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DESMISTIFICANDO SÍMBOLOS - O PENTAGRAMA
Saudações caros membros , amigos e viajantes do Muito Além ! sem nenhuma pretensão nossa ,pois pouco sabemos dos muitos símbolos que estão espalhados por todo o Planeta ,apenas vamos fluindo, pesquisando e partilhando informações que vamos tendo acesso em nosso navegar pela Net.
Neste artigo vamos desmitificar esse símbolo tão Enigmático e Polêmico "O PENTAGRAMA " , que é um dos, se não o símbolo mais conhecido e difundido por todo o Mundo.
Esperamos com esse partilhar , elucidar um pouco mais sobre os velhos conhecimentos, trazendo à tona uma outra percepção, mantida acesa por sábios ao longo dos tempos.
Apesar da internet proporcionar sites de informações variadas , o mais importante de uma pesquisa é pensar por você , não siga uma linha de raciocínio , seja "LIBERTO" em suas ideias !
Bom, vamos a isso...
O Pentagrama
Segundo o dicionário: “Um pentagrama é uma figura de uma estrela composta por 5 retas e que possui 5 pontas. Também significa uma palavra de 5 letras. Em música são as 5 linhas paralelas que compõem a partitura”.
O pentagrama data do período de 3.500 aC, na Mesopotânia, e era usado como um símbolo do poder real, que se estendia pelos quatro cantos do mundo. Entre os hebreus o símbolo estava relacionado com a verdade e representava o Pentateuco.
Pode apresentar duas formas: pentagonal ou estrelada (com 10 ângulos), o pentagrama possui simbologia multipla, mas sempre se fundamenta no número cinco, a união dos desiguais, a união do princípio feminino (2), com o princípio masculino (3), sendo assim uma representação do microcosmo. Simboliza a androginia e da síntese de forças complementares.
Este símbolo é tido por muitos, como sendo o resumo básico e essencial da vida, sendo considerado pelos antigos pitagóricos representado pelo número 5 e pelo objeto geométrico Pentágono. Hoje em dia, é um símbolo muito usado por ordens Neo-Pagãos e religiões reconstrutivistas neo-celtas como símbolo representativo.
O número 5 deste símbolo, indica a Vida, de forma natural, primitiva.
Este número pode ser obtido de duas formas, somando-se o 2 mais o 3, ou o 4 mais o 1.
O número 1 representa o Uno, ou a causa prima de todas as coisas, a fonte de onde tudo saiu, a origem do Universo.
O 2, representa a polaridade existente no universo, positivo e negativo, assim como os gêneros masculino e feminino.
O 3, representa a consciência, o equilibrio.
O 4, os 4 elementos: Fogo, Água, Ar e Terra.
Logo, vamos realizar o trabalho de soma e veremos no que dá:
1) 2 + 3 = 5 (filosofia Chinesa).
2 = Polaridade
3 = Consciência
2) 1 + 4 = 5 (pitagorismo)
1 = Uno 4 = 4 Elementos
Invariavelmente, os dois cálculos irão resultar em vida. O que irá diferenciar é o tipo, a forma de vida que irá se formar aqui. No primeiro calculo teremos a vida de forma animal, comum. O segundo temos a Vida de uma forma mais Universal, não necessariamente universal. Entretanto, ambos os significados são complementares.
Este significado ficou tão enraizado na filosofia do mundo antigo, que o próprio cristianismo acabou adotando ele por um período breve, sendo apenas destituido de sua adoração a Apolo, e mantendo a ideia racional de mundo.
Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador. O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do pentagrama.
As cinco pontas do pentagrama:
ESPÍRITO: Representa o "incriado" (para os druidismo) ou a Deusa e o Deus (para a wicca). Em ambos os casos, denota os 4 elementos que são as outras 4 pontas.
ÁGUA: Representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade.
FOGO: Representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.
TERRA: Representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.
AR: Representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência , ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.
O uso mais antigo, foi feito pelos antigos pitagóricos, uma seita grega dissidente do Orfismo, que dava uma importância maior aos números e objetos geométricos, dizendo que por meio deles o homem poderia vir a conhecer o mundo e aos deuses. Seu deus cultuado era Apolo, deus solar grego da Beleza, da Poesia, da Arte, da Razão... Enfim, de tudo aquilo que tem ligação com a estética e a razão.
Para os pitagóricos era símbolo de saúde e conhecimento, sendo para eles uma forma de reconhecimento mútuo. É uma das chaves da Alta Ciência: abre a via do segredo.
Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.
O pentagrama pitagórico – que se tornou, na Europa, o do Hermes gnóstico – é, além de um símbolo de conhecimento, um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de pentagramas eram utilizados pelos magos para exercer seu poder de várias formas: utilizando a base da figura da estrela de cinco pontas como base de seus sigilos e rituais.
Simboliza o casamento, a felicidade, a realização. Considerado pelos antigos como um símbolo da idéia do perfeito.
Na ciência propriamente dita a estrela pentagrama é um interessante diagrama que descreve várias leis matemáticas: se encontra como representante nos logarítmos, na sucessão de Fibonacci, a espiral logarítmica e por isto também nos fractais, etc.
O pentagrama sob a forma de estrela foi chamado, na tradição maçonica, de Estrela Flamejante. J. Boucher cita, entretanto com reservas, esta intrepretação de Ragon: Ela era (a estrela flamejante) entre os egipcios, a imagem do filho de Isis e do Sol, autor das estações e emblema do movimento; desse Hórus, simbolo dessa matéria primeira, fonte inesgotável de vida, dessa fagulha do fogo sagrado, semente universal de todos os seres. Ela é, para os maçons, o emblema do Gênio que eleva a alma a grandes coisas. O Pentagrama era ainda chamado de higia (de Higia ou Higéia, deusa da saúde)e as colocadas em cada uma das suas pontas.
O Pentagrama como representação do Homem em relação ao Universo, como no Homem Vitruviano de Da Vinci, simboliza o domínio da alma divina do homem sobre os elementos, sendo em cada ponta a representação dos elementos coroados pelo espírito (a quintessência dos Alquimistas e Gnósticos), simbolizando assim o domínio do homem sobre o seu mundo, o homem cumpridor de sua Verdadeira Vontade.
O Pentagrama da filosofia pitagórica também pode ser representado de cabeça pra baixo , onde foi vinculado de vez no imaginário popular como anti-cristão após a circulação do Baphomet de Eliphas Levi, onde ele aparece na testa da imagem. Hoje em dia, o Pentagrama é usado em geral como símbolo máximo do Neo-Paganismo, mais exatamente na Wicca, onde ele manteve o significado medieval a ele dado.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
NOTA: A diferença básica do pentagrama pitagórico com a do chinês, os 4 elementos são puramente físicos, enquanto entre os chineses todos os elementos são ligados diretamente ao físico e ao espiritual.
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO
1) Este pentagrama é usado para representar o espírito se impondo sobre a matéria. Representa o polo positivo do Universo, e o gênero feminino. Indica a espiritualização da matéria. Iluminação.
2) Este é usado para representar a Matéria se impondo sobre o Espírito. Representa o polo negativo, e o gênero masculino. É erroneamente associado ao satanismo ou anti-cristianismo, quando na verdade apenas esta indicando a espiritualização da matéria. Materialização.
A ÁRVORE DA VIDA DA CABALA
A Árvore da Vida da cabala também tem um modo especial de representar este símbolo, complementando e completando seu significado.
O Pentagrama "Positivo" (de cabeça para cima), tem em si as esferas: Keter (Coroa), Hockmá (Sabedoria), Biná (Entendimento), Hesed (Misericórdia) e Guevurá (Julgamento).
O pentagrama "negativo" (de cabeça para baixo), tem em si as esferas: Hesed (Misericórdia), Guevurá (Julgamento), Tiferét (Beleza), Netzach (Eternidade/Emoção), Hod (Razão) e Yesod (Consciencia).
Logo, podemos entender que, independente de qual seja o pentagrama, ambos irão agir no mundo (Malkut / Reino).
Referencia:
CHEVALIER, Jean, Dicionário de Símbolos, 22ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 2008
Ocultura
Wikipédia
Dicionário de Símbolos
TEORIA DA CONSPIRAÇÃO
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