Realizando os abismos do ego-esvaziamento
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Realizando os abismos do ego-esvaziamento


Quando não estamos mais "apegados" a nada, quando não buscamos mais sentido para as coisas nem para os eventos do mundo, o que nos cerca e o que nos acontece parece perder toda a consistência, como se a subsistência dos seres dependesse da intensidade de nossas tensões afetivas e racionais.

"Deixar ser" e viver sem porquê leva-nos assim à realização do vazio: "Todas as criaturas são um puro nada. Não digo que elas são pequenas ou não importa o quê, elas são um puro nada". Aqui Mestre Eckhart é fiel ao ensinamento do prólogo de João: todas as coisas existem na Consciência e sem a Consciência nada existe; as criaturas só têm existência independente subjetiva. Quando esta subjetividade foi purificada pelo desapego e pelo não-agir mental, não resta mais do que a evidência, a objetividade fulminante de nosso nada. O ser humano capaz de suportar este clarão é libertado da ilusão e do desejo de viver, ele toca em si "alguma coisa" que está além do espaço e do tempo. O além da morte é a sua morada. Aceitar seu nada é de fato reunir-se de novo à Fonte incriada que torna possível toda manifestação.

"Ele é 'alguma coisa' na alma que é incriada e incriável. Se a alma inteira fosse assim, ela seria seria incriada e incriável.

Quando este "fundo" foi tocado, atingido, não é mais possível falar de Deus da mesma maneira, não é mais possível idolatrá-Lo sob forma de conceito ou de presença maleável, ao sabor do capricho humano; ele é aquela "Deidade" de que fala Mestre Eckhart e só os terrenos negativos conseguem caracterizá-la.

Nenhuma de nossas analogias apropriadas ao espaço e ao tempo pode convir quando se trata de falar de Deus. Ele é Imutável, Impensável; melhor seria dizer que "Ele não existe", que Ele é "um puro Nada", do que encerrá-Lo nos nossos conceitos. O espírito entra então numa vacuidade essencial e, além de toda representação, ele se une ao Desconhecido que o habita e o escava, o esvazia, até os abismos.

Esta experiência do vazio, ainda que dolorosa para o ser criado, não é uma experiência patológica, uma incapacidade de viver. É a própria condição para que se realize um novo nascimento, a vida do incriado em nós.

Jean-Yves Leloup — Enraizamento e Abertura - Ed. Vozes





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