Pema Chödrön também conhecida como Deirdre Blomfield-Brown, (Nova York, 1936) é uma monja budista norte-americana da tradição Vajrayana tibetana e uma das estudantes mais brilhantes de Chögyam Trungpa Rinpoche, famoso mestre de meditação.
Ela é autora das obras The Wisdom of No Escape e Start Where You Are, e também professora em Gambo Abbey (Nova Scotia, Canadá), o primeiro monastério tibetano na América do Norte estabelecido para ocidentais.
Pema Chödrön é uma monja plena, que pratica na tradição do budismo tibetano. Foi uma discípula do Venerável Chögyam Trungpa Rinpoche, cujos ensinamentos ela continua a disseminar entre estudantes ocidentais do mundo inteiro. É considerada uma das mais importantes monjas budistas da atualidade.
Nascida na cidade de Nova York, em 1936, Pema tem 2 filhos adultos e 2 netos. Formada pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, foi professora primária por muitos anos, no Novo México e na Califórnia.
Pema já havia passado dos 30 anos quando se ligou pela primeira vez aos ensinamentos budistas.
Em 1971, ela viajou para os Alpes franceses, onde encontrou o Lama Chime Rinpoche, com quem estudou por muitos anos. Tornou-se uma noviça em 1974, enquanto estudava com Lama Chime, na Inglaterra.
O primeiro encontro de Pema com seu guru-raiz, Chögyam Trungpa Rinpoche, foi em fevereiro de 1972.
Lama Chime encorajou-a a trabalhar com Trungpa Rinpoche e foi com ele que Pema, finalmente, se ligou mais profundamente.
Pema estudou com Trungpa Rinpoche de 1974 até a morte de dele, em 1987, recebendo dele sua ordenação plena em 1981. Pema continuou a estudar com grandes mestres das linhagens Kagyü e Nyingma do budismo tibetano.
Atualmente, Pema é professora residente na abadia Gampo, um centro monástico situado em uma área de duzentos acres, à beira-mar, sobre as falésias do cabo Breton, na Nova Escócia, no Canadá.
Pema é uma Acharya (professor senior), e integra o corpo dos professores mais experientes da Shambhala Internacional, fundação que difunde os ensinamentos da Shambhala - a tradição budista tibetana que se destina a nos ajudar na busca por uma vida mais tranquila, repleta de compaixão e fraternidade.
Quando não está em retiro fechado, na abadia Gampo, viaja pela Europa, Austrália e América do Norte, ensinando a grandes audiências.
Conhecida no mundo inteiro por sua interpretação pé-no-chão do budismo tibetano, Pema se destaca nos ensinamentos das práticas de meditação, cura e insight para estudantes ocidentais.
Segundo ela, através da meditação é possível elevar nosso espírito e compartilhar sabedoria com o mundo e com as pessoas que nos cercam.
A monja afirma que devemos ser quem realmente somos, sem hesitação. Ao descobrirmos nossa própria natureza, através da meditação, podemos elevar nosso espírito e compartilhar a brandura e a sabedoria com o mundo que nos cerca.
"Depende de nós", declara Chödrön. "Podemos passar a vida nutrindo nossas mágoas e anseios, ou podemos escolher o caminho do guerreiro - cultivando a mente aberta e a coragem." No budismo tibetano, explica ela, um guerreiro é alguém que "ouve os lamentos do mundo".
Pema Chödrön escreveu diversos livros sobre Budismo e sua aplicação no dia a dia.
É a autora de "Wisdom of no escape", "Start where you are" (tradução brasileira: Comece onde você está, Editora Sextante, 2003), "The places that scare you" (tradução brasileira: "Os lugares que nos assustam", Editora Sextante, 2003) e "When things fall apart" (tradução brasileira: "Quando tudo se desfaz", Editora Gryphus, 1999).
Segundo Chödrön, a felicidade está ao nosso alcance, e no entanto tantas vezes a perdemos de vista, ironicamente na tentativa de evitar dor e sofrimento.
Existe somente uma atitude em relação ao sofrimento, ensina Chödrön, e essa atitude é a que caminha na direção das situações difíceis com afabilidade e curiosidade, se deixando levar pela insegurança da situação. É ali, no meio do caos, que descobrimos a verdade e o amor indestrutíveis.
"É importante aprender a ser generoso consigo mesmo e a respeitar-se, já que, fundamentalmente, quando nos voltamos para nosso coração e começamos a perceber o que é radioso e o que é confuso, o que é doce o amargo, estamos descobrindo não apenas a nós mesmos — estamos descobrindo o universo. Quando vemos o Buda que somos, percebemos que tudo e todos são o Buda. Percebemos que tudo e todos são despertos. Tudo é igualmente precioso, inteiro e bom. Todos são igualmente precisos, inteiros e bons. Quando encaramos pensamentos e emoções com humor e abertura, passamos a perceber o universo da mesma maneira. Não estamos falando apenas de nossa libertação pessoal, mas de ajudar a comunidade em que vivemos, nossa família, nosso país, todo o continente, sem falar do mundo, da galáxia e de tão longe quanto quisermos ir."
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