Um dos mestres mais respeitados do mundo, Satyaprem nasceu no Rio Grande do Sul e estudou Jornalismo, se dedicou à Fotografia, Pintura e Poesia. Até ser obrigado a deixar o país por pressão da ditadura militar.
Na Índia, teve o seu primeiro contato com o mestre iluminado Osho ainda no início dos anos 80; de quem recebeu o nome Satyaprem, que significa "Amor pela Verdade". De volta a Porto Alegre, criou um centro que recebe centenas de visitantes todos os anos.
De discípulo a Guru
Natural de Bagé, no Rio Grande do Sul, Satyaprem foi criado pelos avós e muito jovem foi para Porto Alegre, onde ficou até sua formação em Jornalismo.
Entretanto, suas inquietações a respeito das estruturas familiares, sociais e culturais o levaram a estudar e aprofundar-se verticalmente nos ramos da Psicologia, Semiologia, Filosofia, Pintura, Fotografia e Poesia.
Aluno destacado por levantar questões controversas, desafiando tabus da época, teve o início de sua carreira interrompido pela necessidade de sair do país durante a ditadura militar.
Em meados dos anos 80, ocorreu o primeiro contato com o mestre indiano Osho. Ele foi "fisgado" filosoficamente pelo pensamento de Carlos Castaneda e do líder espiritual Osho e foi viver em Oregon, nos Estados Unidos, em uma comunidade conhecida como Rajeeshpuram - uma espécie de "oásis no deserto", para onde se dirigiam todos aqueles que queriam experimentar uma vida livre, desapegada das amarras de uma sociedade escravizada pela ganância financeira.
Lá, Satyaprem, que não considera importante revelar o seu nome de batismo, se tornou um "sannyasin", que significa, basicamente, ser um "renunciante". Praticou durante anos a meditação ativa e conheceu uma vida de libertação dos sentidos.
No mesmo período, iniciou sua formação como terapeuta, profissão que exerceu por aproximadamente 20 anos no Brasil, Europa e Índia, como parte da equipe da Multiversity, na Osho Commune International.
A busca por uma resposta plausível para a mais fundamental das perguntas, a ‘Quem sou eu?’, foi o pilar de toda sua jornada. E, em 2000, lhe foi revelado o ‘fim da busca’ e, desde então, invoca o despertar das pessoas para sua natureza original.
Satyaprem desenvolve um trabalho inquietante e provocador, inédito no Brasil, explorando – na prática, não em teoria – a Mayéutica Socrática, o processo de autoindagação de Ramana Maharshi e o Zen.
O trabalho de Satyaprem tem atraído inúmeras pessoas de todo o mundo para encontros chamados de ‘Satsangs’ (que significa em sânscrito ‘Encontro com a Verdade’), que ocorrem periodicamente no Sítio Leela, em Osório/RS, e em diversos outros lugares no Brasil, Europa e América Latina.
Além desses encontros, Satyaprem tem vários livros publicados, onde explora questões como a busca espiritual, o livre-arbítrio, o aqui e agora, o ego, a mente x não-mente, a consciência etc.
Viveu por muitos anos nos Estados Unidos, na Índia, na Holanda, na Alemanha, na Noruega e na Suécia, trabalhou em comunidades como terapeuta e já publicou seis livros, entre eles "Fragmentos de Transparência", "Quem É você?", "Você É o Buda" e "Além do Colapso das Possibilidades".
Como mestre de meditação Satyaprem, é conhecido pelo conceito ‘Experiência Zero’. Além da identidade, além da forma, além dos conceitos. Este é o foco principal do trabalho de Satyaprem.
Por meio de uma aparente conversa, ele leva as pessoas à investigação de questões que, sem a averiguação correta, são absorvidas como verdade e regem uma vida limitada, o que gera o estado de frustração em que se encontra a humanidade.
A proposta de Satyaprem é a investigação de equívocos que impedem as pessoas de reconhecerem quem são realmente. Segundo Satyaprem, como consequência dessa busca, as pessoas são levadas a experiência do chamado “ponto zero”, que seria algo como um autoconhecimento do autoconhecimento, que tem como premissa a famosa pergunta: quem é você?
"Estar em em silencio é estar no vazio da ausência das crenças. É estar no ponto onde não há necessidade de crer no que quer que seja, pela mera investigação de cada crença, dando-se conta de que toda crença é condicionada.Toda crença tem uma condição pela qual ela exista, tem uma função.Surge para manter um estado de realidade das coisas, que não é o seu estado natural.Se você entender a diferença entre natural e artificial, vai entender que o estado natural das coisas é absolutamente anterior a sua existência, é anterior a qualquer condição que seja posta. Investigando os conceitos na sua mente, é possível que entre em contato com um oceano tão vasto de crenças não investigadas, que lhe façam pensar: “Como parar de acreditar nas coisas que eu acredito?”
Satyaprem e a ‘experiência zero': quem é você de verdade?
Satyaprem conta que aquele que deseja ser livre é um equívoco. Afinal, o ser quer ser livre do reflexo, mas só é possível se libertar deste se libertando daquele que projeta a imagem. “Sem a projeção, nenhum reflexo existe. Não tem o outro”, complementa.
“Junto a essa percepção, note que toda a complicação, toda a preocupação, toda a limitação é imposta por este sujeito-reflexo chamado ‘ego’ e tudo o que decorre dele. Para a maioria das pessoas, esta compreensão é inatingível. Elas acordam e vão dormir pensando em si, naquilo que elas pensam ser. Entretanto, para se autodescobrir, você precisa esquecer de si voluntariamente, livre daquele que deseja ser livre, a liberdade pura e simples”, finaliza.
Durante o ‘Experiência Zero’, Satyaprem propõe um corte com o passado, com a lógica, como meio para que cada um redescubra quem realmente é. “Se você pensa que é uma pessoa, isso não é verdadeiramente o que você é.
Isso é o que os outros dizem e você, para socializar, aceita o rótulo. Aceita não só o rótulo, como o comportamento que está implícito a ele, de acordo com o ambiente em que se encontra: classe social, classe econômica, país etc.
Dar-se conta disso seria o suficiente para notarmos que a realidade em que vivemos é apenas uma convenção. E uma convenção não é a verdade, é um acordo que foi feito, em tese, para melhor viver, mas que normalmente não atinge esse objetivo. E é por isso que nós buscamos.
Apesar da busca ser equivocada, é exatamente através do buscar equivocado que você pode encontrar o olhar correto”, exemplifica Satyaprem.
Osho vai além e diz que esse espaço tem que ser muito bem degustado, bem digerido para que comece a circular dentro de cada um. “E quando a Experiência Zero começar a circular no seu sangue, você vai sentir-se muito calmo, muito centrado… no mundo e assim mesmo longe dele”, define.
“Discípulos de ontem tornaram-se gurus, com ideias e estilos próprios – e nessa constelação, Satyaprem é uma estrela de brilho inquietante. Sua proposta é radical. Primeiro, destruir os conceitos daquele que busca; depois, mostrar que não há busca, que não há para onde ir.” [Por Jomar Morais, jornalista]
O despertar do dia
"Pensar a si mesmo como um objeto é parte de uma tremenda incompreensão. Você se pensa. Foi programado a pensar que acaba no limite da sua pele. Mas você não acaba aí. É tudo energia. Só não temos acesso, porque não temos os óculos corretos. Então nos enganamos a respeito da realidade.Mas, se você se deixar cair no Silêncio, indo mais e mais fundo, indo para dentro, você vê. Essa energia está sempre em movimento – ela nunca para, caso você goste ou não. A observação, no entanto, nos dá a maestria sobre os acontecimentos. Um breve olhar e você pode ver que está implícito no que está acontecendo, o desacontecer. Tudo desacontece mais cedo ou mais tarde. Tudo é temporário. Se houver uma grande turbulência, não se preocupe tanto, porque assim como veio, vai passar. Todas as coisas passarão e isso é inevitável. Por que você está se preocupando tanto? A sua preocupação pertence a uma profunda ignorância. Acorde! Não há nada para se preocupar.Agora, ouça bem: isso não significa que você não deva ir trabalhar. Vá! Trabalhe. Apenas saiba que não é você que está indo trabalhar. Este é simplesmente mais um evento, no tempo e no espaço. Faça o que for necessário que seja feito e nada mais além disso.Lembre-se que tudo está preso a uma enorme rede de energia. Você não pode voluntariamente interromper a evolução dessa rede, pelo simples fato de não estar separado dela. Não estamos falando a respeito de regular a sua vida. Você não precisa disso. Estamos falando a respeito de quem você é."
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