas afirmam que Stonehenge foi construído entre os anos 3100 e 2000 A.C. em três fases separadas. A estrutura é composta por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta toneladas, onde se identificam três distintos períodos construtivos:
O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a construção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e as pedras de grandes dimensões (megálitos) – ainda no local – foram erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19 quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.
Estima-se que essas três fases da construção requereram mais de trinta milhões de horas de trabalho.
Originalmente Stonehenge era um círculo externo media 86 m de diâmetro. O círculo interno, com as pedras maiores, media 30m. Havia ainda uma avenida de acesso principal onde ficavam os portais de pedra, marcando o alinhamento do sol e os ciclos da lua.
Analisando-se as pedras viu-se que elas foram cortadas para encaixar exatamente uma na outra, o que é incrível, já que na época não existiam ferramentas de construção com esta precisão.
Ao meditar sobre os mistérios de Stonehenge, vale lembrar que, naquela época, diferentes tribos e autoridades contribuíram para a construção de Stonehenge. Cada um pode ter tido objetivos diferentes para construir o monumento.
CELTAS:
Os celtas nos deixaram uma mitologia de grande beleza e uma tradição espiritual mágica cujas lendas magníficas contêm inegável poder revelador e inspirador. A estrutura poderosa do círculo de pedras de Stonehenge proporciona não apenas a visão do fato concreto, mas também uma experiência subjetiva profunda de apreensão da essência da cultura do povo celta.
Alguns relatos históricos contam que os Druidas, uma tribo Celta que habitou a região da Inglaterra durante o império Romano fizeram cerimônias, mas é ainda não é certo se foram eles que construíram Stonehenge, pois o monumento já existia quando os Druidas chegaram à Inglaterra, a datação pelo carbono-14 prova isto. Possivelmente eles apenas herdaram a tradição, costumes e rituais dos primeiros moradores deste lugar.
Os Druidas são os servidores da Deusa, a Grande Mãe, e detentores da sabedoria sagrada dos celtas. Eles eram os cientistas e os mestres espirituais desse povo. Eles eram homens magos que dedicavam suas vidas a louvar a fecundidade da Terra e a promover a evolução humana e cósmica pelo diálogo da alma com o planeta e o cosmos. Esses sacerdotes viviam um polisteísmo singular e cheio de paradoxos.
Os druidas eram sacerdotes iniciados na sabedoria da natureza e afirmavam – assim como faziam os sacerdotes maias e incas – que eram descendentes do deus dos mares, de quem tinham aprendido a ciência e a sabedoria. Eles acreditavam na eternidade da energia da matéria, na eternidade do espírito e na metempsicose.
Para os celtas, a manifestação da vontade do inominável e desconhecido cria a vida e se experssa em três círculos: abred, o círculo interior, onde pulsa o gérmen de todas as coisas;o gwenved (círculo do centro da beatitude); e o Keugant, o círculo exterior, onde somente Deus se encontra. Acreditavam em cinco elementos de sustentação da vida : Kalas (a Terra, a emanação de Dé-Mater); gwyar (a hmildade); fun (o ar); uvel (fogo, luz, calor); nwyvre (emanação do espírito de Dis Pater). Da união da emanação do espírito de Dis Pater e Dé-Mater com os demais elementos surge a vida.
Os druidas não tinham templos e oficiavam no altar da natureza, em especial nos bosques e junto a uma árvore consagrada: o carvalho. Na lunação adequada, utilizavam uma pequena foice de ouro para extrair o visco do carvalho, um musgo com poderes curativos do corpo físico e do corpo astral, dotado de elementos transmutadores de desequilíbrios e fortalecedores do sistema imunológico. Esse era um ritual permitido somente aos druidas. Do visco (visgo) era feita uma poção que, depois de pronta, era servida aos membros da comunidade.
Eles conheciam poções para soluções de males físicos e espirituais, feitas com misturas de raízes, ervas resinas e minerais. Os druidas eram grandes alquimistas e conhecedores da linguagem das estrelas, sendo Stonehenge para eles um observatório solar e um ponto de convergência das energias cósmicas e um catalisador de energias curativas.
Acredita-se que Stonehenge e outros sítios megalíticos foram construídos pelos antepassados dos Druidas deste milênio, por acreditarem que fossem lugares de grande força para concretizarem seus rituais...em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
A descoberta de outros círculos de pedra no interior da Grã-Bretanha e de antigos escritos romanos, conduziu os pesquisadores e cientistas até os celtas e os druidas. A aproximação entre ciência e tradição espiritual trouxe mais informação sobre o monumento.
Dizem alguns estudiosos do esoterismo que os celtas remontam ao tempo em que os deuses caminhavam sobre a Terra – a era dourada da humanidade.
Durante séculos, Stonehenge foi cenário de reuniões de camponeses e nos últimos 90 anos os "Druidas" modernos celebraram aqui o solstício de Verão.
Durante aproximadamente 20 anos, milhares de pessoas se reuniam no local todos os meses de junho para assistirem ao festival que aí tem lugar. Mas em 1985 as autoridades proibiram tanto a vinda dos Druidas como o festival em si, receosas de que as pedras, assim como a paisagem circundante, possam ser danificadas.
Diversas pedras de Stonehenge tem desenhos ou inscrições feitas pelas antigas civilizações, embora já estejam bastante apagadas pelo tempo. Como o local não fica longe de Londres, há diversas excursões de um dia que vão até lá.
O fim de Stonehenge aconteceu por volta do ano 1600 AC. Foi a partir daí que começou sua destruição. Apesar do tamanho enorme, muitas das pedras desapareceram. As menores foram carregadas por visitantes que queriam levar uma "lembrança".
A partir de 1918 o local começou a ser recuperado, e muitas das grande pedras que estavam inclinadas e ameaçando tombar foram reerguidas. Atualmente, o lugar é administrado pelo English Heritage, e como o número de visitantes é de cerca de 700.000 por ano, foram tomadas medidas mais rigorosas para garantir a preservação de Stonehenge.
Ao redor do monumento principal existem outras obras intrigantes. Afastado de Stonehenge, 800 m ao norte está o chamado Cursum. Semelhante à uma pista reta de corridas de cavalos, com 2,8 km de comprimento e 90 m de largura, imagina-se que ele também era usado em cerimoniais religiosos e procissões.
Alguns adeptos do estudo dos OVNI afirmam entretanto que seu objetivo era servir como pista de pouso para naves interplanetárias.
Depois da visita à Stonehenge, ficam muitas dúvidas, algumas suposições, e poucas certezas. Porque trouxeram pedras tão imensas e pesadas de tão longe, exatamente para aquele lugar? Quem de fato construiu o monumento e porque? Sozinhos ou tiveram ajuda de alguma outra civilização? Que civilizações eram estas, que já na pré-história tinham conhecimentos tão profundos de astronomia, engenharia, e matemática?
Teria sido Stonehenge realmente construído com ajuda de povos vindos de outros planetas, ou isto tudo não passa de ficção?
Stonehenge pode ser a maior maravilha do mundo pré-histórico. Com certeza, é um de seus maiores mistérios. O círculo foi deliberadamente alinhado com o nascer do sol do solstício de verão, o amanhecer do dia mais longo do ano. Como poderiam os Inícions primitivos ter colocado aqueles gigantescos blocos de pedra, pesando até 50 toneladas cada um, em suas atuais posições? E por que fizeram isso?
O escritor e pesquisador francês Robert Charroux, em o Livro dos Mundos Esquecidos, afirma que os celtas irlandeses eram atlantes ali radicados depois do afundamento de Poseidon, a última ilha de Atlântida. Os atlantes que sobreviveram à catástrofe teriam se espalhado pelo mundo, semeando sua cultura, conhecimentos, artes, crenças e rituais místicos e mágicos.
Segundo o mesmo autor, certo dia, os celtas receberam a visita dos Tuatha Dé Danann, um povo maia quiche vindo de além-oceano depois de ter sofrido uma grande derrota em seu território. Os Tuatha Dé Danann tinham o mesmo tipo físico, os mesmos costumes, manifestações artísticas e deuses dos celtas, e neles estariam reencontrando sua raiz civilizatória. Os celtas os acolheram e com eles se mesclaram.
Os Tuatha se diziam uma raça divina e seriam inicialmente originários da Céltia, vindos de Atlântida. Essa afirmação se baseia em textos do Popol Vuh, livro sagrado dos maias, no qual está escrito: “Eles estavam em Há’kavitz quando os quatro chefes da migração desapareceram de forma misteriosa. Embora bastante idosos e vindos de muito longe há já algum tempo, não estavam doentes quando se despediram de seus filhos, dizendo que a missão tinha sido cumprida e que regressavam à pátria.”
Outro trecho diz: “A vossa casa não é aqui; é para além dos mares que encontrareis as vossas montanhas e as vossas planícies. Sereis protegidos por Belih (Bel) e pro Tot (Thot,Thor), deuses de civilizações muitos antigas”. Bel, na Babilônia; Thot, no Egito; e Thor, para os escandinavos e germanos.
Os celtas-atlantes seriam nossos antepassados comuns, pois teriam colonizado todo globo. Como eles eram grandes navegadores, mapearam os oceanos e o planeta, e se espalharam pelo mundo. Da Pérsia, atual Irã, à Irlanda e à Ibéria, e daí continuaram e povoaram toda a bacia mediterrânea; a seguir foram para a Índia e demais países da Ásia.
Depois, atravessaram o Atlântico e se mesclaram aos autóctones americanos do norte e do sul. Eles também teriam ido ao Pacífico Sul e povoado as ilhas da Micronésia e da Polinésia, e constituído o mítico império de Mu.
É evidente que essa versão não é aceita pela história oficial, sendo considerada fantasiosa; mas os arqueólogos e historiadores devem se sentir desafiados pelas evidências. Os menires, os lingans (falos) da Índia, e os megálitos de Filitosa e de Carbac, na França, os da Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, Ásia, etc., são semelhantes aos de Tula, no México, de Tiahuanaco, na Bolívia e Peru, da Ilha de Páscoa, Ilhas Marianas, das Ilhas Guanches nas Canárias, Lampur, Senegal, Egito e outros.
A pirâmide de Carnac, conhecida como túmulo de Saint Michel, e a de Plouézoch, na Bretanha, são semelhantes às pirâmides maias em Monte Albán, obedecendo à mesma arquitetura.
Esses e outros indícios, ainda envoltos em mistério, podem ser desvendados desde que os pesquisadores ousem rever a história oficial sem medo, e não se acomodem ao conhecido e referendo pela maioria.
Recentemente, astrofísicos e estudiosos da nossa estrela-mãe, o Sol, estudando Stonehenge, obtiveram novas informações sobre as pulsações e explosões solares, desvendando no monumento alguns conhecimentos adquiridos pelos antigos celtas.
Com a cristianização, o druidismo que restou foi perseguido, e à medida que o Cristianismo se firmava, foram desaparecendo os rituais e festivais sagrados. Os druidas forma considerados um mal a ser extirpado e suas práticas religiosas vistas como nefastas e demoníacas.
No século 18, aconteceu o renascimento dos druidas e da cultura dos celtas. Foi quando estudiosos da Antiguidade e nacionalistas galeses trouxeram de volta suas origens célticas e o interesse pela sabedoria dos druidas, visando restaurar a memória cultural e a identidade nacional.
Atualmente, muitos são os adeptos do druidismo espalhados pelos diversos países, e os modernos druidas reivindicam o acesso a Stronehenge para se reunir por ocasião dos solstícios de inverno e de verão, e reviver as práticas das quais se consideram legítimos herdeiros.
A estação de semeadura que precede o inverno, bem como o início da primavera e, finalmente, todos os solstícios, erma marcados por comemorações. O nascer do dia, a chegada da noite, as lunações e a chuva fecundante, eram recebidos como dádivas pelos celtas-druidas, e os atuais seguidores gostariam de poder se reabastecer na memória sagrada que vibra e emana de cada menir no círculo de Stonehenge.
As autoridades britânicas impedem a entrada no círculo sagrado argumentando que a manutenção da integridade do monumento estaria ameaçada. Quem quiser visitar o círculo sagrado dos celtas, terá de se contentar com uma observação distante.
Se os celtas são realmente nossos antepassados, unificadores da cultura planetária, é algo a ser comprovado pelos cientistas e historiadores. Mas Stonehenge é, sem dúvida, uma mandala de integração e um monumento da humanidade que nos remete ao limite do que seja finito e cognoscível. Nele, a iminência do sagrado expressa uma realidade transcendente, compartilhada por todas as raças e culturas reunidas em torno do Mistério.
Analisamos a revolucionária teoria do arqueólogo britânico Mike Parker Pearson, que considera este antigo monumento o centro de um dos maiores complexos religiosos pré-históricos do mundo. A sua equipe encontrou provas surpreendentes que embasam uma nova interpretação de Stonehenge e das pessoas que o construíram.
A poucos quilômetros de Stonehenge, as revelações começam quando a equipe descobriu a primeira evidência de que existiu ali um assentamento há 4.500 anos. Com pelo menos 300 casas, é o maior assentamento da Idade da Pedra no norte da Europa.
No centro estão as ruínas de um misterioso segundo círculo. As escavações e os testes de carbono revelaram que esse monumento perdido era, na verdade, uma réplica aproximada de Stonehenge, mas feito de madeira, e que os dois círculos foram erguidos ao mesmo tempo.
Enquanto investigam como os dois podem estar relacionados, os arqueólogos já fizeram outra descoberta surpreendente: havia uma avenida imponente com 30 metros de largura feita de sílex prensado, saindo do segundo círculo de madeira de Durrington Walls.
Esta é a única via desse tipo encontrada na Inglaterra, e segue diretamente para o rio Avon, localizado nas proximidades. Houve outras descobertas mais impressionantes.
Fossas cheias de ossos de animais dão pistas sobre a vida do antigo povo que construiu Stonehenge.
Escavações para pilares encontradas numa colina acima do rio podem fornecer novas idéias sobre a forma como eles tratavam os mortos - e o papel que o grande círculo de pedra tinha nos rituais.
Parker Pearson acredita que Stonehenge foi construído para os ancestrais, que era um monumento de pedra para abrigar os espíritos dos mortos. As novas escavações revelam que ele era ligado por grandes avenidas, destinadas a procissões, a outro grande círculo, construído em madeira - que representaria o mundo dos vivos. Nos dias mais longos e mais curtos do ano, ambos os monumentos se alinham de modo incrível no nascer e no pôr-do-sol.
“Agora, é claro para nós, que Stonehenge teve um carácter funerário em todas as suas etapas”, comenta Parker Pearson, que liderou, com a National Geographic, o chamado Stonehenge Riverside Archeological Project.
Além de supostamente decifrar essa identidade dos criadores do Stonehenge, os estudiosos descobriram também a maneira como os blocos pesadíssimos eram transportados até lá e como era a obra antes de virar ruína. Difícil mesmo é entender o sentido de tudo aquilo.
No livro From Stonehenge to Modern Cosmology ("De Stonehenge à Cosmologia Moderna", inédito no Brasil), o astrônomo inglês Fred Hoyle, um dos maiores especialistas do século XX em teorias sobre a origem do universo, defendeu a tese de que o monumento foi erguido como uma espécie de computador capaz de prever eclipses e outros fenômenos celestiais, concluindo que "o conhecimento astronômico desse povo deve ter nascido de muitos séculos de observação".
Outros especialistas enxergam as ruínas como vestígios de um grande templo religioso - e é bem provável que as duas teorias sejam complementares.
Sem encontrar interpretações astronômicas para as construções posteriores, Hoyle levanta a hipótese de que houve um declínio intelectual entre as primeiras e as últimas civilizações de construtores, talvez pela invasão das ilhas britânicas por outros povos. A falta de registros escritos e o longo tempo que Stonehenge ficou esquecida tornam mais difícil decifrá-la.
No século XX, iniciou-se uma batalha para preservar o que restou de Stonehenge, mas até isso criou polêmica - como algumas pedras tombadas foram reerguidas e estabilizadas, a interferência gerou acusações de que as atuais formações seriam falsas. Mas os restauradores garantem que todo seu trabalho respeitou a posição original das pedras.
Então Stonehenge era um templo?
Não podemos, e não devemos, tão facilmente supor que Stonehenge era um templo. Sem dúvida ele pode ter sido um templo mas é importante lembrar que nós não sabemos nada sobre as religiões daqueles dias e não temos nenhuma evidência dos costumes destes povos.
Parker Pearson disse que estudos mais recentes indicam que Stonehenge devería ser visto menos como um templo religioso, que como uma construção que servia para unir as pessoas de toda a ilha.
Também não há qualquer evidência de sacerdotes-astrônomos. Os construtores de Stonehenge presumivelmente tinham sacerdotes, quase todos os povos tem religiões e a maioria das religiões têm juízes eclesiásticos de algum tipo.
Certamente o uso ritual de Stonehenge foi mais importante do que as suas funções astronômicas , no entanto não devemos ser céticos e considerar que muitas destas interpretações astronômicas devem ser mantidas apenas como especulação.
Ainda hoje, não podemos afirmar com certeza que Stonehenge não foi de fato construída por seres humanos que viveram na idade da pedra, sem a assistência de astronautas alienígenas, como sugerido em alguns livros.
Stonehenge é mais do que um monumento; é um símbolo e é um mito, e por isso se presta às mais variadas interpretações e perspectivas. O mito permite o afloramento de questões que pressupõem atitudes diante da realidade, e reorganiza nosso modo de ver e entender as coisas, nós mesmos e o mundo. Por isso, Stonehenge instiga a imaginação e se apresenta como algo destinado a se eternizar.
Vídeo: Quem Construiu o Stonehenge ? - National Geographic
Vídeo: Stonehenge: Mistério na Pré-história
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