autoconhecimento
Inconsciência...
Hoje queria refletir com vocês sobre a insconsciência.
Toda a nossa busca, é pela consciência, pelo acordar, por estar absolutamente presente, aqui-agora, e com isso absorver o absolutamente óbvio da existência que se manifesta, que se expressa, que se realiza a Si mesmo a cada momento.
Mas a inconsciência, é algo que não podemos esquecer, nem muito menos negligenciar. Ela existe, e muito, e faz parte da existência, logo precisa ser vista e acolhida com amor.
A natureza, os animais, as plantas, vivem diversas dimensões de inconsciência. Manifestam a unicidade automáticamente, instintivamente, nem se dão conta do que estão fazendo, ou sendo, apenas são. Essa "fidelidade" à existência, à Deus, é linda, pura, e majestosa, já que é absolutamente transparente, não reativa, manifestam sua natureza essencial, porém sem o questionamento da razão, da mente. São puros.
Na medida que algumas espécies adquirem rudimentos mentais, inteligencia, como os chimpanzés, golfinhos, vão agindo de modo particular, não instintivo, mas autentico, com isso vemos nascer em algumas espécies uma autonomia, uma diferenciação comportamental, que fascina os cientistas e mais ainda, nos mostra que a existência evolui, progride, avança, não só o homem, mas toda a natureza está no mesmo movimento evolutivo.
Essa evolução, com a aquisição da mente, nos aponta que existe uma saída da total inconsciência instintiva, para uma consciência, mesmo rudimentar, essa mente começa a brotar e a ser construída em algumas espécies. Nos homens isso é um atributo natural. Nascemos com um imenso potencial mental, racional, lógico, que ao longo de nossas vidas irá se maturando e com isso criando, realizando, e modificando o mundo e a nós mesmos.
Não tem como ser diferente.
A mente humana é divina, é preciosa e é o que nos difere de todos os outros animais.
Percebam que não existe alternativa para o homem.
Ele já nasce com uma mente pronta. Um corpo mental pleno. Que pode ou não ser explorado, maturado, mas já está lá disponível.
É aí que surge a questão que queria refletir com vocês.
Aqui surgem duas opções: Ou nos mantemos na inconsciência, através da alienação, dos entorpecentes, do sonho, da ilusão, e ficamos estagnados em uma dimensão pequena - pobre eu diria- que nos coloca totalmente fracos e ignorantes quanto a nossa real natureza, desconhecendo aquilo que tudo conhece...isso é uma opção.
Ou avançamos em direção a plena manifestação dessa consciência que se expande, que ilumina, que dá profundidade, unicidade e sabedoria a tudo e a todos, já que vai muito além do que se observa e do que se percebe. Alcançar a consciência luminosa, búdica é ir fundo nos planos da existência de se conhecer e de se auto-experimentar. Quando avanço na luz da auto-consciência desperto para o Todo, e todas as "divisões" naturalmente caem por si mesmas, pois nunca existiram de verdade.
Porém a primeira opção da inconsciência permanece. E é isso que vemos ao longo da história da humanidade, com todo uso de entorpecentes, drogas, alucinógenos, enfim, uma infinidade de maneiras de perpetuar uma inconsciência. Uma fuga da evolução mental, uma maneira de escapar do "peso" que muitas vezes se possuir uma mente causa.
Só que isso não resolve o "problema". Não temos como nos livrar da mente. Ela existe e faz parte de nós, se manifesta em nós, embora não sejamos ela, ela faz parte de nós. E simplesmente desligar a sirene no corpo de bombeiros, quando toca acusando um incêndio lá na floresta, não acaba com o incêndio...
Entrar numa "viagem", fugir de qualquer maneira, não acalma a mente, não suaviza o "peso" da mente, pelo contrário, mostra que ainda não estamos em paz, unificados, estamos em uma guerra interna, uma divisão, e que isso já é o próprio inferno. Quem vive isso, sabe muito bem o que estou falando.
Para o homem, manter-se inconsciente de si mesmo, da sua natureza essencial é ir contra todos os planos da existência, é ir contra toda e evolução. A mente precisa ser cuidada, e transcendida, com amor, e com sabedoria.
Manter-se na escuridão da inconsciência é simplesmente optar pelo caminho mais difícil, árido, solitário e infrutífero que existe. O caminho sem luz, sem saída. Não temos como andar para trás. Não temos como voltar a inconsciência dos animais, da natureza, só nos resta de fato avançar, avançar e transcender alcançando dimensões mais e mais luminosas, puras e auto-realizadas em nós e através de nós.
O retorno luminoso se dá na verdade, quando transcendemos a toda e qualquer divisão ilusória criada em nossa mente, e a volta ao estado original unificado acontece, como a mais simples e perfeita manifestação de amor, gratidão e aceitação por tudo que somos, recebemos e manifestamos de Deus....nunca antes disso...
Amor
Lilian
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