autoconhecimento
Como é fácil julgar ...
Recentemente assisti, em cima do muro, a um episódio que me inspirou a fazer este post.
Por que fiquei em cima do muro? Porque procuro seguir o velho ditado: “macaco velho não mete a mão em cumbuca”.
Sei que há pessoas mais extremadas que consideram ficar em cima do muro uma falta de personalidade ou de convicções. Bem, uma coisa é não ter convicções sobre assuntos importantes e vitais e outra bem diferente é se meter ou dar palpites e julgamentos sobre a vida alheia.
No episódio em questão uma pessoa teve uma atitude estranha, não usual, e foi violentamente julgada por outros.
Fiquei surpresa com a carência de empatia demonstrada pelos julgadores, bem como com a facilidade em destruir o pedestal.
Vamos, então, analisar a questão a partir desses dois tópicos, o que não elimina os demais fatores envolvidos na tendência humana a julgar.
1) A falta de empatia.
Quando uma pessoa não consegue se colocar no lugar da outra jamais terá noção do que pode ter levado a outra a ter determinado comportamento ou atitude.
É preciso entender que não existe ação, atitude ou comportamento sem uma motivação determinante e esta, em boa parte das ocasiões, é inconsciente.
Somos seres de muitos aspectos, sendo que todos eles influenciam e/ou determinam nosso comportamento e atitudes e esses aspectos funcionam no nosso subterrâneo ou como gosto de chamar: na “caixa preta”.
É difícil quantificar, mas eu arriscaria dizer que dois terços do nosso conteúdo psíquico é inconsciente. Sendo inconsciente não temos controle sobre ele.
Como podemos, então, julgar uma pessoa se talvez ela nem saiba conscientemente o porquê de seu comportamento ou atitude?
2) Destruir o pedestal.
Pedestal,, aqui, está sendo usado no sentido de colocar uma pessoa numa posição idealizada ou superior ao que ela realmente é.
O ser humano faz muito isso: idealizar o outro. E uma forma de fantasia. Nós vemos acontecer isso frequentemente em relação às celebridades do cinema, TV ou música. Enxergar fulano como isento das características pequenas e mesquinhas de um reles mortal.
Nas relações diárias entre humanos isso também acontece. Conhecemos alguém que se comporta de determinada maneira que admiramos. A partir daí vamos construindo, sem o percebermos, expectativas sobre essa pessoa.
Sem refletirmos a respeito, passamos a considerá-la capaz disso , mas incapaz daquilo. Às vezes subestimamos, outras vezes superestimamos.
Em ambos os casos estamos equivocados, mas quando superestimamos e a pessoa em questão comete um deslize, segundo nossa percepção, a tendência é derrubá-la do pedestal, seja este de cinqüenta centímetros ou dois metros. Não importa a altura em que a colocamos e sim o fato de termos fantasiado a respeito dessa pessoa.
Idealização e formação de expectativas podem acabar com qualquer relação, seja de caráter íntimo ou social ou profissional. Aí, quando a pessoa não responde adequadamente às expectativas vem o julgamento crítico.
E é lamentável a ferocidade humana ao julgar e criticar.Já vi pessoas que num dia elogiam, fazem carinhos e no dia seguinte estão jogando a outra no lixo (metaforicamente falando). Como é fácil julgar ...
Gente, o chamado aqui é para a seguinte reflexão: lembrem que são todos humanos e não super heróis. Não existe ninguém perfeito, aliás, estamos bem longe disso.
Olhe-se no espelho quando estiver julgando criticamente alguém e verá que expressão feia será refletida ... a bruxa da Branca de Neve. rsrsrs
Imagem: vida-imperfeita.blogspot.com
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