"Você precisa de tempo para a maioria das coisas na vida: é preciso tempo para aprender uma nova atividade, para construir uma casa, para se especializar em alguma profissão, para preparar um chá.
Mas o tempo é inútil para a coisa mais valiosa da vida, a única que realmente importa: a realização pessoal, o que significa saber quem você é essencialmente além da superfície do "eu" - além do nome, do tipo físico, da sua história.
Você não pode encontrar a si mesmo no passado ou no futuro. O único lugar onde você pode se encontrar é no Agora.
Os que buscam uma dimensão espiritual querem a autorrealização ou a iluminação no futuro.
Ser uma pessoa que está em busca significa que você precisa do futuro.
Se é nisso que você acredita, isso se torna verdade para você: precisará de tempo até perceber que não precisa de tempo para ser quem você é.
Quando olha para uma árvore, você toma consciência da existência da árvore. Quando pensa ou sente alguma coisa, toma consciência do pensamento ou da sensação.
Quando passa por uma experiência boa ou ruim, toma consciência dessa experiência.
Essas afirmações parecem verdadeiras e óbvias, mas, se você examiná-las atentamente, perceberá que, de uma forma sutil, elas contêm uma ilusão básica que se torna inevitável quando se usa a linguagem.
O pensamento e a linguagem criam uma aparente dualidade, como se houvesse uma pessoa e uma consciência separadas. Isso não existe.
A verdade é que você não é uma pessoa que toma consciência da árvore, do pensamento, do sentimento ou da experiência.
Você é a consciência na qual e através da qual essas coisas existem. Você se percebe como a consciência na qual todo o conteúdo de sua vida se desdobra?
Quando você diz "Eu quero conhecer a mim mesmo", você é o "eu".
Você é o conhecimento.