Sobre a Simplicidade Voluntária.
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Sobre a Simplicidade Voluntária.


Porque atribuímos tamanha importância às manifestações exteriores da simplicidade? Porque começamos sempre, invariavelmente, pelo lado errado? Porque não começamos pelo lado certo, que é o psicológico? Sem dúvida, precisamos começar pelo lado psicológico para descobrir o que é vida simples, pois é o interior que cria o exterior. É a insuficiência interior que faz as pessoas se apegarem a seus haveres, a suas crenças; é esse sentimento de insuficiência interior que nos força a acumular bens, roupas, saber, virtude. Evidentemente, por esse caminho só havemos de criar muito mais malefícios e muito mais dano. É extraordinariamente difícil ter uma mente simples — não a chamada mente intelectual dos eruditos, mas a simplicidade que nasce quando compreendemos uma coisa, aquela simplicidade que percebe o problema do que é. Positivamente, não podemos compreender coisa alguma quando nossa mente é complexa. Não sei se já notastes que quando estais preocupados com um problema, preocupado com qualquer coisa, não percebeis coisa alguma com clareza, tudo fica fora de foco. Só quando a mente é simples e vulnerável é possível ver as coisas claramente, em suas exatas proporções. Assim, a simplicidade da mente é essencial à simplicidade da vida. O mosteiro não constitui solução. Surge a simplicidade quando a mente não tem apego, quando a mente não está adquirindo, quando a mente aceita o que é. Isso significa, realmente, estar livre do fundo (background), do conhecido, da experiência adquirida. Só então a mente é simples, e só então é possível ser livre. Não pode haver simplicidade enquanto o individuo pertence a uma religião, a uma certa classe ou sociedade, a um dogma, da esquerda ou da direita. Ser simples interiormente, estar esclarecido, ser vulnerável, é ser como uma chama sem fumo; e por isso não se pode ser simples sem amor. O amor não é uma idéia, o amor não é um pensamento. É só no cessar do pensar que existe a possibilidade de se conhecer aquela simplicidade que é vulnerável.

Krishnamurti – 22 de janeiro de 1950 – Do livro: Nosso Único Problema




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