A autoridade mundialmente reconhecida em religião e espiritualidade, história asiática, filosofia mundial, ciência budista, Indo-budismo tibetano, Robert Thurman é um defensor eloquente da relevância das idéias budistas para nossas vidas diárias. Ao fazer isso, ele tornou-se uma voz de liderança defendendo o valor da razão, da paz e compaixão. Robert Thurman é um escritor americano e acadêmico budista que tem escrito, editado e traduzido diversos livros sobre o budismo tibetano.
Ele também é o co-fundador e presidente do Tibet House New York e atualmente possui a primeira cadeira no seu campo de estudos nos Estados Unidos.
Robert Alexander Farrar Thurman nasceu em 4 de agosto de 1941. É um escritor americano budista e acadêmico influente e prolífero que autorizou, editou ou traduziu vários livros sobre o budismo tibetano. É professor de estudos budistas indo-tibetano da Universidade de Columbia, detentor da primeira cátedra no campo deste estudo nos Estados Unidos.
Thurman não é apenas um estudioso, mas um grande divulgador da cultura tibetana. Em 1987, ele e o ator Richard Gere fundaram New York City Tibet House, uma instituição sem fins lucrativos dedicada à preservação e promoção da cultura viva tibetana, onde ele atualmente atua como presidente do conselho de curadores.
É também ativista contra o controle do Tibete pela República Popular Chinesa. Ele é presidente do Instituto Americano de Estudos Budistas. Recentemente, o New York Times o elogiou como "o maior especialista americano sobre o budismo tibetano." O foco de Thurman está no equilíbrio entre a visão interior e harmonia cultural. Ao interpretar os ensinamentos de Buda, ele argumenta que a felicidade pode ser viável e satisfatória de forma duradoura. Thurman nasceu em Nova York, filho de Elizabeth Dean (nascida Farrar), uma atriz dos bastidores e de Beverly Reid Thurman Júnior, um editor da Associated Press e tradutor das Nações Unidas. Cursou a Philips Exeter Academy de 1954 a 1958 e, em seguida, a Universidade de Harvard obtendo o título de Bacharel em Artes (AB) em 1962. Casou-se com Christophe de Menil, herdeira da Schumberger Ltd., uma fortuna em equipamento de petróleo, em 1959.
Em 1961, Thurman perdeu seu olho esquerdo num acidente de carro quando tentava levantar o carro com um macaco e o olho foi recolocado através de uma prótese ocular.
"Eu perdi meu olho esquerdo e minha vida mudou. Comecei a ler Hermann Hesse e George Gurdjieff, porque eu suspeitava que no Oriente havia algo muito importante. Aos 21 anos eu deixei a minha esposa, que não quis me seguir e fui para Ásia. Conheci os sufis, então eu cheguei na Índia. Quando cheguei no Tibete, logo percebi que haviam pessoas diferentes: após 10 semanas, eu já falava a sua língua e não queria mais voltar para a América ".
Após o acidente, ele resolveu redirecionar sua vida, divorciou-se da esposa e viajou de 1961 a 1966 para a Turquia, Irã e Índia. Converteu-se para o budismo e foi ordenado sacerdote budista em 1964, o primeiro monge americano da tradição budista tibetana. Thurman é o primeiro ocidental a ser ordenado monge budista , um amigo do Dalai Lama, passou anos promovendo a causa do Tibete. Estudou com Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama de quem se tornou amigo íntimo. Em 1967, de volta para os Estados Unidos, Thurman abandonou seu voto de celibato e casou-se pela segunda vez com uma modelo suíça, Nena von Schlebrügge, que passou por um breve casamento com Timothy Leary.
Thurman e Schlebrügge, agora uma psicoterapeuta, tiveram quatro filhos sendo a mais velha, a atriz Uma Thurman. Amigo pessoal do Dalai Lama por mais de 40 anos, o Professor Thurman é um fervoroso defensor e porta-voz sobre a verdade a respeito da atual situação do Tibete-China e as violações dos direitos humanos sofridas pelo povo tibetano sob o domínio chinês.
Segundo Thurman, desde a invasão ilegal chinesa sob o Tibete em 1950, os tibetanos têm visto a sua religião, idioma e cultura reprimidos, seu ecossistema comprometido, e uma opressão sistemática e violenta contra qualquer um que professa lealdade para com o Dalai Lama. Apesar de tudo isto, o Dalai Lama tem sido uma voz consistente para a paz, oferecendo uma abordagem equilibrada (Caminho do Meio).
Thurman obteve o Mestrado em Artes em 1969 e um Ph.D. em Estudos de Sânscrito Indiano em 1672 em Harvard. Foi professor de religião no Amherst College de 1973 a 1988 quando aceitou um trabalho na Universidade de Columbia como professor de religião e sânscrito. A revista Time o escolheu como um dos 25 americanos mais influentes em 1997. Dr. Thurman é altamente reconhecido por suas traduções e explanações dinâmicas e lúcidas da religião e filosofia budista, particularmente à tradição Gelugpa (dge-lugs-pa), e seu fundador, Je Tsongkhapa.
Thurman afirma: "O que eu aprendi com essas pessoas [tibetanos] mudou para sempre a minha vida, e eu acredito que sua cultura contém uma ciência interior particularmente relevante para o momento difícil em que vivemos. Meu desejo é compartilhar algumas da profunda esperança para o nosso futuro, que eles compartilharam comigo. "
Robert Thurman, lembra do primeiro encontro com o Dalai Lama, em 1964, quando, cheio de ambições espirituais, questionou o jovem tibetano sobre Shunyata, ou vacuidade, enquanto o Dalai Lama o questionou, não menos avidamente, sobre Freud e o sistema bicameral americano.
"Foi divertido", diz Thurman, usando as palavras freqüentemente usadas sobre o Dalai Lama. "Nós éramos jovens juntos." Naquele tempo Thurman sentiu que as respostas que o monge, com seus 20 anos, deu então sobre as complexas perguntas teológicas não eram tão boas quanto aquelas oferecidas por monges mais experientes.
Quando o já líder tibetano emergiu de seus retiros, e surgiu no mundo, Thurman o viu em sua primeira viagem aos EUA, em 1979 — "eu quase caí", tão forte era seu calor e magnetismo pessoal .
No passado, claro, ele tinha o carisma de ser o Dalai Lama, e sempre foi encantador e interessante e cheio de humor. Mas agora revelava alguma essência interior de energia, de atenção e inteligência. Ele estava glorioso."
E ainda aquele ar de responsabilidade – a palavra que ele sempre destaca, no mesmo nível que a compaixão — nunca o deixou.
Eu lembro de ter ido vê-lo um dia após ele ter recebido o prêmio Nobel, quando estava hospedado (como é tão típico em sua vida) em um rancho de subúrbio, na Praia de Newport.
O que chamou minha atenção naquele momento foi que, assim que me viu, ele me convidou a entrar (como faria sem dúvida alguma a qualquer outro visitante) em um pequeno aposento e gastou os primeiros minutos procurando por uma cadeira onde eu ficasse confortável — como se eu fosse o novo laureado do Nobel e ele um mero intruso.
"Quando você conhece a verdadeira natureza da realidade, pode parar de lutar contra ela e começar a se conectar mais e mais com ela. " - Thurman
Sobre a compaixão, Thurman explica a sequência progressiva de prática para desenvolver-la de fato na vida (e não só no discurso), com todas as outras pessoas, começando do começo.
“Primeiro é preciso criar essa base de igualidade. Reduzimos um pouco a ligação com aqueles que amamos — só na meditação — e abrimos a mente àqueles que não conhecemos. E reduzimos a hostilidade e o “não quero ter compaixão com eles”, sendo eles os caras maus, os que odiamos ou não gostamos. E assim não odiamos mais. Igualamos. Isso é muito importante.”
— Robert Thurman, no TED A prática é chamada de “Método Causal em Sete Etapas para Desenvolver Compaixão“, e vai progressivamente ampliando o círculo da compaixão desse primeiro estágio, onde baixamos a guarda do ódio e neutralizamos sentimentos negativos, e instauramos uma igualdade entre todos, sejam conhecidos ou desconhecidos. Através de sete passos, chega-se à compaixão universal. Além de produzir a felicidade pessoal e ao mesmo tempo estar agindo em harmonia e paz com os outros seres ao redor, essa prática permite uma compreensão mais profunda sobre a existência humana, compreensão esta que Albert Einstein tinha e que está citado no início do discurso de Thurman:
“Gostaria de abrir citando uma maravilhosa frase de Einstein, só para vocês saberem que o grande cientista do século 20 também concorda conosco e pede para agirmos. Ele disse: “Um ser humano é parte de um todo, que chamamos de universo, uma parte limitada por tempo e espaço. Ele experimenta o mundo, seus pensamentos e sentimentos, como se fosse algo separado do resto, mas essa separação é como uma ilusão de ótica da consciência. Essa ilusão é como uma prisão para nós, que nos restringe a desejos pessoais e afeição pelas pessoas próximas de nós. Nossa tarefa é a de sair dessa prisão aumentando nosso círculo de compaixão, e abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza em seu esplendor.”
Popularizar os ensinamentos do Buda é apenas um dos talentos criativos de Thurman. Ele é um orador cativante e autor de muitos livros sobre o Tibete, o budismo, arte, política e cultura, incluindo "Coleção Sete Pecados Capitais", "O Livro Tibetano dos Mortos", “Essential Tibetan Buddhism” (1995), “Infinite Life: Seven Virtues for Living Well” (2004) e “Why the Dalai Lama Matters: His Act of Truth as the Solution for China, Tibet and the World” (2008), "Revolução Interior", e, mais recentemente, "Por que o Dalai Lama Importa. "
O chamado "Livro Tibetano dos Mortos" tem sido reconhecido por séculos como um clássico da sabedoria budista e pensamento religioso. Mais recentemente, tornou-se muito influente no mundo ocidental por seus insights psicológicos sobre os processos de morte - e também por nos ensinar sobre as maneiras como vivemos nossas vidas.
Sua mensagem é que a felicidade que carregamos dentro de nós, não é algo temporário - como um bom sorvete - mas um estado permanente, que não depende de qualquer condição externa.
Robert Thurman fala de sabedoria e compaixão e como a prática da meditação isolada deste contexto de treinamento da mente é limitada. Ele pondera importantes questões como não limitar a nossa prática a apenas a alguns minutos sentados e os equívocos como achar que a meditação visa algum tipo de paz individual e isolamento. Confira abaixo:
“Se você acabou de meditar, e você tem uma visão de mundo que o ponto da meditação é escapar de tudo, encontrar um lugar de maravilhas puras, onde ninguém está presente, algum tipo de não-existência (ou nada), ou um entendimento errado do que essa não-existência significa e você quer chegar nisso para ficar em paz e sossegado Esse é um tipo de armadilha.”
Postagem baseada nas seguintes fontes: http://www.budavirtual.com.br/o-que-a-meditacao-realmente-e-robert-thurman/
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