Sua natureza, O BUDA - Osho - 1/3
autoconhecimento

Sua natureza, O BUDA - Osho - 1/3


"Reverenciada seja a Perfeição da Sabedoria, o Adorável, o Sagrado!
Avalokita, o Senhor Sagrado e Bodhisatva,  moveu-se nos cursos profundos da sabedoria, para o mundo-além.Daquelas alturas, Ele olhou para baixo e viu 
cinco agregados.
E Ele viu que, em si próprios, os agregados eram vazios." 
(O Sutra do Coração)


Eu saúdo o seu Buda interior. 

Você pode não estar ciente, você pode até mesmo jamais ter sonhado com isso – que você é um Buda, e que ninguém pode ser outra coisa a não ser isso. 
A natureza búdica (o estado de Buda) é o núcleo essencial do seu ser, e isso não é algo para advir no futuro, mas algo que já aconteceu. É a tua própria fonte. É a origem e é também o objetivo. É a partir de nossa natureza búdica que todos nós nos movemos, e é também para ela que todos nós rumamos. 

Essa única palavra “natureza búdica” contém tudo – o ciclo completo da vida, do alfa ao ômega.

Mas você está dormindo, você não sabe quem você é. Não que você tenha que se tornar um Buda, mas apenas reconhecer que Ele habita em ti, reconhecer a necessidade se voltar para a sua própria origem. 
A fim de fazer isso você terá de olhar para dentro de si mesmo. Uma confrontação consigo mesmo irá revelar a sua natureza búdica. 

O dia vem quando você vê a si mesmo, e quando a existência inteira se torna iluminada. Não é que uma pessoa se torne iluminada – como pode uma pessoa se iluminar? A própria ideia ou pensamento de ser uma pessoa faz parte da mente não iluminada. Não é que eu tenha me tornado iluminado. O “eu” precisa ser descartado antes que se possa conseguir a iluminação. Assim, como poderia eu ter atingido a iluminação? Parece absurdo. 

No dia em que me tornei iluminado, toda a existência tornou-se iluminada. Desde aquele instante jamais pude ver outra coisa a não ser Budas – nas mais variadas formas, com milhares de nomes distintos, às vezes com mil e um problemas, mas ainda assim todos Budas.

Assim, eu saúdo o seu Buda interior.

Sinto-me imensamente feliz e satisfeito de ver tantos Budas reunidos aqui. 
O próprio fato de suas vindas até mim significa o início do reconhecimento. 
O respeito e o amor em seu coração por mim significam o respeito e o amor para com a sua própria natureza búdica. 
Confiar em mim não significa confiar em alguma coisa extrínseca a você, a confiança em mim significa a confiança em seu próprio ser. 
Ao confiar em mim, você vai aprender a confiar em si mesmo. 
Ao se aproximar de mim, você estará se aproximando de si mesmo. Apenas um reconhecimento necessita ser alcançado. O diamante está aí – você apenas deve ter se esquecido, ou talvez você não tenha se lembrado desde o início.

Existe um famoso ditado de Emerson: “O homem é Deus em ruínas”. Eu concordo e eu discordo. Esse insight comporta uma dose da verdade – o homem não é o que ele deveria ser. 
Esse insight está um pouco desordenado, de pernas para o ar. 
O homem não é Deus em ruínas, o homem é Deus sendo edificado. O homem é um Buda germinando e desabrochando. 

O botão está ali, ele pode florescer a qualquer momento: apenas uma porção de esforço, um pouco de ajuda... E não será a ajuda que irá causar o fenômeno – ele já está lá! O seu esforço irá apenas revelá-lo a você, ajudando-o a descobrir aquilo que já está lá, oculto. 
A verdade é eterna.

Ouça com atenção estes sutras porque eles são os mais importantes escritos dentre toda a grande literatura Budista.

Mas eu gostaria começar a partir do verdadeiro ponto inicial. Para entendermos este sutra, é necessário que comecemos corretamente. Apenas usando o correto ponto de partida é que os ensinos do Budismo nos serão proveitosos: estabeleça desde já em seu coração o fato de que você é um Buda. Eu sei que isso pode parecer presunçoso, pode parecer ser bastante teórico e hipotético; você ainda não pode confiar nisso totalmente. Isso é natural, eu compreendo. 

Apenas permita que a compreensão deste fato esteja aí como uma semente. Em torno desse fato muitas coisas vão começar a acontecer, e somente em torno deste fato é que você será capaz de compreender este sutra. Este 
sutra é imensamente poderoso – ele bastante pequeno, condensado, da mesma forma que uma semente. Mas se houver o solo apropriado, ou seja, se houver na sua mente o fato exato de que você é um Buda – de que você é um Buda desabrochando, de que você é potencialmente capaz de tornar-se um – e de que nada está faltando, de que tudo está absolutamente pronto, então tudo o que será necessário é colocar as coisas na ordem correta; apenas um pouco mais de estado de alerta se fará necessário, apenas um pouco mais de consciência se fará necessário... 

O tesouro já está aí; você tem de trazer uma pequena lâmpada para dentro de sua casa. Uma vez que a escuridão desapareça, você não será mais um mendigo, você vai ser um Buda, você será um soberano, um imperador. Este reino inteiro já é seu, tudo é somente uma questão de pedir; você apenas tem de reivindicá-lo.

Mas você nunca será capaz de reivindicá-lo se acreditar é um mendigo. Você não será capaz de protestar por ele; você não será sequer capaz de sonhar com a possibilidade reclamá-lo para si enquanto estiver acreditando que é um mendigo. Essa ideia de que você é um mendigo, de que você é ignorante e pecador, tem sido tão amplamente proclamada em cima de todos os púlpitos ao longo das eras, que isso se tornou uma hipnose profunda em você. Esta hipnose tem de ser quebrada. 

Para quebrá-la eu começo com: Eu saúdo o Buda em seu interior.
Para mim todos vocês são Budas. 

Todos os seus esforços a fim de se iluminarem serão ridículos se vocês não forem capazes de aceitar esse fato básico. Isso tem de estar o tempo todo subentendido, é necessário que se torne um entendimento implícito – que 
você é um Buda!  

Esse é o ponto de partida correto a ser adotado, do contrário você se extraviará. Esse é o começo certo! Parta dessa visão e não fique preocupado que isso possa criar algum tipo de ego – o de que “eu sou um Buda”
Não se preocupe, porque todo o processo do Sutra do Coração vai deixar claro para você que o ego é a única coisa que não existe – a única coisa que não existe! Tudo o mais é real.


Neste mundo existiram sábios que disseram que o mundo é ilusório e que a alma é existencial – o “eu” é verdadeiro ao passo que todo o restante é ilusório, maya. 
Buda diz exatamente o adverso: ele diz que apenas o “eu” é irreal, tudo o mais é real. E eu concordo com Buda mais do que com qualquer outro ponto de vista. 
A percepção de Buda é muito penetrante, é a mais aguda e intensa. 

Ninguém jamais penetrou esses reinos, profundidades e alturas da realidade.
Mas parta dessa visão, comece com essa ideia e ela criará um clima em torno de você. 

Deixe-a ser declarada a todas as células de seu corpo e a cada pensamento de sua mente; deixe que isso seja declarado em todos os cantos e recantos de sua existência: “EU SOU UM BUDA!”. 
E não se preocupe com o “eu”. Nós daremos conta dele.

O estado de buda e o “eu” não podem existir ao mesmo tempo. Quando o estado de buda se revela o “eu” desaparece, assim como a escuridão desaparece quando você se aproxima com a luz." [ continua...]
Osho em The Heart Sutra
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Uma sigela homenagem ao amado Mestre Osho, 
no dia do seu aniversário. 
Hoje estaria completando 81 anos...
Amor e Gratidão eterna...
***
"MEUS AMADOS: Eu amo vocês. 
O amor é a minha mensagem – deixe que ele seja a sua mensagem também. 
O amor é minha cor e o meu clima. 
Para mim, o amor é a única religião. 
Tudo o mais é simplesmente lixo, tudo o mais não é nada mais do que sonhos de uma mente turbulenta. 
O amor é a única coisa substancial na vida, tudo o mais é ilusão. 
Permita que o amor cresça em você e 
Deus estará crescendo por sua própria vontade. 
Se você perder o amor, você perderá Deus e tudo o mais. 
Não existe nenhum caminho para Deus sem amor...” 
Osho
(1931 - 1990)

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