Continuando a expandir a consciência, vamos hoje ver um conceito que já tem dado “pano pra mangas”.
Como já disse em outro post, mesmo que você não acredite em reencarnação ou carma conscientemente esse conceito pode estar contido em seu DNA, transmitido através de um antepassado que acreditava nisso.
Não podemos ignorar conteúdos inconscientes gravados em nosso DNA já que eles explicam muitos sentimentos nossos e principalmente o que chamamos as nossas idiossincrasias.
Sei que há muitos que acreditam que o carma faz parte das regras divinas, só que a Divindade nunca estabeleceu regras, iria contra sua dádiva para nós do livre arbítrio.
O carma foi um conceito criado pelos humanos, provavelmente após o estabelecimento da primeira religião no planeta. Não esquecer que as religiões, todas elas, foram invenções humanas, criadas e estruturadas por humanos.
O ser humano é bom e puro em sua essência, contudo ao encarnar aqui, esquecido de onde veio, essa sensação de separação da Divindade deu “motivos” para os comportamentos destrutivos que conhecemos tão bem.
Atrelado ao advento das religiões veio a implantação da culpa nos corações humanos.
Mesmo na longínqua antiguidade já havia uma incipiente consciência e ao final da vida terrestre todo ser “sabia” num cantinho de sua psique que havia cometido atos não dignos, o que foi reforçado pelas religiões.
As religiões dessa antiga época aceitavam naturalmente a reencarnação, já que é um fato inerente à vida humana na Terra. Surge então a idéia de pagar numa próxima encarnação as dívidas morais acumuladas.
Eis, provavelmente, o início do conceito que após algum tempo virou uma crença e persiste até hoje.
Com o passar do tempo, com as religiões cada vez mais se sofisticando e acrescentando regras e dogmas aos seus princípios, o conceito de carma acabou se tornando um preceito divino.
Assim chegamos aos dias atuais onde tal conceito é amplamente aceito no lado ocidental do planeta graças ao trabalho realizado por Kardec, além, é claro, do grande contingente de seguidores da crença no Oriente.
Bom, se carma não é uma imposição divina, podemos nos ver livres dele? A resposta é sim. A causa de alguns mal entendidos a respeito do carma é que muitos ainda se deixam guiar por ensinamentos dados em outras épocas, como, por exemplo, os ensinamentos de Kardec. Acontece que o homem evoluiu em consciência e ensinamentos ou mensagens enviados a nós no século passado ou ainda anteriores não são mais válidos nos dias de hoje.
Agora, libertar-se do carma demanda uma considerável evolução de consciência. Requer seres responsáveis pela própria vida¹ e que não sentem mais necessidade, mesmo que inconsciente, de prejudicar seus semelhantes, o que, convenhamos, é uma diminuta percentagem da humanidade.
1. Ser responsável pela própria vida é não delegar a outros (Deus, satanás, a mãe, o motorista que deu-lhe uma fechada, etc.) ou fatores externos (o governo, a sorte ou azar, etc.) a responsabilidade por seus atos, sentimentos ou pensamentos
Imagem: http://www.let-verlag.de/ecards/2-bumerang.jpg
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