Será que existe ou existiu algum ser humano que nunca se perguntou em momentos de devaneio ou até quando está em “estado alterado etílico”: quê que eu tô fazendo aqui? rsrs
A perguntinha que em muitos nunca se cala: qual o propósito da vida ou da minha vida?
Os primeiros, dos quais temos notícia, a se preocupar com o assunto foram os famosos filósofos gregos, afinal naquela época não existia televisão, e o que fazer com os momentos de ócio? Devanear, refletir e encher a cuca de minhocas.
A humanidade foi evoluindo e a questão continuou presente. Em algumas épocas eram muito poucos os que se davam a este trabalho, em outras temos conhecimento de grandes e atormentados pensadores.
Atormentados, sim, porque pensaram, pensaram, discutiram e discutiram com seus pares e cada um chegou a uma conclusão diferente, se é que chegou a alguma..
Se vocês estão pensando que li todos ou a maioria dos grandes filósofos ou pensadores, desiludam-se de vez. Comecei a lê-los na adolescência, mas quando cheguei aos meus 20 anos, aproximadamente, percebi que tais leituras tinham feito estragos na minha cabecinha. Havia muitas minhocas para as quais eu não tinha repelente. Muitas dúvidas, questionamentos e incertezas que nenhum dos “grandes pensadores” resolvia a contento. Então parei de ler os filósofos.
As leituras pararam, mas os questionamentos não e essa pergunta sobre o propósito de estarmos aqui ainda me acompanhou durante muito tempo.
Muitos são aqueles que se estressam com esse tipo de questão. Alguns por características próprias de personalidade, outros por influências externas como as religiões, com toda a carga de crenças que vem junto com elas.
Já li e ouvi todo tipo de missão que a humanidade “deve” cumprir aqui no planetinha se quiser “agradar” ao senhor, seja lá este quem for... Boa parte dessas missões carregadas de sacrifícios, dor e, por que não dizer, autopunições. Sim, a humanidade foi tão altamente condicionada que deve sofrer e ser punida que para muitos isto é algo natural.
Não sei de onde surgiu a necessidade, no ser humano, de ter um propósito para viver. Só o fato de viver já é uma experiência tão rica, tão repleta de facetas e nuances que não precisa de mais nada para se justificar.
É que o ser humano é um bicho muito esquisito mesmo, sempre procurando explicação para tudo, não se contentando em simplesmente viver ou como dizia a música: “be and let be”.
Se todos dessem significado para suas vidas creio que essa necessidade de propósito desapareceria. Dar significado às relações, ao trabalho, ao lazer (curtindo cada minuto), enfim, vivendo a vida intensamente. Boa parte da humanidade não faz isso, limitando-se a ficar na rotina do dia a dia, esquecendo que também existe a imaginação que pode dar um colorido a qualquer vidinha chata.
Emoções, sentimentos, imaginação, ingredientes para se curtir a vida sem necessidade de um propósito. Claro que não há nada de errado com aqueles com um propósito, se o tem que vá atrás dele. Cuidado, porém, com algumas crenças limitantes que se fazem presentes nesse particular. Muitas religiões pregam propósitos para o viver humano que só conduzem à alienação e fantasia fazendo com que as pessoas, ao invés de procurar sentir-se bem aqui, enquanto estão vivos, busquem a realização e felicidade que virá após a morte quando forem para o “céu”(?).
É aqui, na Terra, que somos úteis aos propósitos do Criador (sejam lá quais forem) porque este é o laboratório de onde sai um específico tipo de conhecimento do “Tudo Que É” (que a dualidade e o livre arbítrio permitem), através de nossas experiências e criações.
Os mestres nos ensinam que o propósito do viver humano, seja em matéria densa ou sutil, é criar e experienciar (tal como o Criador faz). Se houver consciência disso garanto que qualquer vida vai ser repleta de movimento, ação/reação e surpresas, sem lugar para monotonia nem para ficar se perguntando: “quê que eu tô fazendo aqui?”
Imagem: coisasmagicasdavida.blogspot.com
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