Projeção Astral e Autoconhecimento - parte 3
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Projeção Astral e Autoconhecimento - parte 3


 

OK. Vamos agora para mais quatro lições

LIÇÃO 9

O nível do Ser

“Qual é o objetivo real de nossa existência? Para que estamos aqui? Por quê?

Isto é algo que devemos elucidar com claridade meridiana; isto é algo que devemos sopesar, analisar, julgar serenamente. 

Vivemos, no mundo, com que objetivo? Sofremos o indizível para quê? Lutamos para conseguir isso que se chama pão, agasalho e abrigo e, depois de tudo, o quê?

Em que ficam todos os nossos esforços? Viver por viver, trabalhar para viver e logo morrer é, acaso, algo maravilhoso? Em verdade, amigos, faz-se necessário compreender o sentido de nossa existência, o sentido do viver.

Há duas linhas na vida: a uma delas poderíamos chamar horizontal, a outra, vertical. Elas formam uma cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora, nem um segundo mais adiante, nem um segundo mais atrás.
Necessitamos objetivar um pouco estas duas linhas.

A horizontal começa com o nascimento e termina com a morte; ante cada berço existe a perspectiva de um sepulcro, tudo o que nasce deve morrer.

Na horizontal está todo o processo do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e logo morrer.

Na horizontal estão os vãos prazeres da vida: licores, fornicações, adultérios, etc.

Na horizontal está a luta pelo pão de cada dia, a luta por não morrer, por existir sob a luz do sol.

Na horizontal estão todos esses sofrimentos íntimos da vida prática, do lar, da rua, do escritório, etc.

Nada maravilhoso pode nos oferecer a linha horizontal.

Mas, existe outra linha totalmente diferente; quero referir-me, de forma enfática, à vertical. Esta vertical é interessante.

Nela encontramos os distintos níveis do Ser; nela estão os poderes transcendentais e transcendentes do Intimo; nesta vertical estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a Revolução da Consciência, etc.

Com as forças da vertical nós podemos influir decididamente sobre os aspectos horizontais da vida prática; podemos mudar, totalmente, nosso próprio destino, fazer de nossa vida algo diferente, algo distinto e passarmos a ser algo totalmente distinto do que fomos, do que somos, do que temos conhecido nesta amarga existência.

A vertical é, pois, maravilhosa, revolucionária por natureza; porém, necessita-se ter um pouco de inquietudes.

Antes de tudo, pergunto-me e pergunto a todos:

Estamos, acaso, contentes com o que somos? Quem de vocês sente-se feliz, no sentido mais completo da palavra?”

Acima foi transcrito o prólogo do livro “Tratado de Psicologia Revolucionária”, com o propósito de compreendermos o tema desta lição - o nível do Ser.

Como vimos no texto acima, na vida existem duas linhas (ou dois aspectos da vida) que se cruzam continuamente, sendo que uma delas, a horizontal, representa o tempo de duração de nossa existência contido entre o nosso nascimento e a morte.

Evidentemente que entre o nascer e o morrer estão todos os acontecimentos e fatos do cotidiano que ocorreram e que estão por acontecer em nossa vida.

Realmente não há nada muito interessante ou certo relacionado com a linha horizontal, sendo que a única certeza que podemos ter em relação a esta linha é que ela tem um início e um fim.

Já a outra linha, a vertical, nos oferece infinitas possibilidades, pois é a linha onde estão os níveis do

Ser. Na linha vertical estão as virtudes, a mudança interior, a sabedoria, os poderes e as faculdades do Ser, e é totalmente independente da linha horizontal.

Podemos comparar a linha vertical a uma escada, na qual os degraus mais elevados correspondem a níveis do Ser mais elevados também.

E, analogamente, os degraus mais baixos correspondem aos níveis do Ser mais inferiores.

Na vida as pessoas estão em variados níveis do Ser, e as pessoas com o mesmo nível do Ser tendem a se atraírem por afinidade e relacionarem entre si.

Por isso que uma pessoa abstêmia não tem afinidades com um grupo de bêbados; ou uma mulher honrada não vive em meio a prostitutas, ou um homem honesto não tem amigos criminosos.

Outro fato importante relacionado aos níveis do Ser, é que se uma pessoa melhora seu nível do Ser conseqüentemente irá se relacionar com pessoas mais decentes do que as que se relacionava anteriormente.

Isso se deve ao fato de que as afinidades mudam quando muda o nível do Ser, e essa pessoa que mudou seu nível do Ser irá perdendo as afinidades que tinha com seu antigo círculo de relacionamentos, e agora sentirá afinidades com pessoas que estejam no mesmo nível do Ser em que se encontra.

Se queremos gerar novas condições em nossa existência, se queremos provocar uma mudança em nossa vida, temos que necessariamente mudar nosso nível do Ser.

Do contrário continuaremos a ser apenas vítimas das circunstâncias e dos acontecimentos que nos esperam na linha horizontal.

Por mais incrível que isto pareça, sem mudar nosso nível do Ser, não podemos manipular em nada o curso de nossa existência, os fatos simplesmente nos sucedem de acordo com as leis mecânicas da natureza, as quais estão relacionadas à linha horizontal.

Depois de tudo o que foi explicado sobre os níveis do Ser, ainda resta uma questão fundamental:

Como fazer para elevar nosso nível do Ser?

Através da morte psicológica, da eliminação dos defeitos psicológicos.

Quanto mais defeitos eliminamos mais elevado será o nosso nível do Ser, e assim mais intensas serão as mudanças que provocaremos também em nossa existência.

Aqui fica claro então o grande dilema filosófico: “Ser ou não Ser, eis a questão”.

O que queremos fazer de nós e de nossa vida? Vamos mudar nosso nível do Ser ou não?

Por mais difícil que possa ser tomar uma decisão, existem somente duas alternativas: Ser ou não Ser.

Diante de cada situação pergunte a si mesmo:

Farei isto dessa forma ou de uma forma que eleve meu nível de Ser?

Darei poderes ao ego ou fortalecerei a Essência?

Lembre-se que essas pequenas decisões são justamente as que fazem  toda a diferença.

Veja aqui um post sobre os diversos níveis do Ser. (clique com o botão direito do mouse e abra em outra aba ou página).

LIÇÃO 10

O terrível defeito da ira

O objetivo desta lição é colocar ênfase em um tipo de defeito psicológico muito comum, que é fácil de ser percebido atuando nos centros da máquina humana e que, no entanto, é um dos maiores causadores de sofrimentos e problemas psicológicos, físicos e sociais.

Vejamos o seguinte trecho retirado do livro “A Revolução da Dialética”:

“A ira aniquila a capacidade de pensar e de resolver os problemas que a originam. Obviamente, a ira é uma emoção negativa.

O enfrentamento de duas emoções negativas de ira não consegue paz nem compreensão criadora.
Inquestionavelmente, sempre que projetamos a ira a outro ser humano, produz-se a derrubada de nossa própria imagem e isto nunca é conveniente no mundo das inter-relações.

Os diversos processos da ira conduzem o ser humano para horríveis fracassos sociais, econômicos e psicológicos.

É claro que a saúde também é afetada pela ira.

Existem certos néscios que se aproveitam da ira, já que esta lhes dá um certo ar de superioridade.
Nestes casos a ira combina-se com o orgulho.

A ira também costuma se combinar com a presunção e até com a auto-suficiência. A bondade é uma força muito mais esmagadora que a ira.

Uma discussão colérica é tão somente uma excitação carente de convicção.

Ao enfrentarmos a ira, devemos resolver-nos, devemos decidir-nos, pelo tipo de emoção que mais nos convém.

A bondade e a compreensão resultam melhores que a ira. Bondade e compreensão são emoções permanentes, posto que podem vencer a ira.

Quem se deixa controlar pela ira destrói sua própria imagem. O homem que tem um completo autocontrole, sempre estará no cimo.

A frustração, o medo, a dúvida e a culpa originam os processos da ira. Frustração, medo, duvida e culpabilidade produz a ira. Quem se libertar destas quatro emoções negativas dominará o mundo.

Aceitar paixões negativas é algo que vai contra o auto-respeito.

A ira pertence aos loucos. Não serve porque leva à violência. O fim da ira é levar-nos à violência e esta produz mais violência.”

Esteja especialmente atento a este defeito, pois ele se manifesta muitas vezes e de várias formas, e seus efeitos são extremamente negativos.

O meio para eliminá-lo é o mesmo que para qualquer defeito psicológico: auto-observação e morte psicológica.
Nada justifica ficarmos nervosos, bravos, com ódio, etc., seja por qual motivo for.

Embora não seja o comum, o normal seria encarar com serenidade qualquer fato ou evento, seja este desagradável ou até mesmo desastroso.

Conforme vamos eliminando o defeito da ira vai surgindo em nós, na mesma proporção, a virtude da serenidade. Conforme vamos eliminado o defeito do ódio, irá surgindo em nós a virtude do amor.

O defeito da ira alimenta-se de muitos detalhes e se manifesta em várias situações.

Algumas situações comuns nas quais se manifesta o defeito da ira são:
• Discussões em casa ou no trabalho, ainda que de forma sutil.
• Situações desagradáveis e inevitáveis.
• Acidentes de qualquer natureza, como quebrar um objeto estimado.
• Fatos que geram frustração, como quando se está esperando por algo que não acontece.

O defeito da ira pode, sozinho, desgraçar por completo a vida de uma pessoa.

Mais ainda, pode desgraçar também a vida de todos ao seu redor, como infelizmente ocorre, por exemplo, nos tristes casos de violência doméstica.

Não permita de forma alguma que esse defeito influencie a sua vida.
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.”
Jesus Cristo (Mateus – 5,5)

LIÇÃO 11

A concentração – como desenvolvê-la

Nesta lição aprenderemos sobre a importância da concentração, como desenvolvê-la e como isso nos ajudará em neste curso e até mesmo em nossa vida cotidiana.

No curso algumas técnicas para serem executadas necessitam de concentração e imaginação.
São os casos das técnicas de relaxamento, meditação e projeção astral.

Ter capacidade de concentração é essencial para colher resultados nas práticas que estamos aprendendo no curso.

Mas afinal, o que é exatamente concentração?

Concentração é a capacidade de ter em mente apenas um único pensamento, é ter a atenção voltada para um único ponto.

Estamos concentrados quando temos em mente apenas um único objetivo, ou uma única imagem mental.

Se por exemplo, estamos tentando imaginar algo e em nossa mente está passando uma sucessão de pensamentos, vozes e imagens, então não estamos concentrados em nada.

E como fazer para desenvolver a concentração?

Para desenvolver a concentração precisamos nos disciplinar para isto, ou seja, adotar certos hábitos em nosso dia a dia que contribuam para treinar a concentração.

Dessa forma, quando fazermos uma prática seja ela de relaxamento, meditação ou projeção astral, será muito fácil nos concentrarmos porque em nosso dia a dia nos acostumamos a fazer tudo com concentração.

Além disso, ter o hábito de fazer tudo com concentração também nos ajudará no desempenho das tarefas do cotidiano, seja em casa, no trabalho, etc.

Disciplina

A seguir veremos algumas dicas simples, as quais se implantadas em nosso dia a dia, nos ajudarão a desenvolver a capacidade de concentração:

• Primeiramente deve estar bem claro que só podemos fazer uma coisa de cada vez, e quando estivermos fazendo uma atividade devemos ter toda nossa atenção voltada somente a ela. Isso pode parecer óbvio, mas o mais comum é que uma pessoa faça uma determinada atividade e esteja pensando na próxima que precisará fazer depois.

• Dedique o tempo que for necessário para concluir uma determinada atividade que esteja fazendo e, somente após concluí-la, passe para uma próxima atividade, e assim sucessivamente até terminar o seu dia.

• Faça seus movimentos com concentração. Estamos muito acostumados a fazer as atividades de forma mecânica, isto é, fazendo determinados movimentos sem prestar atenção, e pensando em outras coisas que não tem relação alguma com o que estamos fazendo. Situações muitos comuns onde isto ocorre é quando estamos tomando banho, escovando os dentes, dirigindo o carro, etc.

• É claro que quando tentarmos nos concentrar em algo nossa mente tentará desviar para outros pensamentos, já que nunca foi submetida a uma disciplina. Quando isto ocorrer devemos trazer nossa atenção imediatamente para onde estávamos concentrados, tantas vezes quanto seja necessário.

• Se os pensamentos estão insistindo demais em atrapalhar a concentração podemos também lhes aplicar a morte psicológica, pois cada pensamento destes é um eu, um defeito psicológico e, portanto podem ser eliminados.

Seguindo essa disciplina você conseguirá seguramente desenvolver bastante sua capacidade de concentração. Mas não se esqueça que só conseguirá resultados com prática e continuidade.

Experimente esta outra técnica
Deite-se confortavelmente e coloque um travesseiro sob os joelhos para ficar mais relaxado. Faça exercícios de respiração, prendendo o ar o máximo que você conseguir e o soltando bem devagar. Segure por alguns segundos. Repita esse processo. Enquanto isso, coloque os dedos indicadores em cada ouvido, tampando-os o máximo que conseguir, sem que isso cause desconforto. Faça isso cerca de cinco minutos e aumente o tempo quando adquirir mais prática. Esse exercício, além de ativar a glândula pineal, vai provocar um relaxamento profundo, te levando a um sono tranquilo. Mas cuide para não dormir, para se manter consciente na projeção astral.

Durante o exercício você ouvirá zumbidos, como uma usina em funcionamento (som da pineal). Esse som aumentará de volume à medida que você o pratica. Focalize toda a sua atenção nestes sons. Isso vai te ajudar a limpar a sua mente de outros pensamentos. Se você prestar atenção, com o tempo você "ouvirá" como que sussurros a nível de pensamento, frases soltas, desconexas, de pessoas que você conhece ou não. Às vezes ouvirá a si próprio pronunciando frases sobre assuntos quaisquer. Ouça-as com atenção. Elas poderão te intuir nos sonhos ou projeções.

Em paralelo a esses sons, sua mente criará da mesma forma imagens "reais" de cenas diversas, desconexas também, sem ligação uma com a outra. Tenha certeza: Nesse momento sua mente já estará "atravessando" outros campos dimensionais, nas cenas oníricas ou dimensões astrais. Se não conseguiu dormir durante este exercício, tire os dedos dos ouvidos, estique as pernas e os braços ao longo do corpo e relaxe. Seu corpo está pronto para "passear" por aí. Mentalize coisas boas para um passeio agradável. Boa Viagem!  


LIÇÃO 12

A tagarelice interior e a canção psicológica

Nesta lição veremos como se manifestam mais duas facetas do ego em nós, as quais na maioria das vezes podem passar como um comportamento normal do ser humano, mas que na verdade são mais duas formas do ego se nutrir de nossa energia e manter-se vivo, além de serem extremamente prejudiciais em vários aspectos de nossa vida.

A tagarelice interior.
A chamada tagarelice interior, como o nome já sugere, é a sucessão de conversas, falas, atos, etc., que ocorrem em nosso mundo interior na forma de pensamentos quando alguém nos faz ou fala algo que não gostamos.

Neste caso, ainda que não digamos nada verbalmente, em nosso interior estamos falando coisas horríveis a esta pessoa, maldizendo-a, humilhando-a, etc., etc.

Por exemplo:
Suponhamos que trabalhamos em uma empresa e que, fazendo uma tarefa qualquer, cometemos um determinado erro. Então nosso patrão nos chama a sua sala e nos repreende educadamente pelo erro.

Isso já pode ser o suficiente para em nosso interior estarmos esfolando vivo a esse homem, humilhando-o e dizendo-lhe horrores, ainda que ao ouvir sua repreensão, exteriormente, apenas nos desculpamos pelo erro e saímos calmamente de sua sala.

E por que isso ocorre?
Porque, devido ao ego, nossa vida emocional se fundamenta na auto-simpatia. Isso significa que só simpatizamos conosco mesmo, com nosso querido ego; e sentimos antipatia e até ódio daqueles que não simpatizam conosco.

O maior problema é que esta tagarelice interior causa muito sofrimento e desgaste psicológico a pessoa que fica nesta condição, pois lhe tira muita energia e acompanha-a todo o tempo.

Além disso, pode trazer problemas na esfera dos relacionamentos sociais também. Uma pessoa que alimenta essa tagarelice interior é como uma bomba que um dia pode explodir.

São conhecidos vários casos de pessoas que eram aparentemente calmas e caladas e, da noite para o dia, foram capazes de cometer terríveis atos de violência.

Então o que fazer em relação a isto?
Ora, já vimos que a tagarelice interior se deve à auto-simpatia, que nada mais é do que um defeito psicológico. Logo a única solução realmente efetiva para resolver isto é aplicar a morte psicológica.

Então quando sentirmos aquele sentimento desagradável que ocorre quando alguém diz ou faz algo que não gostamos, devemos imediatamente aplicar a morte psicológica.

Também devemos aplicar a morte psicológica quando surgirem em nossa mente os pensamentos de ódio, de dizer ou fazer algo a uma pessoa com a qual não simpatizamos.

Além disso, devemos também adotar uma nova atitude mental em relação a isto.

Necessitamos aprender a ver do ponto de vista alheio, assim como saber nos colocar no lugar das outras pessoas.

No exemplo que foi dado, analisando o caso do ponto de vista do patrão, ele agiu corretamente pois sua função é justamente coordenar os trabalhos na sua empresa. Além disso, se nos colocarmos em seu lugar provavelmente faríamos a mesma coisa, uma vez que o patrão assim como nós, tem suas responsabilidades e precisa cumpri-las também.

A canção psicológica
A canção psicológica é semelhante à tagarelice interior, pois também se processa na forma de diálogos e falas em nosso mundo psicológico, e também nos causa sofrimento e desgaste.

Mas a canção psicológica tem outros fundamentos que a originam, e freqüentemente é manifestada exteriormente (verbalmente).

A canção psicológica está relacionada a nossa autoconsideração, que se dá especialmente quando nos identificamos conosco mesmo.

Autoconsideração significa sentir piedade de si mesmo, é pensar que sempre nos portamos bem com todas as pessoas e estas não reconhecem isso, não nos dão o valor que achamos que temos, são ingratas, não retribuem os favores que fizemos, que nos devem algo, etc., etc.

Em resumo: no fundo nos consideramos ótimas pessoas que, de alguma forma, somos sempre vítimas das injustiças e maldades das demais pessoas e da sociedade.

Uma forma também muito comum de autoconsideração é se preocupar com o que as outras pessoas podem pensar de nós; talvez pensem que não somos pessoas honradas, sinceras, corretas, justas, etc.

Normalmente uma pessoa que esteja identificada consigo mesma, identificada com sua autoconsideração, tende a exteriorizar isto que está sentindo.

Então é quando surgem aquelas pessoas que sempre repetem as mesmas conversas (a mesma canção psicológica), nas quais revivem fatos passados onde julga que foi injustiçada por outras pessoas, que fez muitos favores a fulano e este não lhe deu o devido valor, que trabalhou muito em seu emprego e seu patrão não lhe paga o que realmente merece, que ajudou muito a beltrano e só recebeu ingratidão, etc.

Este tipo de pessoa repete sempre a mesma canção psicológica toda vez que encontra alguém disposto a ouvi-la e, no seu entender, de compreendê-la.

Com uma pessoa assim é praticamente impossível conversar, pois sempre o diálogo retorna ao mesmo ponto, ao mesmo assunto.

Se uma pessoa vive constantemente sofrendo pelo que lhe devem, pelo que lhe fizeram, pelas amarguras que lhe causaram, nada poderá crescer em seu interior. Essas pessoas sentem normalmente uma grande tristeza interior, uma sensação de monotonia, um profundo aborrecimento, cansaço íntimo e frustração. É uma situação muito triste.

Porém, assim como a auto-simpatia, a autoconsideração também é um defeito psicológico que pode e deve ser eliminado através da morte psicológica.

Por isso esteja atento a sentimentos, pensamentos e comportamentos semelhantes ao que vimos sobre a canção psicológica e a tagarelice interior.


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