Já escrevi aqui no blog sobre uma característica apresentada por pessoas de “mente fechada”: desacreditar de tudo aquilo que não vai ao encontro de suas crenças.
Outro dia encontrei num blog uma excelente matéria que trata do assunto mais detidamente. O que eu chamo de “ceticismo burro” é chamado de pseudoceticismo.
Vejamos então o que diz a matéria mencionada:
“Os pseudocéticos são pessoas que tem uma crença profunda, um dogma, uma ideologia preferida, e que por conta disso rejeita de imediato qualquer coisa que vá a contestar essa visão de mundo predileta. Não é uma questão de fatos, nem de ciência. Não estão preocupados com a verdade, ou pelo que seja justo. O pseudocético quer apenas manter a sua ideologia a qualquer custo, como se sua vida dependesse disso. É como um torcedor fanático, não importa o quanto o jogador do outro time é talentoso, inteligente, ou carismático, não... o adversário é simplesmente classificado como “inimigo”, e deve ser hostilizado. Ponto final...
Marcello Truzzi [Sociólogo, professor universitário dos EUA] define o que é um Pseudocético, como identificá-lo, e refutá-lo.
Uma vez que "ceticismo" corretamente se refere à dúvida em lugar da negação, não-crença em lugar de crença, críticos que tomam a posição negativa em lugar da agnóstica, mas ainda se chamam "céticos", são de fato pseudo-céticos e têm, creio eu, ganhado uma falsa vantagem usurpando esse rótulo. Em Ciência, o ônus da prova recai no alegador; e quanto mais extraordinária uma alegação, mais pesado é o ônus da prova exigido.
Em sua análise, Marcello Truzzi argumentou que os pseudocéticos apresentam a seguinte conduta
(1) - A tendência de negar, ao invés de duvidar.
(2) - Utilização de padrões de rigor acima do razoável na avaliação do objeto de sua crítica.
(3) - A realização de julgamentos sem uma investigação completa e conclusiva.
(4) - Tendência ao descrédito, ao invés da investigação.
(5) - Uso do ridículo ou de ataques pessoais.
(6) - A apresentação de evidências insuficientes.
(7) - A tentativa de desqualificar proponentes de novas idéias taxando-os pejorativamente de “pseudo-cientistas”, “promotores” ou “praticantes de ciência patológica”.
(8) - Partir do pressuposto de que suas críticas não tem o ônus da prova, e que suas argumentações não precisam estar suportadas por evidências.
(9) - A apresentação de contra-provas não fundamentadas ou baseadas apenas em plausibilidade, ao invés de se basearem em evidências empíricas.
(10) - A sugestão de que evidências inconvincentes são suficientes para se assumir que uma teoria é falsa.
(11) - A tendência de desqualificar “toda e qualquer” evidência.”
(http://seteantigoshepta.blogspot.com.br/2009/08/pseudoceticos-reconheca-os-arme-se.html)
Um dos mais conhecidos pseudocéticos atuais é Richard Dawkins (o Rottweiler de Darwin rsrs) que depois de batalhar ferrenhamente por sua crença na Teoria da Evolução finalmente admitiu o conceito de Design Inteligente.
Muitas vezes os pseudocéticos utilizam-se de fontes não concludentes para defender suas ideias/crenças. O afã em provar seus pontos de vista acaba por impedi-los de refletir mais profundamente na validade ou confiabilidade das suas fontes de argumentos.
Acompanhando um debate entre ateus e um crente cristão, chamou-me a atenção a citação, pelos ateus, de provas de sua alegação baseadas em conteúdos históricos (livros). O crente dá a bíblia como prova. Nenhum deles parece que parou para pensar que pelo fato de um autor ser célebre não significa que tenha sido honesto (conscientemente ou não) em suas obras.
História não é ciência (concreta), grande parte dela é relatada pelo lado vencedor em alguma disputa, bélica ou não. Quanto à bíblia, sabe-se que é um livro que teve alterações devidas às traduções e interpretações de várias pessoas ao longo do tempo.
Eu aprendi na escola que o “homem das cavernas” vestia-se de peles, pois bem, já adulta descobri em um livro de um pesquisador independente que: “O homem pré-histórico usava como todos os homens civilizados do Ocidente: chapéu, casaco, calças, sapatos. Este fato é incontestável porque está provado pelos desenhos gravados nas lajes da biblioteca sequestrada no Museu do Homem, em Paris”. (O Livro dos Segredos Traídos, Robert Charroux)
Para dar um exemplo bem simples, de nossa história oficial, durante 48 anos o Barão do Serro Azul foi considerado traidor já que “Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada” (Wikipédia). Só em 1942 é que um livro foi editado contando o que aconteceu realmente lá em 1894 e hoje o Barão é considerado “herói da pátria”.
Portanto, não podemos confiar cegamente no que dizem os historiadores, eles também são seres humanos e como tal sujeitos a erros, enganações, meias verdades, além de usarem e abusarem das inferências e não ficarem restritos só aos fatos.
Há os que só aceitam o que a ciência diz, como se esta fosse sinônimo de verdade. Já há aqueles que juram que o homem não pisou na lua... Aff!
Refletir sempre e com consciência. Ter mente aberta. Este é o caminho para evoluir.
Imagem: www.caritasinveritate.teo.br
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