autoconhecimento
SINCRONICIDADE
Tudo em nosso universo é formado por energia. A matéria física, os pensamentos, os sentimentos, a eletricidade, os microorganismos, o calor. Absolutamente tudo é energia, em diferentes estados vibracionais. Sendo assim, tudo representa uma gotinha do oceano de energia. Uma gota individual, ainda assim é parte do oceano, ligada e mesclada a todas as outras gotas que também dele fazem parte, assim como as células que formam nosso corpo.
O conceito de Sincronicidade foi desenvolvido por Carl Gustav Jung, para explicar que tudo no universo está interligado num tipo de vibração em que duas energias uma física e uma não física, estariam em sintonia, dando a ideia de que certos eventos isolados parecem repetidos, só que em perspectivas diferentes. O que define a Sincronicidade não são as coincidências e seus significados e sim a conclusão de que tudo no universo está unificado por tipos de vibrações e de dimensões.
Estamos todos interligados nesse oceano de energia, mas não estamos acostumados com a sua "linguagem". Através da natureza, de acontecimentos, de situações, de pessoas, ou seja, através de tudo que faz parte do universo essa linguagem se manifesta. Aquilo que consideramos aleatório representa nossa incompreensão diante dessa linguagem tão ampla. Ao estar mais atento à sua vida, a essas coincidências e sinais, é possível utilizar esses conhecimentos para viver de maneira mais leve, fluida e harmoniosa.
O universo sinaliza de diversas maneiras o fluxo de nossa vida. Alguns sinais são mais visíveis e perceptíveis, outros mais sutis e mais difíceis de serem captados. Uma simples mudança na maneira como nos posicionamos diante dos acontecimentos de nossas vidas, podem transformar nossa história.
O maior insight de Jung foi contextualizar a sincronicidade como algo abrangente do TODO, e não de um mero evento. Segundo ele, os pensamentos vêm-nos à consciência; as intuições e pensamentos que surgem do inconsciente não são produtos de esforços deliberados para pensar, mas objetos internos, parcelas do inconsciente que pousam ocasionalmente na superfície do ego.
Jung gostava de dizer, por vezes, que os pensamentos são como pássaros: eles chegam e fazem ninho nas árvores da consciência por algum tempo, e depois alçam vôo de novo. São esquecidos e desaparecem.
As sincronicidades nos fazem perceber que existe uma ordem subjacente ao fluxo da vida. Momentos em que o físico e o psíquico demonstram sua inseparabilidade favorecendo a percepção de que estamos todos interligados e que o mundo externo é um reflexo do mundo interno. É a percepção do atemporal no tempo, a manifestação de um ato criativo trazendo o desconhecido para o conhecido revelando o novo na psique, no corpo e na Natureza.
A grande novidade da ciência contemporânea - da era das incertezas - é demonstrar, matematicamente, que a Vida também propicia o próximo lance criativo do jogo e, com isso, nos desperta para potenciais que podem facilitar a escolha pelo melhor caminho. Esta proposta embasa a teoria de Jung sobre as sincronicidades, que as chamava também de “atos criativos no tempo”.
O conhecimento humano, atualmente, liberta-se dos limites da lógica e projeta-se no transcendente através de um profundo mergulho que revela uma realidade plena de sentido. Um universo com significado ressurge das cinzas de uma participação que a ciência clássica ajudou a enterrar, mas que sempre permaneceu viva na obra de Jung.
Estabelecer um nível de confiança no invisível, nas forças que regem a vida e a natureza e permanecer no agora, sem deixar que o passado e o futuro nos tirem o foco, pode constelar a capacidade de acessar inúmeras possibilidades criativas que existem em todas as situações. Situações em que transições de fase ocorrem, mudando o nível da consciência e acarretando mudanças tanto psíquicas como físicas.
Quanto mais ficarmos no tempo presente, com o mínimo de controle necessário para nossa existência cotidiana no tempo linear, entregando à Vida e ao Invisível nossas dúvidas, aflições e medos, mais teremos a oportunidade de constatar e observar as sincronicidades, os sinais que nos indicarão o melhor caminho a seguir. Perceber a rede de coincidências na nossa vida é apenas o primeiro estágio que nos permite entender e viver o sincronismo.
Quando você percebe essa “nova realidade”, tudo à sua volta começa a fazer sentido para você. Você não está sozinho nessa engrenagem, toda a natureza, o mundo, as pessoas, os acontecimentos e o universo estão interconectados a você. As suas coordenadas internas irão, passo a passo, identificando, restaurando, alimentando e delineando os detalhes da sua nova realidade e tudo à sua volta vai captando cada sinal emitido. É daí que surge o processo da sincronicidade que muito se assemelha a uma coincidência milagrosa.
Quanto mais atenção você der às supostas coincidências, mais provável é que elas apareçam, o que significa que você começa a ter cada vez mais acesso às mensagens que lhe estão sendo enviadas a respeito do caminho e da direção de sua vida.
"Jung afirmava que temos quatro funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. Cada um de nós tem uma dessas funções mais predominantes, mas quando trabalhamos internamente estas quatro funções de forma equilibrada, contribuiremos com a manifestação de uma quinta função, ou seja, uma nova função chamada sincronicidade. Isso é possível quando estamos sincronizados com a nossa essência interna, enfim, quando nossos passos desenham os anseios de nossa verdadeira natureza.
A sincronicidade é a linguagem do divino para orientar nossa vida. E o divino atua tanto dentro quanto fora de nós.
Tudo está interligado, tudo está em sincronia, somos todos um, os seus atos, afetam diretamente a quem está há quilômetros de você, e sendo assim, você também será afetado, este é o padrão da maior energia transformadora deste universo, ela existe em cada um de nós, encontre esta energia e você será transformado, você pode ser o grande mestre ou o discípulo, ou os dois, só depende de você.
Segundo Jung, nós, seres humanos, temos um papel especial a desempenhar no universo. O nosso inconsciente é capaz de refletir o Cosmos e de introduzi-lo no espelho da consciência. Cada pessoa pode testemunhar o Criador e as obras Criativas desde dentro, prestando atenção à imagem e à sincronicidade. Pois o arquétipo não é só o modelo da psique, mas também reflete a real estrutura básica do universo.
As sincronicidades nos fazem perceber interligados, conectados a tudo e a todos neste universo holográfico do qual somos apenas um fractal. Nos torna religiosos, não no sentido usual da palavra, mas sim no sentido de religare, de retomar a ligação com o Todo, ao mesmo tempo em que nos sabemos únicos.
Vídeo :Jose Morais Ferreira
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