Esta palavra tem mais de um significado, conforme o dicionário pode ser: “arte de produzir por meio de certos atos e palavras efeitos contrários às leis naturais”, mas também “fascinação e encanto” (Dicionário Aurélio).
Bom, quanto à primeira definição, o Aurelio que me perdoe, mas está completamente errada. Atos mágicos só podem ser possíveis por estarem enquadrados em leis naturais, somente que desconhecidas pela maioria dos humanos.
Mas neste post quero me referir à magia como sinônimo de fantasia e encanto. É isto o que está faltando nos dias atuais.
De alguma forma, não sei exatamente quando, perdeu-se a magia. Acho que, atualmente, só as crianças ainda a mantém. Claro que muito menos do que em outras gerações, pois não havia a diversidade de brinquedos que hoje existem, nem a facilidade de adquiri-los. As crianças costumavam criar os seus brinquedos. Hoje vem tudo pronto e a TV, os games e a Internet não deixam muito espaço para a criação.
Afora as crianças, atualmente há um tipo de pessoas que ainda procura e experimenta a magia, só que de forma negativa e destrutiva para sua saúde mental e física: os adictos em drogas.
Junto com a magia foi-se embora muito da criatividade. Essa ausência tem sido notada e reclamada por parte das empresas.
Antes, quando um homem estava interessado por uma mulher, ele ficava fantasiando como seria seu corpo. Sonhava em vê-la nua, antecipando com avidez as curvas de seu corpo. Houve épocas em que o simples vislumbre de um tornozelo era o bastante para excitar um homem.
Hoje tudo é mostrado muitas vezes de forma vulgar e carente de senso estético.
Esse excesso de exposição do corpo feminino acarretou um saciamento muito rápido do desejo fantasioso masculino. E onde isso leva? Relações rápidas também.
Em tempos muito, muito antigos as pessoas conseguiam ver seres, hoje considerados mágicos, como duendes, sílfides, ondinas e salamandras. Tais seres, embora não sejam mágicos, mas simplesmente elementos da natureza, com o passar do tempo foram desaparecendo das vistas do ser humano comum, só sendo percebidos por pessoas com a chamada “3ª visão” desenvolvida. Atualmente talvez só seja possível vê-los em Findhorn.
Por que estou citando-os? Porque eles nos trazem um viés mágico, de encanto e fantasia já que são tão diferentes de nós, pertencendo a uma “outra realidade”. Além do fato de muitos serem brincalhões.
Vocês podem dizer que estou viajando na maionese, mas eu sei do que estou falando. O simples fato de alguém não admitir que espíritos ou elementais da natureza não existem já demonstra que sua fantasia está capenga. Até o cientista Einstein reconhecia que só a imaginação é mais importante que o conhecimento. Sem falar que onde há fumaça, há fogo. Toda lenda tem seu fundo de verdade.
O futuro trará a comprovação de muita coisa que hoje é considerada pura fantasia, absurdo ou crendice ignorante.
Vejam bem, nada é criado sem ter sido imaginado primeiro e a imaginação é irmã da fantasia e prima do mistério.
O reducionismo nos deixou um triste legado e a Era das Luzes trouxe muito conhecimento, mas também tornou o ser humano descrente de tudo aquilo que a maioria não consegue perceber e do que não possa ser provado em laboratório.
O ser humano precisa da magia, do mistério e do encanto. Isso permite que nosso lado mental descanse e abra caminho para a intuição e para a verdadeira criatividade. Principalmente nos dias atuais, onde o stress tomou conta da maioria, é altamente saudável ter alguns momentos, ao menos, de relax e divagações criativas. É aí que entram a fantasia e a imaginação.
Restou-nos a magia do cinema ... Ainda bem.
"A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério. É essa emoção fundamental que está na raiz de toda ciência e toda arte." (Einstein)
Imagem: amorizade.wordpress.com
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