A normose tem cura para quem procura
autoconhecimento

A normose tem cura para quem procura


"Ninguém precisa se envergonhar de estar mental e emocionalmente doente, pois é a coisa que normalmente acontece com os que fazem parte da grande massa, isto é 95% da população. E fazer parte da grande massa, isto é 95% da população. E fazer parte dos 5% restantes pode até ser uma sensação de isolamento." - Livro Bronze de N/A.
Quando o normótico começa a tomar consciência da sua verdadeira natureza e do significado da sua existência, observa-se uma aceleração do seu processo evolutivo. E isso ocorre porque o mesmo começa a colaborar com o impulso evolutivo e a se tornar consciente, sentindo cada vez mais forte e irresistível a premência de reencontrar a realidade de si mesmo capaz e lhe proporcionar a Unidade interna necessária para a conquista de um modo de vida equilibrado, efetivo e feliz. 

O processo de recuperação da normose, num primeiro momento, inclui um minucioso e destemido questionamento quanto ao atual sistema de crenças, a coragem de recusar a submissão às mesmas que se mostram disfuncionais e obsoletas, o destemor dos resultados da opinião social a seu respeito e a coragem suficiente para rejeitar ideias religiosas bem como os costumes de terceiros e um questionamento destemido e minucioso quanto aos padrões que se encontram subjacentes às insatisfações pessoais, e descobrir o que está limitando a realização e o prazer de viver. Traz consigo a responsabilidade de buscar por ideias avançadas capazes de suplantar sua insanidade estagnante. Os que se interessam o suficiente para enfrentar este processo indiferente ao desprezo social, assim como explorar o que está além das ideias institucionalizadas, estão aptos para exercerem a divina missão de não mais perpetuar essa condição em si mesmos e no mundo que os rodeia. Para o exercício desta missão, se faz necessário a conscientização de que o grosso da sociedade sofre de uma espécie de alergia diante de conversas que levem ao questionamento quanto à normose e que apenas poucos são capazes de ousar por uma independência e juízo individual. Precisa ter em mente que muitos normóticos (assim como ele mesmo no decorrer do exercício da própria normose), por medo de perder a estabilidade financeira ou por medo do abandono e da solidão se afastam de práticas e de pessoas que possam colocar em xeque a sua atual maneira de viver, chegando muitas vezes, até mesmo a hostilizá-las, pois sentem que as mesmas, colocam em perigo as coisas e os relacionamentos dos quais dependem para ter segurança e uma boa imagem. Com razão diria Thomaz Merton, em seu livro Na liberdade da Solidão - Editora Vozes
"Não pode o homem dar seu assentimento a uma mensagem espiritual enquanto tem a mente e o coração escravizados pelo automatismo". 
É preciso ter em mente que o normótico só irá procurar por ajuda para a limitação imposta por sua disfuncional maneira de viver, quando não tiver mais com o que anestesiar a dor do tédio, a insatisfação e a falta de sentido existencial. Transcrevo abaixo, pensamentos de alguns escritores que elucidam bem este ponto de vista. São eles:
"Via de regra só o fazem sob o impacto de uma grande dor, crise emocional ou outra perturbação que temporariamente os faça voltarem-se para dentro de si mesmos e torne toda a atividade centrada no eu, fútil e sem sentido. É estranho que ao atingir aquele ponto em que a vida não parece mais valer a penas ser vivida é que as pessoas começam a interessar-se deveras pelo aspecto espiritual da existência, quando anteriormente só ligavam para o seu lado material. É nesse ponto que recorrem à religião em busca de lenitivo, à filosofia em busca de compreensão, e, quando ambas as coisas não aparecem suficientes, a cultos estranhos e heterodoxos em busca de uma luz qualquer. Contudo, qualquer que seja a fonte a que recorrem a fim de obter orientação interior e esclarecimento, ver-se-ão sempre em última instância face a face com o mistério do eu, o qual exigirá sempre, conquanto de forma silenciosa, investigações mais profundas. Torna-se portanto obrigatório, que o homem entenda tal coisa e faça da autocompreensão uma das razões primordiais de sua vida. Até que assim faça, religião, filosofia, psicologia superior, em suma, todas as trilhas do conhecimento não-sensorial continuarão a confundi-lo e intrigá-lo." — Paul Brunton — A Busca do Eu Superior - Ed. Pensamento.
"Como é triste  que a maioria de nós apenas comece a apreciar a vida quando estamos a ponto de morrer!... Não há comentário mais desalentador sobre o mundo moderno do que esse: a maioria das pessoas morre despreparada para morrer, como viveu despreparada para viver". — Sogyal Rinpoche — O Livro Tibetano do Viver e do Morrer 
"Há um lugar no seu interior onde se pode permanecer calmo e de lá olhar com equilíbrio e discernimento as perturbações da consciência de superfície e agir sobre ela para mudá-la. Se você puder aprender a viver nesta calma do ser interior, você terá encontrado sua base estável." — Sri-Aurobindo
"Ao enxergar sob uma luz bem mais abrangente os padrões que condicionam a vida, é possível que não ficássemos tão dispostos a participar de ações que sempre resultaram em sofrimento... Com um entendimento assim, não haveria limites para a nossa visão do ser humano, nem limites para a liberdade humana." — Tartangh Tulku - Conhecimento da Liberdade - Editora Dharma
"...Quem tiver a coragem e a paciência para permitir que sua mente raciocine por essa forma, livre da ideologia convencional, será em última instância gratificado com a descoberta da verdade eterna a cerca do homem. Dar-se por satisfeito com as teorias científicas e filosóficas correntes, que podem e devem ser completamente modificadas nas próximas décadas ou então ser taxadas de errôneas e incompletas pela geração seguinte, é demonstrar inércia e covardia mental. A verdade não é para os preguiçosos ou tímidos". — Paul Brunton - A Busca do Eu Superior - Editora Pensamento
"Esta normalidade é uma mediocridade que não admite ou até mesmo condena tudo o que se encontra fora de suas normas e o considera como anormal sem levar em conta que muitos comportamentos ditos como anormais são em realidade começos ou tentativas para ultrapassar a mediocridade." — Roberto Assagiolli
O normótico que quer se recuperar precisa buscar por momentos de solidão onde possa praticar uma qualidade de escuta interior pela qual possa se manifestar a Presença do que está presente, no mais profundo de sua essência, abrindo-se cada vez mais "Àquele que É". Ele precisa superar o estadio de identificação corporal para uma maior identificação com o Transpessoal. Precisa entrar num estado de apatia, ou seja, um estado onde não mais se deixa enganar pelas promessas de satisfação vindas do externo, o qual faz com que o normótico saia da sua horizontalidade em busca do Essencial, acima de todas as coisas — a busca da ação da verticalidade do SER. 

O normótico não consegue perceber a realidade da prisão em que vive, do mesmo modo que o peixe não se percebe prisioneiro num aquário. Por essa razão, o normótico submete sua liberdade à autoridade grupal em detrimento de sua autonomia. Não consegue perceber que são nas escolhas individuais, na mais ampla liberdade do homem que se encontra o potencial de saúde. 

Outsider




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