"É muito simples. Tudo que aparece como visível para você é o que é observado. O visível é apenas um reflexo do seu ser real. E tudo que não aparece é o eu puro, o observador. Você não pode ver o observador, porque ele é quem vê. Vá a um espelho e olhe seu reflexo. Você é o reflexo? Não. Da mesma forma, o que você concebe como você, é simplesmente um reflexo do Ser Real, da consciência espiritual que você é.
O corpo e a mente são expressões de quem você é.
A sua atenção deveria se voltar para o sujeito.
O sujeito é você! O sujeito é o observador. O sujeito é você, sempre intocado pelo mundo. Mas este sujeito não é uma pessoa. É simplesmente uma consciência impessoal.
O amor e o desapego desabrocham quando sua atenção começa a transitar da mente para o coração.
O coração sente diretamente a vida.
O coração ama. A mente duvida.
O coração sempre o guia ao que você precisa.
A mente hesita, põe minhocas em sua cabeça, lhe impõe dezenas de condições para ser feliz.
Coloque-se do ponto de vista do coração, que é seu Eu puro.
Olhe para a vida sem exigências, sem imposições, sem julgamentos.
Olhe para a vida com os olhos de criança.
Os olhos puros veem apenas pureza. Olhos corrompidos veem corrupção.
Os olhos do eu puro são límpidos e frescos. Eles não carregam o ranço da memória, dos anos. Eles estão sempre jovens e presentes.
Os olhos do espírito estão sempre límpidos. O que você está vendo no mundo é aquilo que está em sua mente. Se sua mente está pura, se você vê sob o ponto de vista da pureza, tudo está no seu lugar.
Assim, quando está em seu centro de amor, todos os pensamentos de que você precisar para viver a vida, virão naturalmente a você, e não lhe causarão nenhum mal.
Pensamentos não são o problema quando você vive do ponto de vista do seu coração inocente.
Pensar é natural e espontâneo, mas a mente e o coração precisam estar alinhados um com o outro."
Swami S. Naseeb em Satsang