autoconhecimento
LUZES DO MUNDO - CHICO XAVIER
CHICO XAVIER - UM GUIA DE LUZ
Filho do operário João Cândido Xavier e da doméstica Maria João de Deus. Nasceu a 2 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo.
A desencarnação de dona Maria João de Deus, deu-se a 29 de setembro de 1915, quando o Chico tinha apenas 5 anos.
Dos nove filhos (Maria Cândida, Luzia, Carmosina, José, Maria de Lourdes, Chico, Raimundo, Maria da Conceição e Geralda), seis foram entregues a padrinhos e amigos.
Com 4 anos de idade já via e ouvia os espíritos e conversava com eles. Com 5 anos ficou órfão de mãe e foi entregue aos cuidados da madrinha, que lhe castigava por qualquer motivo. Várias vezes ouviu sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo para reunir novamente a família.
Chico sofreu muito em companhia de sua madrinha, que era obsediada. Conta ele, que apanhava três vezes por dia, com vara de marmelo. O pai de Chico casou-se novamente; desta feita com Cidália Batista, de cujo casamento advieram mais seis filhos (André Luiz, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido).*
Por essa ocasião, deu-se o seu retorno à companhia do pai, dos irmãos e de sua segunda mãe dona Cidália, que tratava a todos com muito carinho.
Sua escolaridade vai até o curso primário, como se dizia antigamente. Trabalhou a partir dos oito anos de idade, de 15h às 2h, numa fábrica de tecidos.
Católico até o ano de 1927, o Padre Sebastião Scarzelli era seu orientador religioso.
A situação era difícil. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve a ideia de fazer uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram melhorar a renda e voltar a frequentar as aulas.
Em janeiro de 1919, com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa pois precisava buscar lenha. Foi então que a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher as verduras sem permissão da família. Preocupada a madrasta não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que pedisse um conselho ao espírito de sua mãe. O menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu a sugestão de que toda vez que sua madrasta se ausentasse, entregasse a chave de casa a vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.
Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos. À noite, levantava-se agitado e conversava com os espíritos. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender. O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas e livros. Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte. O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.
Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que a seguisse. Precisava aprender a obediência para que Deus um dia lhe concedesse a confiança dos outros. E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe.
Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente a missa e acompanhava as procissões. Levantava cedo para começar as tarefas escolares e em seguida seguia para o serviço da fábrica onde trabalhava.
Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho começava das seis e meia da manhã e seguia até oito da noite. As perturbações noturnas continuaram, depois de dormir, caia em transe profundo.
Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar em sua casa. Na mesa, dois livros, "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Ouviu da mãe: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros a nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos".
A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.
Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, despertou seu amor pela natureza. Vê em tudo poesia e oração, vida, verdade, luz, beleza e amor. Acima de tudo sente a presença de Deus.
Em 7 maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões eram realizadas nas segundas e sextas-feiras.
A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931. Nesse mesmo ano Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além-Túmulo", que foi lançado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier já havia escrito pela sua psicografia, mais de 50 livros.
Vivia num ritmo constante de atividades mediúnicas, estava conhecidíssimo no Brasil e em vários outros países. Seus livros versavam sobre assuntos filosóficos, científicos e sobretudo, realçando os Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições do Livro da Vida.
Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu início a famosa peregrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia a frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.
A cidade de Uberaba, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium. Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo. Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico, prestando esclarecimentos e reconforto aos que o procuravam.
Chico sempre se sustentou com seu modesto salário, não onerando a ninguém. Aposentou-se como datilógrafo subordinado ao Ministério da Agricultura. Jamais se locupletou como médium. Ganhava, dos mais simples aos mais valorizados presentes (canetas, fazendas, carros), mas, de tudo se desfazia educadamente. Dos quatrocentos e doze livros psicografados, os quais pela lei dos homens lhe pertenciam os direitos autorais, de todos se desfez doando-os a federativas espíritas e a instituições assistenciais beneficentes, num verdadeiro exemplo vivo de cidadania e amor ao próximo.
Chico Xavier se considerava humildemente apenas uma ponte entre o mundo material e o espiritual. Seus livros foram traduzidos para vários países. Psicografou várias cartas de mortos para suas famílias.
Em 1981, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
Falecimento
Chico morreu no dia 30 de junho aos 92 anos de idade, de parada cardíaca, após reclamar de dores no peito e nas costas, segundo sua família. Encontrado morto em seu quarto, na cidade de Uberaba, pelo filho adotivo Eurípedes Humberto.
Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico teria pedido a Deus para morrer em um dia em que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol daquele ano no dia de seu falecimento (Chico morreu cerca de dez horas após a partida Brasil x Alemanha).
Homenagens
Chico foi eleito o mineiro do século XX, seguido por Santos Dumont e Juscelino Kubitschek.Recentemente, iniciou-se a construção de um centro em sua homenagem.Filme biográfico. Em 2 de abril de 2010, data em que Chico Xavier completaria 100 anos, estreou Chico Xavier – O Filme, baseado na biografia “As Vidas de Chico Xavier”, do jornalista Marcel Souto Maior. Dirigido e produzido pelo cineasta Daniel Filho, Chico Xavier é retratado pelos atores Matheus Costa,Ângelo Antônio e Nelson Xavier, respectivamente, em três fases de sua vida: de 1918 a 1922, 1931 a 1959 e 1969 a 1975.
Psicografias
Chico Xavier psicografou 451 livros, sendo 39 publicados após a morte. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros. Vendeu mais de 50 milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e braile. Psicografou cerca de 10 mil cartas de mortos para suas famílias.Cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro.
Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz que aceitou como prova válida (entre outras que também foram apresentadas pela defesa) um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de “Maurício” teria inocentado o amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.GALERIA DE FOTOS
|
Arnaldo , Chico e Enio Santos |
|
Chico e seu filho Eurípedes Higino (filho adotivo de Chico) |
Recordações de Arnaldo Rocha
|
Chico e Arnaldo Rocha |
Trecho do livro “Chico, Diálogos e Recordações …” de Carlos Alberto Braga Costa.
Certa feita, Chico estava fazendo sua barba numa barbearia. No transcurso do fato, ele percebeu que o “barbeiro” – antigamente esse era o nome da profissão – estava com uma expressão muito esquisita. Apresentava a face avermelhada, leves contorções e até mesmo espasmos. Chico visualizou, então, uma entidade sombria envolvendo o barbeiro no intuito de que ele lhe cortasse sua veia aorta com a navalha.
Chico ficou perplexo. Ele não sabia se levantava da cadeira abruptamente, se ficava quieto ou se orava.(…) Chico orou com tanto fervor – pois temia estar próximo da desencarnação – que, passados alguns minutos, adentrou na barbearia uma entidade muito alta, com uma voz forte e com sotaque dos companheiros do sul do país. Esta entidade dirigiu-se ao obsessor de navalha e fez-se viril. ”Uê,Che! O que fazes aqui? Perdendo tempo com esses homens de saia?” – referia-se aos trajes do barbeiro , e à alma cândida de Chico – “Vamos embora já daqui, pois muitas raparigas nos esperam”. Quando os espíritos se afastaram do ambiente, após alguns minutos, o barbeiro, voltando a si do pequeno transe, desculpou-se com o Chico, afirmando que tivera um mal súbito, além de ter “se sentido possuído por uma força descomunal, que ansiava rasgar-lhe a pobre garganta”
“Coitado do barbeiro!”, disse o Chico.
Emmanuel se fez presente e lhe confabulou sobre as preces ouvidas e prontamente atendidas por um espírito que, se ainda não se engajara totalmente no bem, apesar de seus hábitos ainda comprometidos, acabou sendo um instrumento para livrar a garganta de Chico de uma navalha escorregadia.
Chico Xavier no Programa Pinga Fogo 1971
Pinga-Fogo foi um programa de televisão veiculado pela extinta TV Tupi Canal 4 de São Paulo.
Em 28 de julho de 1971 a convite da produção do programa, o médium foi ao ar ao vivo, retransmitido em rede nacional (coisa pouco comum para as emissoras televisivas à época). O programa com previsão inicial para uma hora de duração, acabou por se estender por mais de três horas.
A impressionante repercussão junto à audiência levou a emissora a repetir o convite, indo ao ar, na noite de 21 de dezembro do mesmo ano, uma edição especial de fim de ano com o médium. Desta vez o programa acabou por estender-se por quatro horas. A audiência estimada foi de 20 milhões de brasileiros.
Em ambas as ocasiões o médium respondeu à queima-roupa perguntas de alguns dos jornalistas mais conceituados do meio à época, como Saulo Gomes, Reali Júnior, Helle Alves, Herculano Pires, Freitas Nobre, Vicente Leporace, Durval Monteiro, além do intelectual católico João Scantimburgo e do cientista Hernani Guimarães Andrade. Foram abordados temas polêmicos como o sexo, a pena de morte, o aborto, o transplante de órgãos, o bebê de proveta, a homossexualidade, a cremação dos mortos e muitos outros. A autenticidade das obras psicografadas pelo médium foi questionada mais de uma vez. Embora não tenha convencido os entrevistadores em muitos momentos, foi um inegável sucesso de audiência, com 75% dos televisores da cidade de São Paulo sintonizados no programa.
ALGUNS VÍDEOS DO PROGRAMA "PINGA FOGO DE 28 DE JULHO DE 1971.
PARTE 1
Livros psicografados, cirurgia mediunica, cremação
A luz do espiritismo
PARTE 2
Pergunta de pastor sobre Adão e Eva, e reencarnaçao
PARTE 3
Suicídio e doenças congênitas, psicografia.
PARTE 4A psicografia na Igreja Católica, Santa Brigida e Santa Clara, mandamentos de Moisés, terceiro milênio, Amar ao próximo como a ti mesmo.
PARTE 5
Paciência, dinheiro e trabalho, Herculano Pires, Augusto dos anjos, Parnaso de Além-túmulo.
PARTE 7
Experiência em um avião, fé em Deus, bilhete loteria, sexualidade, homosexualismo.
PARTE 9/10
Psicografando ao vivo!
Pinga-Fogo com Chico Xavier - "Programa 2" realizado em 21 /12/1971
-
Filme : Data Limite - Segundo Chico Xavier
Filme: Data Limite - Segundo Chico XavierDireçao: Fabio Medeiros, Rebeca Casagrande, Juliano PozatiConvidados: Divaldo Franco, Paul Hellyer, Geraldo LemosGênero:DocumentárioDuração:90 min Sinopse: Especialistas em ufologia afirmam...
-
Filme - As MÃes De Chico Xavier
Filme: As Maes de Chico XavierDireção: Glauber Filho - Halder GomesElenco: Via Negromonte, Vanessa Gerbelli, Gabriel Pontes, Tainá Müller, Nelson Xavier, Herson Capri, Neusa Borges, Joelson Medeiros, Caio BlatGênero: DramaDuração: 108 min.Sinopse:Baseado...
-
Filmes
SINOPSE Durante muito tempo, Elie Arroway (Jodie Foster) tentou manter contato com vidas extraterrestres inteligentes. Deixou de lado sua vida particular e até mesmo o amor do teólogo Palmer Joss (Matthew McConaughey). Depois de anos seu sonho se tornou...
-
Além Do Cidadão Kane
Além do Cidadão Kane é um documentário produzido pela BBC de Londres - proibido no Brasil desde a estréia, em 1993, por decisão judicial - que trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário...
-
R&r New Age - Muitos Livros
Baixe livros ou Leia On-Line, Desses e Muitos Outros: Abraham, Carlos Castaneda, Chico Xavier, Dan Brown, Deepak Chopra, Eckhart Tolle, Edgar Armond, Eliphas Levi, Fritjof Capra, Helena Blavatsky, Irene Pacheco Machado, Joseph Murph, Kryon, Lee Carroll,...
autoconhecimento