~Jeff Foster
Hoje quero refletir com vocês sobre esse ponto importante que Jeff nos aponta: A constante adequação.
Pode parecer uma coisa difícil num primeiro momento, mas não é, pelo contrário, a adequação ao momento presente é uma das maneiras mais simples e sábias de se viver.
Todos nós trazemos memórias, lembranças, registros, e quanto mais vivemos, maiores vão ficando "nossos arquivos" mentais. Com isso, levamos uma vida programada, pré-determinada, e temos a impressão de que já sabemos o que irá acontecer, como as coisas vão se suceder.. isso tira toda a graça da surpresa, a graça da leveza de deixar o momento presente ser aquilo que quiser ser..
Claro, que o medo está embutido nesse tipo de comportamento, uma vez que, essa programação toda, tem a finalidade de não sermos pegos de surpresa, o medo de que algo fuja do controle, ou algo de assustados aconteça; por isso, planejamos, projetamos, acreditando que com isso iremos de fato controlar a realidade... claro que não conseguimos..
Quando temos consciência de que nosso dito "controle" realmente não existe, o que pode existir é algum planejamento, mesmo assim aberto, porque nesse "nosso planejamento" tudo pode acontecer... Quando lidamos com a vida, com a realidade nesse patamar de consciência, vemos que o momento presente tem, teve e terá sempre a última palavra. Nós somos levados a viver situações que jamais teríamos escolhido, passamos por momentos que nunca em nossas vidas pensaríamos em viver aquilo, e no entanto, lá estamos nós, sem saber porque, passando por aquela situação, vivendo aquilo...
Podemos atuar de dois modos basicamente: Nos fechando, no medo, na mente, na desconfiança e no rancor, revolta, amargura.. Ou nos abrindo ao amor, à confiança, ao aprendizado que aquilo está nos trazendo..
Escolhemos o medo da mente ou a consciência - amor.
O medo nos fecha, nos congela, nos coloca em cheque frente ao nossos arquivos mentais, estratégias, maneiras de fugir daquilo, maneiras de negar aquilo, enfim.. mil maneiras que acreditamos ter de não enxergar o óbvio que está ali na nossa frente, mil maneiras de dizer "Não". Caímos em diálogos mentais infinitos, argumentos infinitos, culpas, sentimentos todos misturados, que sem que percebamos, estamos no sonho da mente, o momento presente está sendo perdido...
O amor consciente, pelo contrário nos situa no aqui e agora.
Nos abrimos à experiência, nos colocamos na posição do observador não identificado, estamos centrados. Momento a momento nos adequamos ao que o momento nos pede. Isso é fluir com a existência, é perder os limites, é o mergulho confiante no desconhecido...
A mente não tem poder sobre a consciência centrada.
A mente pode falar, argumentar, a consciência somente observa, e deixa passar.
Existe uma adequação instantânea ao aqui e agora, ao que o momento presente me pede... a ação é imediata e inédita, não é baseada em fatos passados, mas vivida de modo espontâneo e direto.
Essa consciência é crescimento, é fluxo, é abertura, é luz...
Quanto mais experimentamos viver dessa maneira, menos a mente terá poder sobre nós. Cada vez mais estaremos claramente centrados, e enxergando a situação de modo aberto, includente e sem fixações.
Isto é o que Jeff chama de se "estar em casa". Nossa casa passa a ser simplesmente tudo o que acontece. Independente do que a mente classifica como bom ou ruim, o momento presente é simplesmente o momento presente, e isso basta.
A inteligência universal é a suprema força motriz de tudo e de todos. Não existe nem um grão de areia fora do lugar, nem mesmo um fio de cabelo cai sem que toda a existência esteja empenhada nisso...
Nossas vidas são guiadas por essa força maior, não temos como negar isso...
Relaxar no momento presente é ser adequado, é ser presença não identificada, não fixada...é dançar a suprema e eterna dança de Shiva... e desfrutar do que o momento nos trás...
Perceber e realizar isso é pura sabedoria, é liberdade, relaxamento.
Alguns também chamam de realização...
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