Editorial II
autoconhecimento

Editorial II


Pretendo aqui, tão somente, inspirar o homem de hoje a olhar, não só nas coisas conhecidas, mas naquelas que não se podem ver, tornando a escuridão visível, pois através do processo do conhecimento, pode-se levar o espírito a empreender uma jornada à terra do Desconhecido, único lugar onde a sabedoria pode ser descoberta. O caminho deve ser feito sem auxílio de um guru, pois a verdade é uma para cada um e somente a experiência vivida individualmente é real.

O homem moderno pode argumentar que não é tempo para falar da eficácia prática de ensinamentos antigos, em uma era de ciência e tecnologia, em que estamos preocupados com os duros fatos da vida e não com temas remotos e obscuros. Entretanto, o estudo filosófico e do auto conhecimento, não é desinteressante e não se ocupa com especulações metafísicas ou sutilezas minuciosas nem com algo remoto e abstrato, seu principal interesse é naquilo que é intensamente prático, que nos ajuda a resolver as confusões e perplexidades nas quais a civilização de hoje em dia parece estar enredada. Ajuda a diminuir o stress, a perceber e conduzir o fluxo das emoções, a sentir mais confiança em nossos atos, a desenvolver um controle sobre a mente, não deixando que ela nos dirija, jogando nossos pensamentos de um lado para outro e nos deixando sem rumo. A nossa percepção das coisas se torna cada vez mais aguçada, e pouco a pouco, nos prepara para alcançar o autocontrole e domínio sobre a vontade de nossos corpos e mentes.

A função da filosofia é nos orientar no caminho que nos leva ao conhecimento de nós mesmos.

O homem natural, se preocupa com a busca de todas as coisas, enquanto que no homem espiritual, existe apenas a ausência de qualquer busca.

O encontro está no vazio. Quando se esvazia a mente das ilusões criadas pela própria mente, surge o que é real e verdadeiro. A mente livre nos liberta de conceitos e preconceitos.

Alan Watts, um grande pensador de nossos tempos, diz:

“O homem moderno busca a profundidade penetrando na superficialidade. Mas a profundidade é conhecida apenas quando ela revela a si mesma e ela sempre se afasta da mente investigadora”.

É no vazio que se encontra o Todo.


A filosofia é, portanto, apenas um instrumento, que devemos nos servir, para alçar um vôo do solitário para o Solitário, do irreal para o real, para o resgate do que é significativo, ao invés de um mundo destituído de significado. O homem precisa hoje de uma filosofia que o ajude a encontrar caminhos que possam preencher todo seu Ser, se não quiser que as conquistas da ciência não o levem a uma destruição cada vez maior, mas sim às sublimes e majestosas alturas do viver pleno.

Obrigado e continue a acompanhar os próximos posts.
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