Abelhas de várias espécies estão desaparecendo misteriosamente e os cientistas não sabem por quê.
O desaparecimento de abelhas de várias espécies vem preocupando pesquisadores no mundo todo. O fenômeno tem forte impacto na produção agrícola e na segurança alimentar, pois leva ao aumento do custo dos alimentos e ameaça a viabilidade de culturas.
Prestadoras de inestimáveis serviços ambientais, as abelhas respondem pela polinização de 71 dos 100 tipos de colheita que alimentam e vestem a humanidade, segundo relatório da ONU de 2010.
O declínio da população de abelhas foi notado nos EUA em 2006, e denominado Colony Collapse Disorder (Desordem de Colapso da Colônia). Desde então, atingiu toda a América, regiões da Europa, o Oriente Médio e a Ásia.
As abelhas saem das colmeias para a polinização e simplesmente não retornam, morrendo longe de casa. Em pouco tempo, a colmeia entra em colapso. Esse fenômeno, batizado de Desordem do Colapso das Colmeias, preocupa produtores de mel. Estima-se que a população de abelhas caiu 40% nos Estados Unidos e 50% na Europa nos últimos 25 anos.
Além de polinizadores, as abelhas ainda fornecem mel, geleia real, própolis, pólen e cera. Até mesmo seu veneno é remédio para artrite, reumatismo e esclerose múltipla. Usado em alguns países, como a Coréia do Sul, o veneno é aplicado no paciente usando-se a própria ferroada da abelha.
Pesquisas revelam vínculos entre o desaparecimento e a proliferação de pesticidas, que infligem danos à capacidade de navegação dos insetos.
“Os pesticidas são uma causa de perdas importantes, com certeza”, afirma o geneticista David De Jong, professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP).
“Temos situações de toxicidade aguda, em que as abelhas morrem de uma vez, logo após a aplicação do agrotóxico. Mas há outras em que doses subletais podem fazê-las perder o rumo e não voltar ao ninho. Doses baixas de inseticidas também enfraquecem o sistema imunológico da abelha. O fato é que, com os novos inseticidas do grupo dos neonicotinoides, estamos definitivamente perdendo muitas abelhas Apis mellifera e muitas espécies de abelhas nativas”, adverte David De Jong, pesquisador, doutorado pela Universidade de Cornell (EUA).
No Brasil, registros sobre mortalidade súbita de abelhas encontram-se no país desde 2007 – no Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo. Todos ligados à exposição de pesticidas nas cercanias de áreas de monocultura – de tabaco, soja, cana, milho, laranja.
“Os laranjais, que já foram importante fonte de néctar para a produção de mel, são hoje perigosos, dada a quantidade de agrotóxicos usada para combater doenças como o greening”, afirma o geneticista David De Jong.
Uma pesquisa recente, realizada na Universidade de Stirling (Inglaterra) pela equipe do professor David Goulson, comprovou que os neonicotinoides, associados a parasitas e à destruição de habitats ricos em flores de que as abelhas se alimentam, são as principais razões para a perda das colônias.
Dezenas de milhões de abelhas perto de Ontário, Canadá, caíram mortas na sequência de uma plantação de milho geneticamente modificado (GM). David Schuit, um apicultor em Elmwood, teria perdido 600 colmeias contendo cerca de 37 milhões de abelhas, o resultado direto, dizem os cientistas, de pesticidas neonicotinóides que danificam o sistema imunológico das abelhas e a sua habilidade de navegação, resultando em mortandades em massa.
Embora a indústria de agrotóxicos e o governo inglês neguem os danos causados aos insetos, os neonicotinoides, largamente usados na Europa no fim dos anos 1990, já foram proibidos na Alemanha, na França e na Itália. Nos EUA, estão associados ao cultivo do milho.
As causas desse colapso ainda não estão completamente explicadas pela ciência. Várias teorias foram formuladas, e ambientalistas culpam o uso indiscriminado de agrotóxicos.
A situação é tão complicada que a União Europeia baniu, o uso de alguns tipos de pesticida pelos próximos dois anos.
O Departamento de Agricultura dos EUA publicou um relatório com os resultados de uma pesquisa conjunta envolvendo 175 pessoas, entre cientistas, apicultores, conservacionistas e representantes do governo e das empresas de agrotóxico. O estudo concluiu que pesticidas fazem parte do problema, mas que a morte das abelhas é resultado de uma mistura de vários fatores.
As causas propostas são diversas: inseticidas e fungicidas, déficit nutricional associado à falta de flora natural, mudanças climáticas, manejo intensivo das colmeias, baixa variabilidade genética, vírus, fungos, bactérias e ácaros – juntos ou separadamente. Até a emissão eletromagnética de celulares já foi investigada, sem evidências.
O colapso das colmeias coloca em risco não só as abelhas, mas toda a produção de alimentos, já que as lavouras de grãos e frutas dependem da polinização.
No Brasil, alguns apicultores enfrentaram problemas, mas não na mesma intensidade da morte das abelhas nos EUA e Europa.
Nos Estados Unidos, diversos criadores de abelhas notificaram cientistas e especialistas que as suas abelhas estavam morrendo misteriosamente, sem causas aparente.
Inúmeras colmeias do país foram completamente extintas em somente seis anos (estima-se que mais de 10 milhões de colmeias desapareceram), ocasionando um prejuízo de milhões de dólares.
Estatisticamente, um em cada três alimentos que você coloca em sua boca hoje é o resultado do trabalho de uma abelha.
Infelizmente, as abelhas estão morrendo a uma taxa alarmante.
E isso é muito preocupante.
A extinção das abelhas pode causar um gravíssimo desequilíbrio no ecossistema e representar o fim da presença humana no planeta Terra.
Por isso, pessoas de todo o mundo têm feito o que podem para evitar o extermínio das abelhas, pedindo aos governos para parem de usar inseticidas, a principal causa provavelmente da matança desses importantes insetos.
“Há um grande esforço para salvar as abelhas. Nós não percebemos que elas são a base, penso eu, do crescimento do planeta e da vegetação”, comentou o ator norte americano Morgan Freeman.
O que está causando a morte das abelhas?
De acordo com pesquisas, o principal motivo é a combinação de pesticidas e fungicidas que acabam contaminando o pólen que elas coletam para a alimentação da colmeia.
Assim, é muito importante que você desperte para a importância do assunto.
É hora de exigir dos governos o máximo controle do uso de agrotóxicos e talvez mais do que isso: o uso de veneno na lavoura.
Afinal, sem as abelhas, o planeta Terra entraria em colapso.
Outra possível causa é o cultivo de plantas transgênicas, modificadas geneticamente.
E isso é muito óbvio, pois as abelhas não foram criadas para relacionar-se com este tipo artificial de plantas.
Aliás, nem elas nem nós humanos.
Veja o possível cenário do caos com a extinção das abelhas:
1. Se as abelhas sumirem, boa parte dos vegetais também deixará de existir.
Isso porque elas são responsáveis pela polinização de até 90% da população vegetal.
Há, inclusive, apicultores que alugam abelhas para a polinização de fazendas.
Pássaros e outros insetos também atuam na polinização, mas em escala muito menor
2. Com a queda drástica na quantidade de vegetais disponíveis, as fontes de alimentação de animais herbívoros ficarão escassas, gerando um efeito dominó na cadeia alimentar.
Os herbívoros irão morrer, diminuindo a oferta de alimento aos carnívoros, atingindo um número cada vez maior de espécies até chegar ao homem.
3. Com poucos vegetais e carnes à disposição, valerá a lei da oferta e da demanda. A tendência é que os preços dos alimentos disparem, assim como os valores de outros artigos de origem animal e vegetal, como o couro, a seda e o etanol, para citar só alguns. Está formada uma crise econômica
4. Na luta pelo pouco alimento que restou, a população mundial pode iniciar conflitos e até guerras.
A agropecuária em crise afetará vários setores da economia, gerando desemprego, queda geral de produtividade e insatisfação popular.
Com fome, muitos morrerão ou ficarão doentes. Poucos conseguiriam sobreviver a esse caos.
Apesar de o problema parecer simples no quadro geral, ele é muito mais complexo por não haver soluções imediatas que possam ser realizadas.
Por exemplo, quais são os componentes dos pesticidas e fungicidas que podem ser utilizados e como minimizar os efeitos deles sem prejudicar as plantações?
É claro que uma agricultura mais orgânica seria uma das possíveis soluções, porém isso não é viável para o mercado de massa que o sistema se tornou.
O vídeo a seguir é bem esclarecedor sobre o assunto e sobre o que pode estar por trás dele. Assista:
Post baseado nas seguintes fontes: http://www.megacurioso.com.br/biologia/42773-por-que-as-abelhas-estao-morrendo-subitamente-.htm http://www.curapelanatureza.com.br/post/10/2015/abelhas-estao-morrendo-fim-delas-pode-ser-o-fim-da-humanidade-morgan-freeman-cria http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/2013/05/04/por-que-as-abelhas-estao-morrendo/
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