A ilusão da busca de conhecimento externo
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A ilusão da busca de conhecimento externo


Somos incapazes de ver como o conhecimento correto de NÓS MESMOS pode ser necessário ao nosso modo de viver. Aspiramos a aprender como dobrar o mundo à nossa vontade ou então como a ele adaptarmo-nos de modo a podermos tirar o melhor proveito, por pior que seja. Não vemos como o conhecimento correto de NÓS MESMOS pode ser-nos útil neste mister... estamos completamente convencidos de que nos conhecemos perfeitamente bem. 

Acreditamos que o conhecimento é de grande valor, e procuramos conhecer a verdade sobre tudo que possivelmente vamos encontrar na vida. Somos tão fanáticos quanto a isso, que desejamos tornar compulsória a todos a aquisição do conhecimento. E todo esse conhecimento é concernente AO MUNDO — e não A NÓS MESMOS. Com o passar dos séculos, cada nação, ou grupo de nações, acumulou bastante conhecimento — história, geografia, astronomia, física, ética, teologia, biologia, sociologia, e até mesmo o que se conhece pelo nome imponente de filosofia ou metafísica. Se todo esse conhecimento externo, que vem se amontoando, desse felicidade, deveria ter havido um aumento constante da felicidade humana. Mas o caso é outro. 

Pode-se alegar que o aumento do conhecimento nos deu um maior domínio sobre as forças cegas da Natureza, e que isto é tudo para chegar-se ao bem. Mas não é bem assim. Esse domínio foi colocado por uma sorte funesta nas mãos de poucos, e quanto maior se tornar, mais profundo serão o desespero e a degradação em que as massas afundam. E a percepção de sua miséria se alívio não pode deixar de envenenar a taça da felicidade — ou de arremedo de felicidade — para aqueles entre a minoria afortunada que não sejam totalmente egoístas. O milênio, que os cientistas de uma era agora esquecida profetizaram, está mais longe do que nunca. Na verdade, a ciência trouxe o mundo a um estado em que a própria sobrevivência da raça humana está sendo seriamente ameaçada. É pura maldade — indigna daqueles que aspiram a uma genuína e imaculada felicidade — afirmar que todo este conhecimento tem sido para o bem. E isso deve levar-nos a suspeitar que não há conhecimento algum. Pelo menos, podemos supor que a felicidade não pode ser encontrada por intermédio DESSA ESPÉCIE DE CONHECIMENTO. O ensinamento dos sábios confirma tal suspeita. Ramana Maharshi chega mesmo a caracterizar todo esse conhecimento externo como IGNORÂNCIA. 

(...) Ramana Maharshi afirmou que a investigação do mundo exterior a nada nos poderá levar, exceto à ignorância. Disse ele que QUANDO PROCURAMOS CONHECER ALGUMA COISA QUE NÃO SEJA NÓS MESMOS, SEM PROCURARMOS CONHECER A VERDADE DE NÓS MESMOS, O CONHECIMENTO QUE OBTEMOS PROVAVELMENTE NÃO PODE SER EXATO.

(...) A razão dada por Ramana Maharshi é que quem desejar saber a Verdade seja do que for, deve PRIMEIRO CONHECER-SE A SI MESMO E COM PERFEIÇÃO. Quer dizer que aquele que não se conhece, parte de um erro inicial, o qual DETURPA todo o conhecimento resultante de sua investigação. Quem se conheceu a si mesmo, no entanto, está livre de tal erro, e somente ele é capaz de encontrara a Verdade do mundo ou das coisas do mundo. A qualidade daquele que pretende adquirir conhecimento é elemento indispensável ao conhecimento por ele adquirido. Será conhecimento correto somente se o pretendente estiver ADEQUADAMENTE HABILITADO para a pesquisa. 

(...)Mas não nos conhecemos? Pensamos que sim. O homem vulgar afirma com convicção que se conhece a si mesmo da forma adequada; e pode ser-lhe impossível chegar a entender que NÃO SE CONHECE, mesmo que o escute e um Sábio. É necessário termos a mente muito adiantada e grandemente PURIFICADA para percebermos e reconhecermos QUE NÃO NOS CONHECEMOS A NÓS MESMOS — que as ideias sobre nós mesmos, acalentadas durante tanto tempo, estão erradas. Os Sábios nos dizem que nossas ideias sobre nós mesmos são um misto de verdade e erro.

(...) Ramana Maharshi diagnostica a doença — escravidão aos desejos e temores — como devida à ignorância sobre o que é o nosso Eu real, e à consequente premissa falsa de que o corpo é o Eu. E isso se confirma pela observação de que desejo e medo surgem em virtude do corpo. 

MAHA YOGA




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