O despertar da luz espiritual em um ser traz como consequência a depuração da energia dos corpos de que ele dispõe. Traz também a elevação da sua própria vibração e o desabrochar de virtudes que ampliam o grau em que a sua consciência reflete a vida de núcleos.
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Os contatos internos não são um privilégio de poucos, mas o caminho de todos. A mente, com seu discernimento, foi concedida aos homens com o propósito de que com ela construíssem uma ponte com a vida interior.
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O momento em que os contatos internos se revelam à consciência é secreto e desconhecido. É regulado por leis e ciclos que transcendem a percepção humana atual.
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Uma das decorrências fundamentais dos contatos internos autênticos é a aproximação, à vida concreta, das energias e qualidades sublimes da consciência que despertou para o divino, e a transmissão de estímulos para a realização da parte do Plano Evolutivo que cabe à humanidade cumprir.
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O grau evolutivo de um ser não se pode medir e, portanto, não deveria ser objeto de comparações ou de comentários. Todavia, é necessário cautela frente aos que propalam sabedoria sem que esteja firmada nos atos de sua vida.
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A expressão externa de um indivíduo está sempre aquém do nível alcançado por seus núcleos interiores; todavia, o descompasso entre esses níveis de consciência é progressivamente reduzido à medida que o ser cresce em fidelidade e obediência ao que lhe é indicado internamente.
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Se em sua ascensão o ser olhar para trás, desviar-se-á do rumo, afastar-se-á da meta e perderá a clareza que o guiava.
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Uma das provas que sucessivamente, e de modo cada vez mais sutil, é apresentada ao aspirante, ao discípulo ou ao iniciado, é a transcendência da ilusão própria do nível que ele está polarizado.
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Para que as leis de um nível de consciência possam ser apreendidas, é preciso total soltura do que é conhecido e do que já foi adquirido, pois as leis e os seus corolários diferem de um plano para outro, e uma mesma realidade apresenta-se de modo diverso em cada nível em que se exprime.
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Com a ampliação da consciência, o homem aprende a ver com os olhos da alma. Se a esta os frutos do seu labor são oferecidos, ele se torna um servidor do Plano Evolutivo. Deverá, então, alcançar patamares mais altos: será a ígnea percepção do nível monádico que lhe dará de maneira cristalina as chaves de sua tarefa junto à Hierarquia. Mesmo que não s encontre desperto e estável nesse elevado nível, a graça está sempre atuante e, sob a aura do Instrutor interno, ele poderá ser tocado por energias cósmicas.
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A tarefa principal de todos os homens é amar a lei suprema. O único laço a ser neles fortalecido é o que os une a essa incognoscível essência de vida e poder. Nenhuma atividade, nenhum serviço, deve obscurecer o brilho da pura devoção e entrega. A devoção é para ser dirigida ao Infinito. A união, firmada com o Criador e não com as criaturas.
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Como um ator, que representa diferentes personagens e sabe que, na realidade, não é nenhum deles, o servidor do Plano Evolutivo deve atuar: viver no mundo o que lhe estiver destinado, sabendo que a ele não pertence, reconhecendo que sua origem transcende a vida material.
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O caminho breve revela-se à consciência que se deixa atrair pela Vida Inanimada, portal do Absoluto que se encontra no universo interior do próprio ser.
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Nada deste mundo deve retardar os passos do ser humano à superação do ponto evolutivo alcançado. Promessa alguma de bons serviços, de encontro com dádivas sagradas, de contatos com Instrutores e Mestres devem levá-lo a esquecer sua meta mais profunda.
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Na vida do ser, tudo deve estar em função da meta única, e ter o propósito de conduzi-lo pela senda do espírito.
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A realidade dos planos superiores não é construída pelo eu consciente. Existe independentemente da situação material e externa do ser ou do planeta. Espojando-se de si e esvaziando-se de todo o supérfluo, o ser deixa resplandecer a luz da essência: dinâmica, criadora, sem nome e sem forma.
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Na consciência de um ser que responde aos desígnios da Hierarquia deve estar presente uma serena disponibilidade para acompanhar as mudanças trazidas pelos novos ciclos. Qualquer modalidade de serviço deve ser por ele igualmente acolhida sem que nutra apegos, seja essa modalidade de trabalho uma tarefa silenciosa, seja a materialização de realidades sutis.
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A sabedoria dos universos não recomenda confronto direto com obstáculos. Tem em conta que, embora nuvens se coloquem à frente do Sol, ele sempre esparge sua luz; e que, quando o caos material se aguçar tentando impedir a ampliação da vida espiritual nos homens, o estímulo para a ascensão jamais faltará.
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Quando o ser se dedica à necessidade, silenciam os clamores dos seus corpos, dissipam-se as suas ilusões e ele pode, então, aproximar-se do sagrado auto-esquecimento. Esse é o início da trilha que o conduzirá à verdade.
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O trabalho evolutivo equilibra: ao materialista, traz o imaterial; aos místicos, a realidade concreta.
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Para moldar o ferro é preciso aquecê-lo, mas também é preciso usar a força. Do mesmo modo, para que certos ajustes de vibração possam ocorrer nos corpos materiais de um ser, é necessário, juntamente com o calor do espírito, o ritmo externo que invoca a vontade-determinação.
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Quando uma tarefa de grande importância evolutiva é entregue a um ser, ele já percorreu uma longa trajetória na qual, mesmo sem saber, transpôs inúmeras provas e assim se preparou para etapas de maiores responsabilidades.
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Quando a energia interna consegue tocar de modo mais firme as partículas materiais dos corpos de um ser, imprimindo-lhes serena abertura, ocorrem transformações sem que para isso ele faça qualquer esforço ou se preocupe com o processo de cura em ato.
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A partir do momento em que a compreensão espiritual é atingida, o ser rende-se a ela, com amor e alegria, assumindo os passos que lhe são indicados. Livre de expectativas e temores, e tendo entregue ao Supremo o transcurso da sua existência material, descobre a serenidade.
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O egoísmo é a fone de todos os males do homem. Apesar de a focalização da atenção sobre si mesmo ser, a princípio, utilizada como vórtice atrativo da energia da alma a fim de ancorá-la nos corpos externos e levá-la a buscar experiências os níveis materiais, a partir de certo estágio evolutivo esse autocentramento torna-se nódulo resistente à transcendência, nódulo que precisa ser dissolvido e ter sua essência sintetizada e absorvida num plano superior. Nesse mecanismo está oculto o fundamento do processo de cura.
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Cura e Iniciação traçam o caminho de volta à Origem. Promovem a fusão dos seus vários núcleos de consciência, sua liberação da regência das leis materiais e seu ingresso em mundos sublimes, desconhecidos da mente racional.
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Em certos momentos cíclicos da vida de um indivíduo pode ser necessário um estímulo externo para que transformações importantes se concretizem. Todavia, nenhuma mudança que venha manifestar estados sutis consuma-se nos níveis externos do ser se não houver entrega e prontidão em obedecer à lei superior e, sobretudo, se não houver fé.
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O aforismo “quando o discípulo está pronto o Mestre aparece” é não só uma realidade interna, mas um fato na vida material. Até hoje, na Terra, não tem sido comum o indivíduo conseguir transcender certo estágio sem a ajuda de um ser mais experiente que lhe indique a trilha da observância às leis. Na superfície deste planeta, muitas são as investidas de forças dissuasivas, e sutis suas armadilhas, o que torna essa ajuda necessária. Entretanto, por ela não se entende dependência psicológica.
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Na senda interior o indivíduo estende a mão àquele que está na sua frente e também ao que lhe sucede. Essa senda é composta de uma corrente de seres, vidas e consciências que, em conjunto, se dirigem à libertação.
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É fácil o aspirante deixar-se iludir pelo que se pode chamar de ambição espiritual. Porém, se seus passos são calcados no desapego e na entrega, se a experiência interior fortalece sua humildade, tornando-o compassivo com os demais e sereno diante das provas que lhe são apresentadas, percorrerá essa estreita trilha com segurança e retidão, despertando por fim para a vida imaterial.
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Para que o amadurecimento do ser se aprofunde, ele passa por um estágio no qual reconhece que existe em si uma busca de realização pessoal por meio de contatos internos — e abdica de alimentá-la. Quando a cristalinidade e a pureza são neles firmadas, podem ser-lhe reveladas chispas da luz de núcleos sublimes, origem de toda a sabedoria disponível ao homem.
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