Reparando nossas relações
autoconhecimento

Reparando nossas relações


Que se entende por relações? Que significa “estar em relação”? (…) Relações significam contato, estar junto - estar relacionado, em contato direto com outro ente humano, conhecer-lhe as dificuldades, seus problemas, sua aflição, sua ansiedade, que é também nossa. E, compreendendo a si mesmo, compreende o ente humano e, conseqüentemente, pode operar uma transformação radical na sociedade.(1) 

Assim, torna-se de essencial necessidade a radical transformação do ente humano. Porque quase todos nós ainda somos animais. Se observar os animais, verá que somos parentes muito próximos. Observe um cachorro, um animal de estimação! Como são ciumentos! Como gostam de adulação, de afagos, etc., exatamente como os entes humanos (…) A menos que seja totalmente transformado o animal em nós existente, por mais que nos esforcemos, ainda que nos liguemos às mais extravagantes ideologias (…) - nunca resolveremos esse problema.(2)

Importa, pois, compreender o que significam as relações. Estamos em relação? (…) Por “relações” entendemos: estar em contato intelectual, emocional e psicologicamente. Estamos assim em contato? Ou só há contato, relação, entre a imagem que tem de si mesmos e a imagem que tem de outro? A respeito de si mesmo, você têm uma imagem, idéias, conceitos, experiência etc. Tem suas idiossincrasias, tendências, que constituem a sua imagem de si mesmo. (…) Existe essa imagem de si mesmo, e a outra pessoa também tem uma imagem de si própria. E quando entram em contato as duas imagens, chamamos a isso relações.(3)

Para a maioria de nós, “relações” é um termo que significa conforto, satisfação, segurança; e nessas relações servimo-nos da propriedade, das idéias e das pessoas para nossa própria satisfação. (…) Quando nos servimos de outras pessoas, exigimos a posse, física ou psicológica; e, ao possuirmos alguém, criamos todos os problemas do ciúme, da inveja, da solidão e do conflito.(4)

Assim, nossa dificuldade e nosso crescente problema decorrem da falta de compreensão das nossas relações, compreensão que, essencialmente, é autoconhecimento. (…) Por conseqüência, é importante que compreenda fundamentalmente as suas relações com sua esposa, seu marido, seu vizinho; porque as relações são uma porta através da qual podemos descobrir a nós mesmos, e compreender o que é o pensar correto.(5)

Uma sociedade baseada no uso mútuo é a raiz da violência. Quando fazemos uso de outrem, só temos diante dos olhos o fim que desejamos conseguir. O fim, o ganho, impede as relações, a comunhão.(6)

Uma sociedade cuja estrutura está baseada na mera necessidade, quer física, que psicológica, gera, forçosamente, conflito, confusão e sofrimento. A sociedade é a projeção de vós mesmos em relação com outrem.(7)

Nossas relações atuais são realmente muito confusas, desditosas, contraditórias, isoladas; nelas, cada um trata de estabelecer para si, em torno de si, e dentro de si, uma muralha inacessível. Examinem-se - não o que você deveríam ser, mas o que realmente são. Como são inacessíveis, cada um de vocês! - pois vocês têm tantas barreiras, idéias, temperamentos, experiências, aflições, cuidados, preocupações! E atividade de vocês de cada dia está sempre a lhes isolar; ainda que casado, com filhos, estão sempre a funcionar, a atuar egocentricamente.(8)

E a vida diária, tal como a conhecemos, é uma batalha constante, uma aflição, uma confusão interminável, com ocasionais lampejos de alegria, de íntimo prazer. Assim, a menos que ocorra uma revolução fundamental em nossas relações, a batalha prosseguirá e, por esse caminho, nunca se achará solução alguma.(9)

Mas, vendo-nos em conflito, tratamos de fugir-lhe mediante vários sistemas de filosofia, de bebidas, do sexo, de toda espécie de entretenimento intelectual ou emocional. Assim, a menos que, interiormente, haja uma revolução radical nas nossas relações (…), a menos que haja uma radical mutação nas relações, tudo o que se fizer (podemos ter as mais nobres idéias, falar e discursar infinitamente acerca de Deus, etc.) será sem significação alguma, porque é mera fuga.(10)

Apresenta-se, assim, o problema: Como posso eu, que vivo em relação, operar uma mutação radical nas minhas relações? Eu não posso fugir das relações. (…) Viver é estar em relação. Assim, tenho de compreender e de alterar as relações. Tenho de descobrir um meio de operar uma transformação total de minhas relações; porque, afinal de contas, elas estão produzindo guerras.(11)

É importante, por conseguinte, compreendermos as nossas relações (…) Enquanto nos servimos da propriedade como meio de engrandecimento próprio, haverá conflito, (…) uma sociedade baseada na violência. (…) Não estão usando a propriedade, as comodidades, a autoridade, como meios de auto-engrandecimento? O saberem que tem certa quantia (…) no banco, que possuem um título, um patrimônio - isso não lhes confere importância, um sentimento de poder?(12)

Vemos, pois, que baseamos as nossas relações no auto-engrandecimento. E enquanto nos servimos de pessoas, de idéias, de coisas, para nosso engrandecimento próprio, tem de haver violência. O problema não pode ser resolvido por meio de nenhum padrão de ação econômica ou social, pois o que se requer é a compreensão de todo o nosso ser psicológico; por essa razão se torna necessária uma revolução interior, e não apenas uma revolução no exterior.(13)

Pode alguém achar a paz, quando busca a segurança atrás das muralhas de seus temores e esperanças? Em toda a sua vida, tem procurado se retrair, porque deseja estar protegido, fechado nas muralhas de uma relação limitada que você tem o poder de dominar.(14)

Você sabe que na vida de relação existe conflito, que existe luta constante entre você e outrem, entre você e o mundo. (…) Não resulta ele da ação recíproca da dependência e da aquiescência, do desejo de domínio e do desejo de posse?(15)

Nós aquiescemos, dependemos, possuímos, porque existe em nós uma insuficiência interior, que dá origem ao temor. (…) A vida de relação é uma tensão, sendo necessária percepção profunda para compreendê-la.(16)

Por que há conflito entre pessoas? Ora, não são todas as relações mútuas um processo de auto-revelação? Isto é, nesse processo de relação, você está se revelando a si próprio, está descobrindo todas as condições do seu ser, o feio e o agradável.(17)

Se está apercebido, as relações são como espelho, refletindo mais e mais os vários estados dos seus pensamentos e sentimentos. Se compreendemos profundamente que as relações mútuas são um processo de auto-revelação, então elas terão um significado diferente.(18)

Nas relações mútuas, procuramos satisfação, prazer, conforto, e, se houver qualquer oposição profunda a isso, procuramos mudar nossas relações. Assim, as relações, em vez de serem uma ação progressiva de constante apercebimento, tendem a tornar-se um processo de auto-isolamento.(19)

Nas relações mútuas, a causa primária do atrito está em nós próprios, no “eu”, que é o centro da ansiedade unificada. Se, porém, pudermos compreender que o mais importante não é como os outros agem, mas como cada um de nós age e reage, e, se essa reação e ação podem ser fundamental e profundamente compreendidas, então as relações mútuas sofrerão uma mudança profunda e radical.

Nessas relações mútuas com outrem, há não somente o problema físico, mas também o do pensamento e do sentimento em todos os níveis, e podemos estar em perfeita harmonia com outrem somente quando estamos integralmente em harmonia com nós mesmos.(20)

Nas relações mútuas o que tem importância (…) não é o outro, mas nós mesmos, o que não significa que precisamos nos isolar, mas que devemos compreender profundamente, em nós mesmos, a causa do conflito e da tristeza. Enquanto dependermos de outrem para nosso bem estar psicológico, intelectual ou emocional, essa dependência deve, inevitavelmente, criar temor, do qual provém a tristeza.(21)

O problema, pois, é de relação. Sem relações, não há existência; ser é estar em relação. (…) O que sou eu projeto; é óbvio que, se não me compreendo a mim mesmo, toda a vida de relação é só confusão, a estender-se em círculos cada vez mais amplos.(22)

Nessas circunstâncias, as minhas relações assumem extraordinária importância, não as relações com as chamadas “massas”, mas no mundo de minha família e meus amigos (…) - (…) com minha esposa, meus filhos, meus vizinhos. Num mundo de vastas organizações, (…) movimentos de massa, temos medo de agir em escala pequena, temos medo de ser pessoas insignificantes.(23)

Uma sociedade cuja estrutura está baseada na mera necessidade, quer física, quer psicológica, gera, forçosamente, confusão e sofrimento. A sociedade é a projeção de você mesmo em relação com outrem. (…) Como você pode estar em comunhão com outrem, se o utiliza como peça de mobília, para sua conveniência e seu conforto?(24)

Nós não compreendemos a vida de relação; o processo total do nosso ser, do nosso pensamento, nossa atividade, favorece o isolamento, o qual impede o estado de relação. O ambicioso, o astuto, o crente, não pode estar em relação com outra pessoa. Só pode servir-se dela, o que gera confusão e inimizade.(25)

Essa confusão e essa inimizade existem na presente estrutura social; e continuarão a existir (…), a menos que haja uma revolução fundamental, em nossa atitude perante outro ser humano. Enquanto fizermos uso de outrem como meio para nossos fins, por mais nobres que sejam eles, haverá inevitavelmente violência e desordem.(26)

Ora, para a maioria de nós, as relações com outrem estão baseadas na dependência econômica ou psicológica. Essa dependência cria temor, gera em nós possessividade, dá lugar a atrito, suspeita, frustração.(27)

Que é então a relação? A mim me parece que esta é uma das coisas mais importantes na vida, porque o viver é relação. Se não há relação, o viver não existe em absoluto; a vida se converte então em mera série de conflitos que termina em separação, solidão com seus temores, ansiedades, problemas de apego, e todas as coisas envolvidas nesse sentimento de achar-se completamente isolado.(28)

Se minha mente é mesquinha, estreita, limitada, eu hei de enxergar a mesma coisa nos outros. Esse desejo de criticar os outros é verdadeiramente extraordinário. Como posso saber o que outra pessoa é, se não sei o que eu próprio sou? Como posso julgar outra pessoa, se minha medida é defeituosa?(29)

Não sei se você penetrou nessa questão com profundeza, para por si próprio descobrir se se pode viver com outra pessoa em total harmonia, em completo acordo, de forma que não haja barreira, divisão, mas um sentimento de completa unidade. Porque relação significa estar em relacionamento, não em ação, não com algum projeto, não com uma ideologia - mas estar totalmente unido no sentido de que a divisão, fragmentação entre indivíduos, dois seres humanos, não mais exista em nenhum nível.(30)

A menos que se descubra esse relacionamento, parece-me que, quando tentamos produzir ordem no mundo, teórica ou tecnologicamente, criamos não apenas profundas divisões entre o homem e o homem, mas também nos tornamos incapazes de evitar a corrupção. A corrupção começa onde há falta de relacionamento; penso que esta seja a raiz da corrupção. Relacionamento, como agora o conhecemos, é a continuação da divisão entre os indivíduos.(31)

(…) O que se torna necessário, (…) é que se opere uma transformação fundamental em nós mesmos; (…) deve atingir não somente as nossas relações pessoais, mas também nossas relações com a sociedade. (32)

A realidade não é algo abstrato ou teórico, (…) está na compreensão da vida de relação, no estarmos cônscios a todos os momentos do nosso falar, da nossa conduta, da maneira como tratamos as pessoas, (…) como consideramos os outros; porque a conduta correta significa virtude.(33)

Muito importa, pois, que se compreenda integralmente o processo do “eu”; (…) Se uma pessoa quer compreender a sociedade e promover uma revolução fundamental na estrutura social, ela tem, obviamente, de começar em si mesma; porque nós não somos diferentes da sociedade.(34)

Pelo contrário, a verdadeira revolução não é realizável pelos movimentos coletivos, e sim por uma interior reavalização das relações - só isso constitui verdadeira reforma, revolução radical (…) Ora, precisamos começar a resolver o problema em escala pequena, e essa escala pequena é o “eu” e o “vós”. Quando compreendo a mim mesmo, compreendo a vós, e dessa compreensão nasce o amor.(35)

No momento em que vos acercais de outra pessoa com a mira em algum proveito financeiro ou espiritual, interceptais de todo a comunhão com ela. O falso respeito que costumamos ostentar é indicativo de compreensão? Vós me tratais com deferência, às vezes, mas geralmente demonstrais, com os vossos servos, vossas esposas e vosso próximo, desdém, desconsideração, indiferença ou insensibilidade.(...) Tem valor isso? Ser respeitosos com um homem de quem esperamos alguma coisa, e desdenhosos, duros e brutais com os outros? E constituirá o saber a essência da nossa vida? Se assim pensamos, interpretamos erroneamente a existência. Mas, se pudermos compreender, momento a momento, o integral significado da existência, talvez encontremos, então, alegrias e felicidade.(36)

Ora, se examinarmos a nossa vida, as nossas relações com os outros, veremos que são um processo de insulamento. Na realidade, não nos importamos com os outros. (…) Por outras palavras, só existem relações enquanto nos dão prazer. Pode parecer severo isso, mas, se realmente o examinardes, vereis que é um fato;(37)

(…) Assim, se examinarmos a nossa vida e observarmos as nossas relações, vemos que elas constituem um processo em que levantamos resistência uns contra os outros, em que erguemos uma muralha, por cima da qual olhamos e observamos os outros; mas conservamos sempre a muralha e permanecemos atrás dela, quer seja uma muralha psicológica, quer uma muralha material, econômica, nacional.(38

Não é possível isolarmo-nos do mundo, porquanto ser é estar em relação. Sem compreensão da vida de relação, não há ação verdadeira (…) A vida de relação é comunhão, e essa comunhão é impedida quando forte o processo de insulamento. (…) Embora julguemos estar em relação, o que na realidade fazemos é olhar por cima da muralha, mas permanecendo sempre nessa clausura e, conseqüentemente, provocando maiores sofrimentos para nós mesmos e para outros.(39)

É porque não somos criadores, (…) que somos tão anti-sociais, em todos os diferentes níveis de nossa consciência. Para ser muito prático e muito eficiente nas relações sociais, (…) com todas as coisas, o indivíduo precisa ser feliz; e não pode haver felicidade se não houver um findar, se houver “vir a ser”. No findar, há renovação, renascimento, novidade, frescor, alegria.(40)

Nessas condições, (…) É a falta de relações corretas que produz conflito; por conseguinte, é essencial que compreendamos o conflito nas relações. (…) Logo, a compreensão de todo o processo de nós mesmos, em relação com a sociedade, é o primeiro passo para a compreensão do problema do conflito. O autoconhecimento é o começo da sabedoria; porque vós sois o mundo, não estais separado do mundo. A sociedade são as vossas relações com vossos semelhantes.(41)

A verdadeira revolução vem de dentro, quando compreendeis as vossas relações, as vossas atividades diárias, vossa maneira de proceder, de pensar, de falar, vossa atitude para com o próximo, para com vossa esposa, vosso marido, vossos filhos.(42)

(…) Quando amais alguém, estais em comunhão com esse alguém; não tendes idéia alguma, relativamente à pessoa que amais. De modo idêntico, se nos for possível estabelecer uma relação de verdadeira comunhão entre nós, de maneira que vós e eu compreendamos o problema juntamente, teremos então a possibilidade de uma radical revolução no mundo.(43)

Que significa fraternidade, como idéia ou realidade? Como podeis realmente ter o sentimento de amor fraternal em vossos corações, quando mantendes uma série de crenças dogmáticas, quando fazeis distinções religiosas? E isso é o que estais fazendo em vossas sociedades, grupos.(44)

Estais agindo de acordo com o espírito de fraternidade, quando existem tais distinções? Como podeis conhecer esse espírito quando tendes a consciência de classe? Como pode haver unidade ou fraternidade, quando pensais somente em termos de vossa família, de vossa nacionalidade, de vosso Deus?(45)

Como pode haver verdadeira fraternidade quando o instinto possessivo é tão profundo e, por isso, necessariamente, deve conduzir a guerras, pois está baseando no nacionalismo, no patriotismo. (…) Um homem que é realmente fraternal, afetuoso, não fala de fraternidade; vós não falais de fraternidade à vossa irmã ou à vossa esposa, porque já existe um afeto natural. E como pode haver fraternidade, verdadeira unidade humana, quando existe exploração?(46)

A dificuldade é ser fraternal, ser bom, ser benevolente, ser generoso; e isso é impossível, enquanto só pensarmos em nós mesmos. Estais pensando em vós mesmos quando atribuís a máxima importância (…) como meio de vos proporcionar felicidade, (…) conservar vosso nome, vossa religião, vossas perspectivas, vossa autoridade, vossa conta no banco, vossas jóias.(47)

Quando um homem está interessado só em si mesmo e no prolongamento de si mesmo, como pode ele ter amor no coração, como pode ter boa vontade? (…) O homem que não pensa em si criará por certo um mundo novo, uma nova ordem, e é para esse homem que devemos volver os olhos (…) A boa vontade, a felicidade, a bem-aventurança, só virá quando houver a busca do real. O real está perto, não distante.(48)

Sois responsáveis pelas misérias e pelos desastres que ocorrem no mundo, pois na vossa vida diária sois cruéis, opressores, ávidos e ambiciosos. (…) Abrigai em vossos corações a paz e a compaixão, e aclarar-se-ão as vossas dúvidas.(49)

Se não extirpais de vós mesmos as causas da inimizade, da ambição, da avidez, são falsos os vossos deuses e vos conduzirão à desgraça. Só a benevolência e a compaixão são capazes de promover a ordem e a paz no mundo;(50)

Ora bem, (…) Num mundo como o atual, em que há tanta violência, (…) ódio e brutalidade, a palavra “compaixão” é quase sem significação. (…) Há violência em todos nós, consciente ou inconscientemente. Existe agressividade, o desejo de ser ou “vir a ser” algo, o impulso para nos “expressarmos” custe o que custar, para nos preenchermos sexualmente, nas relações sociais, no escrever, no pintar.(51)

Para produzir ordem, vós mesmo deveis ter consideração e compaixão para com outrem. A ação nascida do ódio só pode criar futuros ódios. A raiva em todas as circunstâncias é a ausência de compreensão e amor.(52)

Perdemos o sentimento de humanidade; reconhecemo-nos responsáveis somente perante a classe ou grupo a que pertencemos; (…) perante um nome, um rótulo. Perdemos a compaixão, o amor ao todo, e, sem essa vivificante chama da vida, volvemo-nos para os políticos, (…) os sacerdotes, (…) Em nada disso há esperança. Só no interior de cada um de nós reside a compreensão criadora, a compaixão, tão necessária para o bem-estar do homem. Os meios criam os fins justos;(53)

Estamos tentando descobrir se é possível viver neste mundo sem nenhum medo, conflito, com um enorme senso de compaixão, o que exige grande soma de inteligência. Você não pode ter compaixão sem inteligência. E essa inteligência não é atividade do pensamento. Você não pode ser compassivo se está ligado a determinada ideologia, a um particular tribalismo estreito, ou a algum conceito religioso, porque tudo isso é limitação. A compaixão só pode surgir, despertar, quando há o fim do ressentimento, o que representa o fim do movimento egocêntrico.(54)

Quando compreendo a mim mesmo, compreendo a vós, e dessa compreensão nasce o amor. O amor é o fator que está faltando - há falta de afeição, de cordialidade, nas relações; e porque falta esse amor, essa ternura, essa generosidade, essa compaixão, em nossas relações, escapamo-nos para a ação em massa, que produz maior confusão e maior miséria.(55)

(1) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 91-92
(2) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 92
(3) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 92-93
(4) Nosso Único Problema, pág. 19
(5) Nosso Único Problema, pág. 19
(6) Nosso Único Problema, pág. 89
(7) Nosso Único Problema, pág. 89
(8) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 78
(9) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 79
(10) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 79
(11) Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 79
(12) Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 128-129
(13) Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 129
(14) Reflexões sobre a Vida, pág. 101
(15) Krishnamurti
(16) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 131
(17) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 39
(18) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 39
(19) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 40
(20) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 54-55
(21) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 55
(22) A Arte da Libertação, pág. 62
(23) A Arte da Libertação, pág. 62
(24) (Nosso Único Problema, pág. 89
(25) (Nosso Único Problema, pág. 89
(26) (Nosso Único Problema, pág. 89-90
(27) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 52
(28) (El Despertar de la Inteligencia, II, pág. 132
(29) Que Estamos Buscando?, pág. 164-165
(30) The Awakening of Intelligence, pág. 76
(31) The Awakening of Intelligence, pág. 76
(32) Por que não te Satisfaz a Vida?, pág. 149
(33) Por que não te Satisfaz a Vida?, pág. 150-151
(34) Por que não te Satisfaz a Vida?, pág. 151
(35) A Arte da Libertação, pág. 63
(36) Uma Nova Maneira de Viver, pág. 119-120
(37) Novo Acesso à Vida, pág. 143
(38) Novo Acesso à Vida, pág. 143-144
(39) O Caminho da Vida, pág. 13
(40) Da Insatisfação à Felicidade pág. 74
(41) Nosso Único Problema, pág. 65-66
(42) Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 197
(43) Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 116
(44) Palestras em Adyar, Índia, 1933-1934, pág. 47
(45) Palestras em Adyar, Índia, 1933-1934, pág. 47
(46) Palestras em Adyar, Índia, 1933-1934, pág. 82
(47) A Arte da Libertação, pág. 104
(48) A Arte da Libertação, pág. 104-105
(49) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 16
(50) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 26
(51) Experimente um Novo Caminho, pág. 49
(52) Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 46
(53) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 84
(54) The World of Peace, pág. 86
(55) A Arte da Libertação, pág. 63




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