LUZES DO MUNDO - LAMA PADMA SAMTEN
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LUZES DO MUNDO - LAMA PADMA SAMTEN




LAMA PADMA SAMTEN - O BUDISTA ENGAJADO


O mestre budista Lama Padma Samten tem auxiliado inúmeras pessoas em suas vidas e relações cotidianas, com ensinamentos que dialogam com as mais diversas áreas do conhecimento.

Padma Samten (anteriormente Alfredo Aveline) é um lama budista brasileiro.
Físico, com bacharelado e mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alfredo Aveline foi professor de 1969 a 1994. 

Alfredo Aveline (Padma Samten) nasceu em Porto Alegre, em 1949. Formou-se e fez mestrado em Física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde lecionou no Departamento de Física de 1969 a 1994. 
O primeiro contato com o budismo ocorreu na década de 70, através de leituras e de amigos praticantes. 




Neste período, dedicou-se especialmente ao exame da física quântica, teoria na qual encontrou afinidade com o pensamento budista.

O longo caminho de um professor de física na busca da compreensão do mundo.  

Antes de chegar ao budismo ele despertou para a questão ecológica e durante a ditadura militar participou da campanha contra a Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Debateu com representantes do governo e publicou vários textos alertando para o perigo da energia nuclear. Quando o projeto das usinas atômicas empacou, dedicou-se a fontes alternativas de energia e chegou a trabalhar no embrião do Grupo de Energia Solar de UFRGS. Até promover o retorno ao verde.


LICENÇA PARA PENSAR

No final dos anos 70, seus vários interesses começaram a confluir e ele resolveu realizar o velho sonho de organizar a vida perto da natureza, onde pudesse testar e dar testemunho do uso de tecnologias alternativas, aprofundar a prática de yoga, ter tempo para pesquisar questões como física quântica. Coisa que dentro da universidade não se atreveria a propor como plano de trabalho. Ao invés de esperar pela aposentadoria, dali a 20 anos, resolveu se demitir. Mas foi convencido a pedir uma licença não-remunerada.

Resolveu provar que podia "viver por conta própria" no meio da natureza. Foi morar na encosta do Planalto, um lugar montanhoso na divisa do município de Três Coroas com Taquara, no Vale do Rio Paranhana. Montou uma pequena indústria de laticínios nas terras que havia comprado anos antes e passou a produzir iogurte, queijo e ricota com o leite produzido na comunidade. Acredita até que contribuiu para conscientizar os pequenos produtores da região sobre a exploração.

O lugar se tornou ponto de convergência de jovens, chegando a abrigar 20 pessoas: gente fugida de casa, gente vinda do Uruguai, viajantes. E confusão por tudo que era lado…Claro que as drogas eram proibidas, incluindo cigarro e álcool. Drogas e entrar em casa de sapato (por causa do barro). "Foi um período mágico".


Enquanto viveu na encosta do Planalto teve tempo até para ler sobre budismo, mas a aceitação só aconteceu depois que voltou a lecionar no Departamento de Física. E não teve nada de dramático, veio vindo aos poucos, sem traumas nem data certa. 
Ele reconhece que sua forma de compreensão da física sofreu modificações. Em contrapartida, sua forma de compreensão do budismo também se modificou.

Isso talvez explique a façanha de ter lecionado duas disciplinas para alunos do Curso de Filosofia, numa espécie de "introdução da física para filósofos, abordando questões filosóficas da física". Essa abertura (fechada pouco depois), que motivou sua carreira na Universidade, ele agradece ao professor Fernando José da Rocha, chefe do Departamento de Filosofia, na época.

No início dos anos 80, intensificou seu interesse pelo budismo.

Em 1982 a conexão com o budismo já estava estabelecida. Aveline seguia a tradição Zen, mas, ao mesmo tempo, estudava os textos tradicionais (sutras) e também os ensinamentos de outras correntes budistas e não-budistas.



Foi um pouco depois de 1982 que tornou-se budista tibetano. Em 1986 fundou o CEB Centro de Estudos Budistas, para promover a melhor compreensão dos ensinamentos do Buda na nossa cultura e também a prática de meditação – e foi um dos co-editores da revista Bodisatva. O CEB recebeu muitos visitantes ilustres e participou da organização das visitas de Sua Santidade, o XIV Dalai Lama, em 1992, a Porto Alegre e em 1999 a Curitiba.  

A transição formal de Aveline do Zen para o budismo tibetano começou em 1993, quando Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche esteve em Porto Alegre pela primeira vez. Pouco depois recebeu de seu mestre os votos de refúgio e o nome de Padma Samten (Padma = lótus; Samten = estabilização meditativa). Em 14 de dezembro de 1996, no Khadro Ling, em Três Coroas, foi ordenado lama do budismo tibetano, título que significa líder, sacerdote e professor por Rinpoche.


O antigo CEB tornou-se o Centro de Estudos Budistas Bodisatva, que reúne os alunos do lama para ensinamentos e retiros na nova sede, na Estrada do Caminho do Meio, em Viamão (RS). O Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB), entidade que dirige tem seu trabalho voltado à orientação das atividades de seus alunos, através do estudo, da prática de meditação, de retiros e, sobretudo, através do auxílio na compreensão da espiritualidade e da cultura de paz como caminho para que desenvolvam boas relações no ambiente onde vivem.

Hoje o lama Padma Samten exerce sua atividade também em inúmeras outras cidades e locais por todo o Brasil, difundindo os ensinamentos budistas em uma abordagem voltada diretamente a prática na vida cotidiana e a meditação.



Desde então, Padma Samten viaja pelo Brasil para oferecer palestras, retiros, estudos e práticas que integram os ensinamentos budistas e o treinamento da mente à vida cotidiana e às diversas áreas do saber, como educação, psicologia, economia, administração, ecologia e saúde.

Quando não está na sede do Centro de Estudos Budistas, no bairro Menino Deus (de onde navega pelo mundo via Internet), Alfredo Aveline está na sede Centro de Estudos Budistas de Caminho de Meio, instalada em 4,2 hectares de terra no município de Viamão, a 25 quilômetros do centro de Porto Alegre. Ou em algum ponto do Brasil em função de seu trabalho como lama.

Além do contato muito próximo com a comunidade budista, nos diversos estados onde o CEBB está estabelecido, como Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o Lama Padma Samten tem orientado profissionais e acadêmicos de diferentes áreas, que buscam aprofundar e qualificar suas teses, estudos e atuações profissionais, a partir de uma interface com a espiritualidade, de modo geral, e com o budismo, de modo específico. 
Ciência, psicologia, saúde, sociologia e educação são algumas das principais áreas em que este diálogo acontece.

Sua ação é também direcionada para vários setores organizacionais, sendo freqüentemente convidado a participar como palestrante, conferencista e consultor em ambientes empresariais, órgãos públicos, universidades e outros segmentos. 


Os livros publicados pelo Lama Samten – A Jóia dos Desejos, Meditando a Vida, O Lama e o Economista, Relações & Conflitos, Mandala do Lótus e A Roda da Vida – são referências de estudo para alunos e representam uma oportunidade aos leitores, conectados ou não ao budismo, de acesso a este conhecimento de vinte e seis séculos. Nestes textos encontram-se apresentações dos ensinamentos do Buda e orientações práticas para gerarmos maior estabilidade frente às circunstâncias e dificuldades de nossas vidas.


Sua experiência permite uma abordagem em que o budismo manifesta-se como auxílio precioso nas circunstâncias desafiadoras do presente, apresentado de uma forma bem prática. Quando profere palestras a empresários e executivos desejosos de uma mensagem de paz, o Lama mostra como os ensinamentos de Buda podem ser aplicados em atividades econômicas e no mercado de trabalho. 
No entanto, suas explanações parecem fundamentadas mais no bom senso do que propriamente na religião.


Budismo e Cultura de Paz, por Lama Padma Samten:



"Sua Santidade o Dalai Lama costuma resumir a filosofia budista em uma frase: "Faça o bem sempre que possível; se não puder fazer o bem, tente não fazer o mal". Uma das especialidades do budismo é a noção de que o mundo que nos circunda é inseparável de nós mesmos. Assim, se fazemos o bem para os demais seres e para o ambiente, estamos cuidando de nosso próprio bem. Se causamos mal aos outros e ao ambiente, estamos causando mal a nós mesmos. Todos estão ligados uns aos outros, todos dependem uns dos outros.O conceito de interdependência budista também sustenta que nós – e tudo o que nos circunda – não temos a solidez que julgamos possuir. Atribuímos identidades e qualidades a tudo e a todos (inclusive a nós mesmos) a partir de uma visão limitada por um padrão binário de gostar e não gostar, querer e não querer.
A palavra para os mundos que surgem inseparáveis das nossas mentes é "mandala". Mandala não se refere apenas a um mundo material, mas à experiência desse mundo, ao observador, aos limites cognitivos, às energias de ação, às emoções e ao corpo.
Cada mandala surge inseparável de um tipo correspondente de inteligência viva e ativa. Essas inteligências são transcendentes, não pessoais, não corruptíveis e livres do tempo. Incessantemente disponíveis, podem ser reconhecidas e acessadas sem esforço ou luta a qualquer momento. A meta budista é sair das mandalas limitadas e chegar às mandalas de sabedoria, isentas do padrão binário de gostar e não gostar.
Todos os seres aspiram felicidade e proteção frente ao sofrimento. Nossos pais nos ensinam habilidades para nos aproximarmos da felicidade e nos protegermos. Nossos pais, professores e mestres nos ensinam também a disciplina, e com isso ampliamos nossa capacidade de atingir metas difíceis, atravessar ambientes perturbadores e exigentes e suportar as adversidades momentâneas na busca de realizações maiores.


O budismo nos ensina a capacidade de reconhecer mundos puros e inteligências puras, de tal modo que, instalados na experiência desses ambientes puros, as ações positivas sejam naturalmente realizadas sem esforço e sem contradição. Esses mundos puros são as mandalas de sabedoria.
Quando nos inserimos em uma mandala de sabedoria, adquirimos condições de realmente fazer o que é melhor para nós, para os outros, para a humanidade e o ambiente. Somos capazes de viver o amor e a compaixão com alegria e equanimidade, sem nos deixarmos abater pelas dificuldades que apareçam. O mundo ao nosso redor continua o mesmo, mas nós mudamos nosso olhar, e isso muda tudo. Quanto mais pura e mais ampla a mandala, maior a nossa liberdade e capacidade de gerar o bem. Além da inserção pessoal em mandalas de sabedoria, nós, como agentes da cultura de paz, vamos trabalhar para que os outros também possam fazer o mesmo, possam migrar para mandalas mais amplas."


Para começar a meditar




Lama Santem explica o Sutra do Diamante, um dos mais importantes sutras Mahayana



Meditação como caminho, a base da lucidez




Primeira Parte da Palestra " O que levamos da nova inteligência ?" 
 Proferida pelo Lama Padma Samten.

As cinco sabedorias - Parte 1




As cinco sabedorias - Parte 2






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