O PLANETA X... E Outras Histórias
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O PLANETA X... E Outras Histórias


JORNALISMO CIENTÍFICO

Décimo planeta e alienação da mídia
Ulisses Capozoli (*)

A idéia de que o Sistema Solar tem um décimo mundo vem do século 19 e a descoberta de Netuno (1846) e Plutão (1930) só contribuiu para aumentar as incertezas a respeito do que ficou conhecido como Planeta X. Mais recentemente, a imprensa tem dado sua contribuição para aumentar as dúvidas entre seus leitores. Boa parte dos despachos de agências internacionais de notícias que chegam às redações de jornais e revistas, no Brasil, está em espanhol e uma tradução precária dessa língua muitas vezes mudou a designação de Planeta X para Planeta Éxis (pronúncia do x em espanhol).

Na edição de 11 de dezembro passado, a página de ciência e tecnologia de O Estado de S.Paulo contribuiu um pouco mais para essa confusão com o artigo traduzido do New York Times, "Miniplaneta além de Plutão intriga cientistas". O "miniplaneta" não é outra coisa senão um componente do Cinturão Kuiper, um anel de asteróides que envolve o Sistema Solar, além da órbita de Plutão. Essa formação foi prevista, em meados dos anos 50, pelo astrônomo norte-americano de origem holandesa Gerard Peter Kuiper (1905-1973).

Em 1992, o astrônomo norte-americano David Jewitt e a jovem astrônoma de origem vietnamita Jane Luu observaram o primeiro destes corpos. Era um objeto esmaecido, com 480 quilômetros de diâmetro, o 1992 QB1. Em 1997, quando outro desses objetos foi encontrado, o Jornal Nacional, da Globo, fechou solenemente sua edição com a voz pastosa de um apresentador anunciando que "o Sistema Solar tem milhões de planetas".

Alfabetização científica

A matéria publicada pelo Estadão não tem erros. Mas é inadequada aos leitores brasileiros. Analfabetismo científico não é uma condição específica do Brasil. Uma sociedade envolvida com a exploração espacial, como a norte-americana, também tem problemas desse tipo. A diferença é que, nos Estados Unidos e em outros países do Primeiro Mundo, quem tiver interesse pela ciência beneficia-se de uma infinidade de museus, livros baratos, associações de cientistas amadores e outras facilidades. Ao contrário do que acontece aqui. Críticos mais apressados podem argumentar se faz diferença o fato de o Sistema Solar ter ou não um décimo planeta e a vantagem de se gastar papel e tinta para discutir esse assunto. Uns poucos contemporâneos de Copérnico podem ter dito a mesma coisa: qual a diferença de a Terra ou o Sol estarem no centro do Universo?

A resposta, todos conhecem.

O destronamento da Terra, primeiro do Sistema Solar, depois do centro do Universo, expulsou o homem do cume da criação e trouxe mudanças profundas em todas as formas de conhecimento. Depois de Copérnico, que reabilitou as idéias do grego Aristarco de Samos, o Universo não parou de crescer e envelhecer. A ciência é a mitologia do nosso tempo. É, desde a revolução científica do século XVII, quem dá uma explicação para o mundo.

O artigo do Estadão, assinado por Kenneth Chang, é inadequado para leitores brasileiros porque não contextualiza a descoberta - uma necessidade básica do jornalismo científico. Foi escrita para leitores de uma outra sociedade e esse é um problema que ainda não despertou a atenção da mídia no Brasil. Aqui, os livros são caros e as tiragens, pequenas. Notícias da imprensa são uma fonte muito utilizada de informação para trabalhos de professores e alunos da rede escolar.

Uma crítica cultural: a submissão absoluta a tudo que vem dos Estados Unidos, sob o diretor de redação anterior, fez com que até a seção de horóscopo do Estadão fosse escrita por um astrólogo norte-americano. Ciência não é luxo. É uma necessidade. O mundo atual está construído pela ciência e suas criações estão no cotidiano de cada um dos 6 bilhões de moradores do planeta de uma forma mais ou menos evidente. Participar de um processo de alfabetização científica, por parte da mídia, é uma prestação de serviço. Tão necessário (em termos utilitários) como publicar os serviços abertos e fechados nos feriados das cidades grandes: programação de cinemas, teatros, shows e outros espetáculos.

O pão do espírito

A dificuldade de se consumir ciência no Brasil certamente está ligada às nossas raízes escravistas. Uma sociedade escravista não necessita de ciência. Tem braços humanos, disponíveis para suas exigências. Joaquim Nabuco e José Bonifácio de Andrada e Silva escreveram livros, artigos, panfletos e discursos sobre o obscurantismo escravista e o legado que deixariam para o futuro. É o tempo em que vivemos. Por que a imprensa não se envolve com um trabalho consistente de divulgação científica? Não há razão para que as pessoas sejam melhor informadas sobre clonagem, aconselhamento genético, organismos geneticamente modificados, energia nuclear ou exploração do espaço entre outros assuntos?

A Folha de S.Paulo poderia dizer que faz isso. Pois bem. Um pouco antes da publicação da história do "miniplaneta" pelo Estadão, a Folha editou uma fotomontagem da estação espacial pairando sobre Brasília. A imagem foi feita pela Boeing e é um insulto razoável à inteligência das pessoas. O caso aí é simples. O Brasil está participando da estação espacial internacional, a ISS, projeto liderado pelos Estados Unidos - que, para isso, deve contribuir com algo em torno de 160 milhões de dólares, por intermédio da Boeing. Com essa verba, o Brasil terá um quartinho de serviço no amplo apartamento cósmico da Nasa. O país já tem um astronauta em treinamento. A idéia de participar da estação espacial rende dividendos a uns poucos interessados: à direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), à Agência Espacial Brasileira (AEB) e ao vaidoso presidente da República.

O Inpe não contrata pesquisadores desde 1994 e salários irrisórios fizeram que muitos deles deixassem a instituição onde nem o restaurante funciona mais. A AEB foi criada como agência civil para liberar o Brasil das restrições impostas pelos países do clube espacial quanto ao repasse de tecnologias sensíveis no desenvolvimento de mísseis. Na prática, a AEB teve pouco efeito. O acordo que o Brasil negocia com os Estados Unidos para uso da base de Alcântara, no Maranhão, é a melhor prova de que as restrições permanecem.

Quanto à vaidade do presidente da República, é algo aparentemente sem limites. Em recente visita à Venezuela FHC disse, para espanto de sua própria assessoria, que o Brasil vai integrar a Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Na viagem seguinte, quando visitou a França, com sua imagem refletida nos espelhos do palácio onde viveu Napoleão, deve ter se sentido ainda mais à vontade. O espaço cósmico talvez seja o mais adequado para o ego do presidente. Daí o interesse pela ISS. Fazer a estação espacial pairar sobre Brasília é uma besteira, um desprezo solene a Newton e Einstein. Mas a imprensa engole a isca com o anzol. O que vale é o exotismo. Certamente o Brasil não vai desistir da estação espacial. Ao mesmo tempo em que o governo corta cestas básicas de alimento para a parcela mais desfavorecida da população, sob o argumento de "paternalismo". A pergunta que uma imprensa preocupada com um mínimo de bem-estar social deveria fazer é se convém mesmo ao Brasil mandar um astronauta para o espaço. Ou se deveríamos alimentar nossas crianças, investir em educação e estruturar adequada e continuamente os centros de pesquisa.

Talvez a leitura de John Kenneth Galbraith, pensador clássico e insuspeito, ajudasse na compreensão da expressão "nós, os socialmente comprometidos", que ele usa freqüentemente. Ela expressa uma preocupação civilizatória, um respeito elementar à dignidade humana, como o de não passar fome. Não apenas de alimento, mas também de idéias e informações.

(*) Jornalista especializado em divulgação científica, mestre e doutorando em ciências pela Universidade de São Paulo.

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A Terra e suas luas

Existe algo na Astronomia que não ousaríamos duvidar: nosso planeta tem uma lua. Errado! A Terra tem duas luas! Pelo menos foi o que anunciou Frederic Petit, diretor do observatório de Tolouse, na França, em 1846. Ela teria sido vista por três observadores em dois lugares distintos, na madrugada de 21 de março daquele ano. Petit calculou que a órbita do nosso segundo satélite natural era uma elipse bastante alongada e que o mesmo a percorria em pouco menos que 3 horas, com um perigeu, o ponto de maior aproximação com a Terra, a 11,4 km (!?) da superfície.

Petit teve de suportar severas críticas ao apresentar estes dados numa conferência onde estavam presentes inúmeros cientistas, entre eles o matemático Le Verrier, que reclamou que seria necessário considerar a resistência do ar. Afinal, nossa atmosfera se estende por muitas dezenas de quilômetros e, hoje em dia, os aviões de passageiros trafegam tranqüilamente até mais alto que o perigeu da lua de Petit!

Os astrônomos da época de fato ignoraram a descoberta de Petit, e a história teria caído no esquecimento não fosse um jovem escritor francês chamado Júlio Verne, que em "Da Terra à Lua" narrou o encontro de um grupo de intrépidos aventureiros com a lua de Petit. O sucesso do livro fez a segunda lua e seu descobridor conhecidos pelo mundo afora. E ainda atraiu a atenção de astrônomos amadores de todos os lugares só pela aventura de reencontra-la.

Uma lua para a Lua

A idéia original era a de que o campo gravitacional de uma segunda lua pudesse explicar pequenos desvios observados no movimento da nossa conhecida Lua. O que significaria que o astro deveria ter vários quilômetros de diâmetro. Mas a Lua de Petit era pequena demais para tanto, caso contrário não seria tão difícil encontrá-la.Em 1898 foi anunciada a descoberta de nada menos que um sistema inteiro de novas luas! Em 1969, durante a chegada dos primeiros homens à Lua, houve rumores de que os astronautas teriam finalmente visto o tão misterioso satélite, agora do lado oculto da Lua. Um astrólogo chegou a batiza-la de Lilith e até hoje uma lua negra é usada em alguns horóscopos.Nada disso implica que a idéia de um outro satélite natural seja absurda. A Terra pode ter uma nova lua por um curto período de tempo. Meteoróides passando muito perto do nosso planeta, cruzando as camadas mais altas da atmosfera, podem perder velocidade e se tornar satélites efêmeros da Terra. São efêmeros porque após cada perigeu perderão mais e mais velocidade até colidirem como meteoritos.

... E no entanto, ela existe!

Na verdade, a Terra possui pelo menos um outro companheiro em sua jornada. Descoberto em 1997 por Paul Wiegert e sua equipe, o asteróide 3753 Cruithne não é exatamente uma segunda lua, mas seu curioso movimento envolve interações com o sistema Terra - Lua. O astro tem uma órbita em forma de ferradura.Para compreender melhor, imagine uma estrada circular com três pistas. A Terra é um grande caminhão viajando com velocidade constante na pista central e o asteróide é um carro movendo-se um pouco mais lentamente na pista externa. Pouco antes do caminhão ultrapassar o carro este aumenta a velocidade e desvia para a pista interna. O carro então se afasta, mas, sendo uma estrada circular, ele acaba sendo alcançado pelo caminhão. Pouco antes de ser ultrapassado ele de novo desvia para a pista externa e todo o ciclo se repete. O asteróide não ficará neste movimento para sempre, porém hoje ele é, sem dúvida, um inusitado parceiro de dança da Terra. Não é um movimento fácil de entender e uma simples figura não seria muito esclarecedora. Após umas poucas órbitas, linhas conectam Cruithne à Terra, construindo a aparente trajetória do astro do nosso ponto de vista. Repare como a órbita desse asteróide interage com a nossa. Mas não há risco de colisão: a maior aproximação de Cruithne fica a cerca de 40 vezes a distância Terra - Lua.

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O fantástico planeta X

enquanto investigava o planeta Urano, em 1841, John Couch Adams encontrou estranhos desvios em seu movimento orbital, comportamentos estranhos que só poderiam ser causados assumindo a existência de um planeta até então desconhecido, além de Urano. Mas Adams era muito jovem e seu trabalho não foi considerado pelos pesquisadores do famoso Observatório de Greenwich, onde ele apresentou suas idéias. Foi então que um outro astrônomo da época, o francês Urbain Le Verrier, também se interessou pelo problema. Ele não obteve respaldo do seu governo para iniciar suas observações, mas assim mesmo enviou os seus cálculos para o Observatório de Berlim, onde um novo planeta acabou sendo localizado em 23 de setembro de 1846. Era Netuno.

Hoje, Adams e Le Verrier dividem os créditos de terem previsto a existência de um planeta antes de sua observação propriamente dita. Le Verrier, porém, não ficou plenamente satisfeito com sua descoberta: ele acreditava haver mais um planeta além do recém descoberto Netuno.

Memórias de um planeta

Vários astrônomos e matemáticos publicaram suas próprias idéias sobre onde encontrar e como seria a órbita de um planeta trans-netuniano. Os dois trabalhos mais cuidadosos apareceram no início do século XX em "A procura de um planeta além de Netuno", Pickering, 1909, e "Memórias de um planeta trans-netuniano", Percival Lowell, 1915. Pickering chegou a propor sete planetas, denominados O, P, Q, R, S, T e U, com características físicas e orbitais diferentes entre si. Mais tarde apenas P seria considerado. Lowell, chamou o hipotético astro de planeta X e foi assim que ficou conhecido do público. A partir de 1909 ele empenhou-se numa jornada pessoal em busca desse astro e seu maior desapontamento foi ter falhado em encontrá-lo. Ironicamente, no mesmo ano em que publicou seu trabalho, entre as quase mil fotos tiradas no seu observatório, estava Plutão. Mas ele não foi reconhecido até 1930, ano em que foi novamente observado, e oficialmente descoberto.

Em busca do último gigante

As estimativas para o planeta X apontavam para valores em torno de 50 vezes a massa terrestre. Com uma massa de apenas 1/455 vezes a da Terra, Plutão definitivamente não era o hipotético astro. Buscas cada vez mais minuciosas se sucederam, até que se acreditou que não haveria astro algum com massa e brilho semelhantes ao do planeta Netuno, exceto se numa órbita polar e situado próximo ao pólo celeste sul, onde poderia ter escapado da detecção.

O Telescópio de Hale (Monte Palomar, Califórnia, EUA) já foi o maior do mundo. No Observatório de Hale, em outubro de 1977, foi descoberto o asteróide Chiron, mais tarde identificado com um cometa. Com um diâmetro de 50 km e movendo-se muito além do cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, Chiron chegou a ser anunciado como sendo o décimo planeta, algo prontamente corrigido. Em 1992 um asteróide ainda mais distante foi encontrado: Pholus. Então, vários asteróides situados além da órbita de Plutão foram sendo descobertos, o que ajudou a elaborar o modelo do agora conhecido Cinturão de Kuiper.

Um pouco antes, em 1987, Daniel P. Whitmire e John J. Matese sugeriram um possível décimo planeta localizado 80 vezes a distância Terra - Sol, ou 80 UA (Unidades Astronômicas). Sua órbita estaria inclinada 45 graus sobre o plano da órbita terrestre e o seu período orbital seria de 700 anos (Plutão leva 248 anos para completar uma volta em torno do Sol). O trabalho desses pesquisadores acabou se revelando uma alternativa à hipótese Nêmesis... mas isso é a história que veremos a seguir.

Nêmesis, a estrela da morte

Embora não seja possível determinar quantas estrelas duplas existem na nossa galáxia, os astrônomos arriscam um limite inferior. Cerca de três em cada quatro estrelas da Via-láctea possuem uma companheira orbital. O nosso Sol é uma das poucas isoladas. Uma afirmação que só permanece válida dentro dos limites dos instrumentos que possuímos.

E se estivermos enganados? Não é difícil imaginar uma pequena estrela percorrendo lentamente uma órbita muito alongada em torno do Sol, de modo que dele não se aproxima menos que 20.000 UA (Unidade Astronômica; igual a 150 milhões de km), afastando-se até 90.000 vezes essa distância. Não seria muito luminosa, tampouco massiva, caso contrário já teria sido notada através dos telescópios na Terra ou das oscilações que provocaria no Sol. Seria um tipo de estrela conhecida pelos astrônomos como anã marrom. Estaria, no presente, no ponto mais afastado de sua órbita, cujo período teria não menos que 26 milhões de anos.

As sementes do caos

Cada vez que estivesse mais próxima do Sol, a força gravitacional da estrela anã já seria o bastante para perturbar severamente as órbitas dos pequenos corpos de gelo e rocha que, aos bilhões, gravitam muito além de Plutão formando um gigantesco ninho de cometas conhecido como nuvem de Oort. O desequilíbrio na nuvem de cometas faria com que milhares deles fossem atraídos em direção ao centro do sistema solar, onde alguns fatalmente encontrariam pelo caminho pequenos e frágeis mundos, como a Terra.

A cratera do Arizona foi provocada por um meteorito que caiu há 60.000 anos. Mas onde estariam as marcas de tais impactos? Não é fácil encontrá-las na Terra. O movimento das placas tectônicas já destruíram um número sem fim de crateras. Os períodos glaciais aplanaram tantas outras. Os ventos e as chuvas vão desgastando a beira das crateras, arrastando o solo das encostas para o centro. E assim mesmo ainda existem cerca de 100 crateras, embora a idade de todas elas não possa ser determinada com precisão. Se a Terra preservasse suas crateras, certamente seria tão esburacada quanto a Lua ou Mercúrio. E como a Lua não está sujeita aos processos erosivos que ocorrem aqui, nosso satélite é a melhor evidência de impactos violentos periódicos. E tais evidências, de fato, existem.

Nêmesis

A hipotética companheira do Sol foi sugerida pela primeira vez em 1985 por Whitmire e Matese, que a batizaram de Nêmesis, a deusa da vingança. Seria até mesmo possível que esta "estrela da morte" já estivesse presente em algum catálogo estelar, sem que ninguém tivesse notado algo incomum. Entre os defensores da existência de Nêmesis estão geólogos que apostam que a cada 26 ou 30 milhões de anos ocorrem extinções em massa da vida na Terra, paralelamente ao surgimento de uma grande cratera de impacto (ou várias delas).

Registros geológicos de fato indicam uma enorme cratera de impacto no mar do Caribe, com 65 milhões de anos, do final do período cretáceo, coincidindo com o fim do reinado dos dinossauros, quando se abriu o caminho para que nossos antepassados mamíferos tomassem conta do planeta e nossa própria espécie pudesse evoluir. Um ou mais cometas teria atingido a Terra, argumentam, envolvendo-a numa nuvem de poeira durante meses. Ainda em apoio a hipótese Nêmesis, os dados enviados pelo satélite IRAS (Infra-Red Astronomical Satellite), que permaneceu 10 meses em órbita no ano de 1983, revelaram um número altíssimo de objetos celestes até então desconhecidos, muitos dos quais mudaram de posição nesse curto período de tempo, indicando que estavam relativamente próximos.

As características físicas e orbitais de Nêmesis justificam o fato dela ainda não ter sido descoberta. Embora os mesmos dados do IRAS revisados e analisados com mais profundidade, além de observações mais recentes, parecem contestar a existência de qualquer objeto celeste que possa se enquadrar como Nêmesis. Para Richard A. Muller, da Universidade da Califórnia, Nêmesis poderia ser uma estrela anã vermelha, muito comum em nossa galáxia - e seria visível através de um binóculo ou pequenos telescópios! Como? Há cerca de 3.000 estrelas desse tipo já catalogadas, mas suas distâncias não são conhecidas. Muller acredita que a órbita de Nêmesis varia entre 1 e 3 anos-luz em torno do Sol (a estrela conhecida mais próxima é Proxima Centauri a 4,25 anos-luz). Assim mesmo a órbita de Nêmesis não seria usual, afirma Muller.

Também existem astrônomos que pensam que a órbita sugerida para Nêmesis seria demasiado instável para permitir que a estrela regressasse tantas vezes. Eles crêem que a estrela da morte, se algum dia chegou a existir, deve ter desaparecido no espaço profundo há muito tempo ou foi despedaçada pelo Sol. E há geólogos que afirmam que o surgimento regular de vulcões poderia imergir a Terra em meses de escuridão, levando a extinção de muitas espécies. A respeito de Nêmesis, um paleontólogo, Dewey McLean, chegou a declarar que "a ciência enlouquecera de vez". Mas a teoria não está morta e seus defensores apostam que Nêmesis será descoberta nos próximos dez anos. A questão permanece em aberto.

Adaptado da Resenha "A Astronomia do erro" de J.R.V.Costa.

O décimo planeta
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (*)

Planeta X foi o termo usado para nomear um planeta hipotético transplutoniano. Tal designação é duplamente justificável, de um lado, por tratar-se de um planeta ainda desconhecido e, por outro lado, por constituir eventualmente o décimo planeta do sistema solar. Desde o sucesso da descoberta de Netuno, em 23 de setembro de 1846, pelo astrônomo alemão Johann Galle (1812-1910), do Observatório de Berlim, com base nos cálculos do astrônomo e matemático francês Urbain Le Verrier (1811-1877), do Observatório de Paris, os astrônomos sonham em reproduzir esse acontecimento, considerado na época como um dos maiores triunfos da mecânica celeste: prever matematicamente a existência de um planeta nos confins do sistema solar. Para provar a existência e determinar a posição de Netuno, Le Verrier estudou as perturbações - inexplicáveis para época - que afetavam a órbita de Urano. Depois que o novo planeta foi descoberto e sua órbita bem determinada, verificou-se que Netuno não podia explicar completamente as perturbações do movimento de Urano, nem a sua trajetória se comportava exatamente como fora previsto. Estas novas perturbações residuais serviram de estímulo à procura de um planeta mais distante.

Dois astrônomos norte-americanos William Pickering (1858-1938) e Percival Lowell (1855-1916) determinaram, independentemente um do outro, a massa e a órbita desse objeto hipotético que foi designado por Lowell com o nome do planeta X. Apesar de meticulosas procuras fotográficas, não se encontrou nenhum sinal desse novo planeta até 18 de fevereiro de 1930, quando o astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh (1906-1997) identificou o objeto tão procurado a menos de 6 graus da posição prevista. O planeta recebeu o nome de Plutão, deus do inferno na mitologia romana. Como este novo planeta possuía um diâmetro muito reduzido e um brilho muito inferior ao da previsão, deduziu-se, antes da descoberta de seu satélite - Caronte - em 1978, que a massa de Plutão era muito fraca para explicar as perturbações registradas nos movimentos de Urano e Netuno. Em conseqüência desse fato, os astrônomos retornaram à caça a um planeta transplutoniano.Em 1972, o astrônomo norte-americano Joseph Brady, da Universidade da Califórnia, ao estudar o movimento do cometa de Halley desde o século III a.C., detectou irregularidades em sua trajetória que foram atribuídas por Brady a um objeto transplutoniano - o planeta X - de massa estimada em 280 vezes a terrestre que gravitaria ao redor do Sol, a distância de 60 unidades astronômicas, (ou seja, em 9 bilhões de quilômetros), numa órbita quase circular inclinada de 120 graus em relação ao plano da eclíptica, e na qual levaria aproximadamente 464 anos terrestre para dar uma volta completa ao redor do Sol. Seu deslocamento orbital se efetuaria no sentido oposto ao dos outros planetas. Tal hipótese não foi aceita logo de início. Simulações realizadas atribuíram ao planeta de Brady uma densidade e um albedo que sugeriram que o seu brilho seria vizinho ao de um astro de décima primeira magnitude.

Ora, um objeto celeste com tal brilho raramente teria escapado aos astrônomos. De fato, se, por um lado, as pesquisas fotográficas, realizadas na Inglaterra e nos EUA, não permitiram que esse objeto fosse encontrado, por outro lado, os cálculos efetuados por duas equipes de norte-americanos do Observatório Naval e do Instituto Tecnológico da Califórnia demonstraram que o objeto de Brady era dinamicamente impossível de existir. A partir de 1976, os astrônomos norte-americanos Thomas Van Fladern e Robert Harrington (1942-1993), ambos do Observatório Naval de Washington, sugeriram a existência de um planeta X que descrevesse uma órbita fortemente inclinada em relação a eclíptica e muito alongada: sua distância ao Sol iria de 7,5 a 15 bilhões de quilômetros, com um período de translação de 800 anos terrestres. Essa hipótese tinha a vantagem de explicar duas características do sistema planetário: em sua passagem pelo periélio, há muito tempo, este planeta teria invertido o movimento do satélite principal de Netuno - Tritão - que possui um movimento retrógrado, assim como teria retirado Plutão da família dos satélites de Netuno para colocá-lo na órbita atual.

Mais tarde, Harrington propôs outra solução: um planeta de quatro vezes a massa terrestre que girasse ao redor do Sol a uma distância de 2,5 vezes a de Plutão. Apesar das pesquisas na constelação de Escorpião, onde deveria se encontrar esse planeta, com uma magnitude 14, até hoje nada foi identificado.Na década de 1980, os astrônomos brasileiros Rodney S. Gomes (1954- ), do Observatório Nacional, e Sylvio Ferraz Mello (1936- ), do Instituto Astronômico e Geofísico de São Paulo, com base no movimento irregular de Urano e Netuno, sugeriram a hipótese da existência de vários planetas X. Outro defensor do planeta X, o norte-americano Canley Powell, de Huntsville, Alabama, EUA, com base em seus cálculos sugeriu a existência de um astro muito análogo ao planeta Plutão, com uma massa de 0,35 vezes a terrestre. O objeto de Powell descreveria uma órbita de 204 anos terrestres, que estaria situada no interior da de Netuno. Powell foi o mais otimista de todos, ao propor para o planeta X o nome da esposa mitológica da Plutão: Proserpina.Parece que o planeta X só existe na imaginação de alguns astrônomos. Realmente, as perturbações residuais do movimento de Urano e de Netuno, utilizadas pelos defensores do planeta X, parecem oriundas, pelo menos em seu valor essencial, dos erros sistemáticos que afetaram as observações do século XIX. Para comprovar esse argumento, convém assinalar que durante os seus vôos a sonda Voyager 2 encontrou os dois planetas em suas posições previstas pelos cálculos realizados no Laboratório de Propulsão a Jato.

Para estabelecer as efemérides, ou seja, as localizações exatas de Urano e Netuno, os astrônomos desse laboratório da NASA tomaram o cuidado de não utilizar todas as observações anteriores a 1910. As últimas descobertas, desde 1992, de vários asteróides, situados além de Netuno ou de Plutão, parecem confirmar a existência de um anel de pequenos planetas, como foi proposto, em 1951, pelo astrônomo norte-americano Gerard Kuiper (1905-1973). Esses asteróides devem estar distribuídos numa faixa situada a distância de 500 unidades astronômicas. A massa desse anel seria talvez suficiente para explicar as irregularidades - se elas realmente existem - registradas nas trajetórias de Urano e Netuno.

Publicado no Correio Braziliense, 10 de fevereiro de 1997

O Planeta Destruidor

Não quero ser alarmista. Mesmo porque não vai adiantar muito. Muito menos profeta do apocalipse. Mas acredito que não devemos ficar na ignorância. A minha opinião sobre algo dito "místico" ou duvidoso é a mesma da do autor da frase: "Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem". Depois de coletar informações que me chegavam dos mais diversos ramos científicos, místicos, espirituais, ou canais de informação, como a Internet, cruzei dados interessantes à respeito de um planeta que se aproxima do planeta Terra, e cuja gravidade foi a responsável pelo desvio do eixo da Terra, milênios atrás, e, pelo visto, será novamente. Há tempos atrás eu já sabia (graças a escritos Sumérios) da (provável) existência de um planeta cuja órbita se estendia por outros sistemas solares. Agora tenho uma descrição melhor, coletada a partir de uma fonte que preferimos que fique anônima, mas cuja origem veio de uma lista de discussão pela Internet:

Transcrição: Sobre o tal planeta, tenho até receio de abordar esse assunto aqui, já que as informações que possuo são de fontes quentíssimas, as quais não posso citar (pois é, vão falar um monte por eu não poder comprovar nada, mas quem quiser aproveitar as informações que aproveite, quem não quiser por favor não me acuse de ser fantasioso, porque sou um pai de família muito sério). Há uma presença constante em muitas lendas e escritos antigos falando de um certo planeta ou astro que visitaria a Terra periodicamente. Os espíritas o chamam de Planeta X; o Apocalipse, de Absinto; os Babilônios, de Nibiru; o pessoal da Gnose, de Hercólubus; mas parece que o nome mesmo é Marduk, que é como os Sumérios o conheciam. O aparecimento cíclico deste corpo celeste está milenarmente ligado a catástrofes e fins de civilizações. Bem, a informação que tenho é que o tal planeta é muito grande, pouco maior que Netuno, e tem uma órbita extremamente elíptica, com um perigeu (distancia máxima do Sol) de 400 ou 500 unidades astronômicas (1 u.a.= distância da Terra ao Sol), e um perigeu de umas 4 ou 5 u.a. (entre o Cinturão de Asteróides e Júpiter). Ou seja, a maior parte do tempo ele fica longe demais do Sol (daí a dificuldade de detecção). Parece que ele é dotado de uma espécie de camada artificial sobre a atmosfera, para conservar o calor, a qual esta em infravermelho, fora do espectro visível. Lembro que apenas em 1997 é que foi encontrado o chamado décimo planeta, a uma distancia de cerca de 120 u.a.! (Plutão dista do Sol quase 40 u.a.). Imagine 500!

A aproximação deste corpo poderá causar seríssimas perturbações na Terra e em outros planetas, daí a correlação toda com várias profecias, e isto, se ocorrer, deverá ser nos próximos anos. É claro que ele já foi detectado por astrônomos (senão eu não estaria sabendo de nada), e pode ter certeza que a preocupação nos meios de Inteligência norte-americanos é enorme. - Fim da transcrição.

Comentários: Marduk, Planeta X, Hercolubus.... Seja qual for o nome, todos referem-se ao mesmo planeta. Seria o mesmo "abominável da desolação" de Jesus, a "abominação desoladora" do profeta Daniel, a "grande estrela ardente com um facho, chamada Absíntio" do Apocalipse de João, a "grande estrela", "o grande rei do terror", "o monstro" ou "o novo corpo celeste" de Nostradamus, o "astro Intruso" ou "planeta higienizador" de Ramatis ,o "planeta chupão" citado por Chico Xavier, ou o "Planeta X" procurado pelos astrônomos.

Os diversos profetas falam: Há uma certa semelhança entre o que fala o velho testamento e Nostradamus. Tais profecias são corroborados pelo que se pode ler nos livros espiritualistas. "E a um eclipse do sol sucederá o mais escuro e o mais tenebroso verão que jamais existiu desde a criação até a paixão e morte de Jesus Cristo, e de lá até esse dia, e isto será no mês de outubro, quando uma grande translação se produzirá, de tal modo que julgarão a Terra fora da órbita e abismada em trevas eternas". (Nostradamus, Carta a Henrique II )

"O Sol converter-se a em trevas, e a lua em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do senhor"
(Joel: 4:15 ou 3:15). Sol em trevas é fácil deduzir: eclipse. Quem já viu um eclipse lunar sabe que ela toma o aspecto avermelhado, cor de sangue.

"Quando o sol ficar completamente eclipsado; O monstro será visto em pleno dia; mas o interpretarão de outra forma. Não serão tomados cuidados: ninguém irá prevê-lo." ( Nostradamus, cent.III, q.34 )

Por passar em uma órbita perpendicular a da Terra,Marduk ainda não foi captado. E quando o for, os cientistas calcularão que ele passará distante. Será uma mera atração astronômica, como o cometa Halley. Mas subitamente o planeta desviará sua trajetória (na verdade o erro será de cálculo da órbita) e passará astronomicamente "perto" da Terra. O suficiente para as alterações a qual alude Nostradamus e a Isaías, na bíblia. Os espíritas avisam que a população não será alertada, até ser tarde demais. Nosso planeta sacudirá por 4 dias e 4 noites.

"A Terra está de todo quebrantada, ela totalmente se move com violência. A Terra cambaleia como um bêbado e balanceia como rede de dormir." (Isaias,24: 19-21)
"E logo depois da tribulação daqueles dias, escurecer-se-á o sol, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potestades do céu serão abaladas. E então aparecerá o sinal do Filho do Homem no céu, como o relâmpago que sai do oriente e se mostra até o ocidente". (Mateus, cap.24, v.29:)

"Estrelas cairão do céu". Isso se deve a nossa perspectiva: quando a terra tremer (e bota tremer nisso) ,veremos as constelações "se movendo" rapidamente. O "sinal", visto de todo o planeta, muito provavelmente é o cometa de que fala Nostradamus, que pode ou não ser o Marduk. Uma outra hipótese é ainda mais espantosa, talvez com os extraterrestres finalmente descendo em todas as capitais da Terra em grandes naves (como é prometido por Ashtar Sheran).

"Aparecerá no céu, no norte, um grande cometa". ( Nostradamus, Cent. II, 43)
"A Lua, devido ao novo corpo celeste, aproximar-se-á da Terra e seu disco aparecerá 11 vezes maior que o Sol, o que provocará maiores marés e inundações". (Nostradamus, cent. IV, q. 30 )

A Terra,que atualmente tem o seu eixo levemente inclinado,recuperará sua posição vertical. O mar invadirá continente adentro,e novas terras aparecerão do oceano. Deve-se, então, procurar os lugares mais altos.

Cristo disse: "quando virdes o abominável devastador, que foi predita pelo profeta Daniel, posta no lugar santo (firmamento?) - o que lê entenda - então os que se acham na Judéia, fujam para os montes. (Mateus 24: 15-16)

As fontes de estudo são unânimes em afirmar que dois terços da população da Terra morrerão:
"Em toda a terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e perecerão; mas a terceira parte restará nela"
( Zacarias,13:8). "Farei passar a terceira parte pelo fogo,e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro...." (Zacarias,13:9)

Claro que tudo isso pode ser evitado, como o próprio Nostradamus diz. E ele continua: bilhões vão morrer, mas um terço da humanidade sobreviverá e repovoará o planeta,e a Terra viverá em paz pelos restos de seus dias, até o ano 3.600 e alguma coisa, quando a Terra finalmente esgotará seus recursos.

Espiritualidade

Interpretando esse fenômeno na visão espírita e católica, essa será a separação do Joio do Trigo. Diz-se que os ciclos de reencarnação na Terra estão acabando (a tão prometida longevidade virá,através da ciência?), pois a Terra deixará de ser um planeta de expiações (pagamento de penas),e,quem não "tomar jeito" agora, não vai ter mais tempo de se redimir, indo para outras esferas mais baixas (outros planetas, assim como a Terra, só que ainda menos adiantados). Ou seja...o paraíso é aqui.... ou melhor.. SERÁ aqui, algum dia. O Marduk vibra numa faixa tão baixa, tão ruim, que os espíritos afinados com essa faixa vão ser sugados para lá.

Ou seja, atrai os espíritos "ruins", atrasados, que vibram na mesma sintonia. Serão ,assim, arrastados pelo planeta, até serem "jogados" em outro planeta menos evoluído, como aconteceu com a Terra, nos primórdios da humanidade. Não, não vai ser como com os malucos do Heaven Gate. Isso se dará ao nível espiritual somente. Esperem, porém, diversas seitas que surgirão prevendo o apocalipse e proclamando o suicídio coletivo como forma de "ir junto com o planeta salvador", ou pregando a salvação!

Detecção do Planeta

É verdade. Ele já foi detectado pelos cientistas, mas que não estão (sabiamente) fazendo alarme. A massa (como os cientistas o chamam ainda) está chegando a Plutão. A órbita dele sai do nosso sistema solar e vai pra outro. Não pode ser visto. Por algum motivo, ele é composto de um material que ABSORVE toda a luz (talvez seja composto da matéria escura que forma 99% do universo e que os cientistas admitem que não conseguem ver). A diferença para um buraco negro é que ele não suga a luz, apenas não a reflete. Outro fator é que a órbita dele é perpendicular à da Terra. Só se sabe da existência dele porque, quando ele passa próximo a alguma estrela, a gravidade dele causa uma curvatura na luz que chega aqui na Terra. É assim que se descobrem muitos planetas fora do sistema solar. E assim foi descoberto que essa "massa" é dotada de GRANDE poder gravitacional.

Em 1980 o jornal O GLOBO publicou que as sondas Pioneer 10 e 15 estavam à procura de um suposto planeta X, que, com sua força, alterou as órbitas de Netuno e Urano. Os cientistas tem 99% de certeza de que isso foi causado por um corpo com a massa do tamanho da terra, ou no máximo 4 vezes maior. Tudo isso cientificamente... um cientista chegou a cogitar a hipótese desse planeta ser na verdade uma anã,ou um buraco negro. Aliás, vou procurar se ainda tenho o livro da TIME-LIFE sobre civilizações antigas, onde li isso uns anos atrás, e agora correlacionei.

Marduk

Os povos antigos sabiam,de alguma forma,da existência de um 12° planeta, assim como os sumérios,que descreviam a órbita desse planeta, que leva 6.666 anos terrestres para percorrer uma órbita elíptica em torno do nosso Sol, fazendo um "laço" à volta dos planetas exteriores (lembra algo bíblico? Eu li isso num livro da Time/Life). Os sumérios o chamavam de Nibiru. Os Babilônios o rebatizaram de Marduk,em homenagem ao seu Deus nacional. Também conhecido como Hercolubus. Os sumérios dizem que o planeta era habitado pelos Anunnaki, também conhecidos como Nefilim,que utilizavam a órbita singular do planeta como um observatório em movimento.

O QUE DIZEM OS ASTRÔNOMOS

O Último Êxodo - Editora Sociedade Editora Espírita F. V. Lorentz, Autor Mauro Fonseca, 2 ª Edição revisada: 1995

Página 11: Vamos começar nossa pesquisa, transcrevendo parte de algumas reportagens sobre um corpo estranho em nosso sistema solar (os grifos são nossos) :

Em 15/06/88 o jornal "O GLOBO" publicou o artigo abaixo, de que extraímos parte : "SONDAS PIONEER REFORÇAM A TEORIA SOBRE DÉCIMO PLANETA - Mountain View, Califórnia - Em funcionamento perfeito após 15 anos de serviço, as sondas espaciais americanas Pioneer 10 e 15 - as mesma que já enviaram à Terra as primeiras fotos detalhadas de Júpiter e Saturno - estão procurando agora o misterioso "Planeta X", cuja suposta órbita se situaria além de Plutão, informaram cientistas do laboratório da Nasa em Mountain View. A existência desse planeta, que seria o décimo do Sistema Solar, é indicada pelas anomalias observadas nas órbitas de Urano e Netuno, as quais poderiam ter sido provocadas pelas forças de gravitação do "X", disse um dos cientistas, o professor John Anderson. Estamos seguros, com 99 por cento de possibilidades de acerto, de que as órbitas de Urano e Netuno estão desestabilizadas, e que um dos possíveis causadores de tal fenômeno é esse planeta ainda desconhecido - acrescentou. Segundo Anderson, esse planeta, se de fato existe, tem no mínimo uma massa igual à da Terra, e no máximo quatro vezes maior.

Página 12: A Revista "SUPER INTERESSANTE", em seu número de novembro de 1988, publica o seguinte artigo:

"EM BUSCA DO PLANETA X - Não é apenas junto a estrelas distantes que os astrofísicos procuram planetas. Eles acreditam que existe um solitário corpo celeste perdido no Sistema Solar, para lá de Plutão, que fica a 5,9 bilhões de quilômetros do Sol. A massa desse décimo planeta poderia ser cinco vezes maior que a da Terra; o tamanho, o dobro. Apropriadamente chamado Planeta X, demoraria nada menos de mil anos para dar urna volta completa em torno do Sol, de tão longe que estaria dele. A procura desse planeta começou no século passado, depois que o astrônomo americano Percival Lowell (1855-1916) previu sua existência matematicamente, a partir das perturbações nas órbitas de Urano e Netuno. Para Lowell, elas só podiam ser causadas pela atração gravitacional de um planeta mais distante. A sonda Pioneer 10, que já quase alcançou o limite do sistema solar, ainda não viu sinal de X. Isso poderia ser explicado, segundo os especialistas da NASA, por sua estranha órbita, praticamente perpendicular à a Terra".

Página 13: "JORNAL DO BRASIL" de 05.06.89:

"PIONEER 10 - UMA JORNADA INTERMINÁVEL - Este mês faz seis anos que a nave Pioneer 10 passou pela órbita de Plutão em busca das fronteiras exteriores do Sistema Solar, à velocidade de 40 mil quilômetros por hora. Nessa viagem aos limites do nosso sistema planetário, os cientistas da NASA esperam conseguir informações sobre a possível existência de um décimo planeta e,..."

"0 GLOBO", de 13.01.90: "ASTRÔNOMOS INTENSIFICAM BUSCA A DÉCIMO PLANETA DO SISTEMA SOLAR - WASHINGTON - Astrônomos do Observatório Naval americano informaram ontem estar concentrando esforços na busca de um décimo planeta numa região específica do Sistema Solar. As teorias sobre a existência desse planeta surgiram devido ao "empurrão" gravitacional que interrompe as órbitas de Urano e Netuno... Com o uso de computadores, cientistas simulam teorias sobre a possível localização do planeta...
Harington diz que o planeta seria de três a cinco vezes maior que a Terra e se encontra numa órbita três vezes mais distante do sol que as de Netuno e Plutão".

"JORNAL DO BRASIL", de 07.08.90: "SISTEMA SOLAR SOFRE AMEAÇA DE BURACO NEGRO - 0 décimo planeta do Sistema Solar pode ser um buraco negro. A conclusão é do cientista soviético Vladimir Radziyevski, que vem estudando as perturbações provocadas na órbita dos cometas pela existência de um corpo celeste obscuro, nas bordas do nosso sistema planetário. Embora esse tipo de cálculo apresente muitas incertezas, Radziyevski estima que a massa do décimo planeta é milhares de vezes maior que a terrestre. Um objeto tão massivo não poderia ser um planeta. Seria urna estrela fria, do tipo anã marrom, ou então um buraco negro... Baseado em seus cálculos, Radziyevski acha que a humanidade assistirá a grandes cataclismos dentro de 50 ou 100 anos, quando a estrela negra estiver mais próxima da Terra... Radziyevski tem trabalhado com o astrônomo americano John Anderson, que estuda as perturbações que o astro desconhecido estaria causando na órbita dos Planetas Urano e Netuno".

"0 GLOBO", de 29.08.90: "COMETAS REVELAM 0 DÉCIMO PLANETA - Astrônonios de todo o Mundo já dispõem de provas indiretas da existência de um ou dois corpos invisíveis de grande massa situados além de Plutão, o planeta mais afastado do sistema solar. As pesquisas mais adiantadas estão sendo feitas pelo professor Vladimir Radziyevsld, da URSS, e pelo cientista John Anderson, dos EUA. As pesquisas de Anderson baseiam-se no clássico método da teoria das perturbações, pelo qual se descobre a órbita, massa e posição de um planeta desconhecido através das chamadas "discrepâncias" no movimento de um planeta conhecido. Essa teoria mostrou ser correta na descoberta de Netuno, próximo de Urano, que provoca enormes discrepâncias na órbita de seu vizinho. 0 cientista soviético, no entanto, elaborou um método diferente e, na sua opinião, o planeta desconhecido tem, no mínimo, massa dez vezes superior à determinada pelo cientista americano. 0 astrônomo soviético utiliza as estatísticas sobre cometas para "sondar" o espaço distante, além de Plutão. 0 método é considerado eficiente porque o número de cometas é muito grande, o que aumenta as possibilidades das estatísticas, e porque eles se afastam do Sol durante muito tempo e a grande distância.

Os planetas ainda não descobertos agem como um corpo perturbador à órbita elíptica dos cometas. 0 deslocamento do ponto de cruzamento da órbita dos chamados cometas diretos ocorre, segundo os astrônomos, em sentido inverso, ou seja no sentido dos ponteiros do relógio. De acordo com os cálculos do professor Radziyevski, a velocidade do deslocamento dos pontos de cruzamento de todos os cometas de curto período é inferior às previsões teóricas. Baseado nesta discrepância, ele calculou a massa do corpo perturbador e verificou que deveria ser enorme, milhares de vezes superior à terrestre. Como uma massa dessa magnitude não pode pertencer a um planeta com órbita circular, questiona-se a possibilidade de este corpo ser um anão negro (estrela fria) ou até um buraco negro".



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