Luzes do Mundo - Richard Dawkins
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Luzes do Mundo - Richard Dawkins






 Richard Dawkins - UM UNIVERSO SEM O "DEUS"




Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo. E seu líder intelectual é o respeitado biólogo Richard Dawkins, eleito um dos três intelectuais mais importantes do mundo (junto com Umberto Eco e Noam Chomsky) pela revista inglesa Prospect. 

Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar no Deus das Religiões e os terríveis danos que essa crença já causou à sociedade.

Richard Dawkins é um biólogo evolucionista e etólogo, um dos principais nomes do ateísmo  no mundo.

Nascido no dia 26 de março de 1941, Clinton Richard Dawkins  é proveniente de Nairobi, no Quênia, e filho de um agricultor do serviço colonial britânico. 

Aos oito anos de idade, Richard Dawkins foi morar na Inglaterra na propriedade rural que seu pai havia herdado. Desde criança ele foi acostumado com ciências naturais, pois seus pais respondiam seus questionamentos utilizando termos científicos, nunca míticos.

Sua criação foi cristã da vertente anglicana. Porém, na adolescência, Dawkins concluiu que o evolucionismo é uma explicação muito mais sensata para a complexidade da vida do que as religiões, tornando-se, então, um ateu.






O ateísmo defendido por Dawkins não trata-se da negação da existência de "um criador",  ele contesta veementemente o "DEUS" das religiões. Em seus textos, constantemente aponta como a religião alimenta a guerra, fomenta o fanatismo e doutrina as crianças.


Dawkins despreza a idéia de que a religião mereça respeito especial, mesmo se moderada, e compara a educação religiosa de crianças ao abuso infantil. Para ele, falar de "criança católica" ou "criança muçulmana" é como falar de "criança neoliberal" - não faz sentido.




O biólogo usa seu conceito de memes (idéias que agem como os genes) e o darwinismo para propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. 

E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao "design inteligente", tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião.

Mas, se é agressivo para expressar sua indignação com o que considera um dos males mais preocupantes da atualidade, Dawkins refuta o negativismo. Ser ateu não é incompatível com bons princípios morais e com a apreciação da beleza do mundo. 

A própria palavra "Deus" ganha o seu aval na ressalva do "Deus einsteiniano", e o maravilhamento com o universo e com a vida, já manifestado em seus outros livros, encerra a argumentação numa nota de otimismo e esperança.


Dawkins afirma: "eu creio que, naquela época, a principal razão residual para que eu fosse religioso era por ser tão impressionado pela complexidade da vida e pelo sentimento de que isso tinha de ter um criador, e eu acho que foi perceber que a explicação darwinista era muito superior que puxou o tapete do argumento do design. E isso me deixou sem nada".

Entre 1954 e 1959, ele frequentou a Oundle School,15 uma escola pública inglesa com notória tendência para a Igreja da Inglaterra,16 17 Estudou zoologia no Balliol College, Oxford, graduando-se em 1962. Durante a graduação foi orientado pelo etólogo ganhador do Prêmio Nobel Nikolaas Tinbergen. 




Permaneceu como estudante de pesquisa sob a supervisão de Tinbergen, recebendo os graus de M.A. e Ph.D. em 1966 e depois disso manteve-se como assistente de pesquisa por mais um ano. Tinbergen foi pioneiro no estudo do comportamento animal, especialmente nas áreas de aprendizagem, instinto e escolha.  A pesquisa de Dawkins neste período concebia modelos sobre a tomada de decisões por animais.

Após concluir seus estudos básicos, formou-se em zoologia no Balliol College, em Oxford, em 1962. Seguindo carreira como pesquisador, conquistou os títulos de Mestre e Doutor. Richard Dawkins trabalhava ao lado do pioneiro nas pesquisas sobre comportamento animal e avaliava, sobretudo, a tomada de decisão dos animais.

Morando nos Estados Unidos, Richard Dawkins  foi professor da Universidade da Califórnia, onde lecionou zoologia entre 1967 e 1969. 



Na ocasião, o biólogo se envolveu profundamente no movimento contra a Guerra do Vietnã. No entanto, em 1970, voltou para Oxford e assumiu o cargo de professor. A partir de então sua carreira seguiria em crescente sucesso. Junto ao trabalho como professor acadêmico, Richard Dawkins se tornou editor e colaborador de várias revistas. 

Sua atuação profissional o rendeu diversos prêmios. Em 2004, o Balliol College, de Oxford, criou o Prêmio Dawkins para trabalhos de destaque sobre zoologia e comportamento animal. Quatro anos depois, em 2008, Richard Dawkins se aposentou de sua cátedra.

Richard Dawkins possui onze livros publicados. Alguns aspectos são bastante evidentes em suas obras. Dawkins é um biólogo evolutivo, defensor da Teoria da Evolução de Charles Darwin, ateu convicto. Dawkins é um proeminente crítico do criacionismo (a crença religiosa de que a humanidade, a vida e o universo foram criados por uma divindade sem recorrer à evolução). 

Ele ficou famoso com o livro O Gene Egoísta, de 1976, popularizando a visão de evolução baseada nos genes. Esta questão foi ampliada com o livro O Fenótipo Estendido, de 1982. 



Como ateu, Richard Dawkins é Vice-Presidente da Associação Humanista Britânica e defensor do movimento bright, que foi criado em 2003 com a intenção de cunhar um termo positivo para pessoas com visão de mundo naturalista. 

Alguns de seus livros foram dedicados à crítica ao criacionismo, como O Relojoeiro Cego, de 1986, no qual descreve processos evolutivos para contrapor à ideia de um criador sobrenatural. Outro livro famoso sobre o tema é Deus, um Delírio, de 2006, que afirma que a fé religiosa é uma ilusão e que um criador sobrenatural muito provavelmente não existe. 

Os livros de Dawkins sempre reservaram farpas para a religião (e em especial para os criacionistas). Mas a cruzada contra a fé passou a ocupar o centro de suas atividades desde o lançamento de Deus, um Delírio, em 2006. 


O cientista apoiou a campanha que colocou cartazes nos tradicionais ônibus vermelhos de Londres com os dizeres "Deus provavelmente não existe. Então pare de se preocupar e aproveite a vida". 

Sempre combativo, o biólogo não admite nenhuma solução de compromisso que reserve lugares distintos para a ciência e a religião. "Ao contrário do que muitos afirmam, os dois campos se interpõem, sim. "



A visão religiosa do universo, a ideia de que o universo tem um criador – isso é, a seu modo, uma teoria científica, embora equivocada", diz. Na perspectiva de Dawkins, portanto, promover o ateísmo é também uma forma de dar seguimento à sua principal missão: divulgar a ciência. 

Mas ele começa a se ressentir da fama polêmica que o ataque a Deus lhe rende. Lamenta, por exemplo, que os jornalistas em geral só façam perguntas sobre esse tema.

Entre outras obras importantes estão: A Escalada do Monte Improvável (1997), O Capelão do Diabo (2003), A Grande História da Evolução (2004) e O Maior Espetáculo da Terra (2009). 

Quando se aposentou, Richard Dawkins dedicou-se a um livro destinado a jovens que desvendasse os mitos anti-científicos. A obra foi publicada em 2011 com o título A Magia da Realidade – Como Sabemos o que é Verdade. 






Em seus trabalhos científicos, Dawkins é mais conhecido por popularizar o gene como a principal unidade de seleção na evolução; este ponto de vista é mais claramente definido nos seus livros:

O Gene Egoísta (1976), no qual ele afirma que "toda a vida evolui pela sobrevivência diferencial de entidades replicadoras".

O Fenótipo Estendido (1982), no qual descreve a seleção natural como "o processo pelo qual replicadores propagam-se uns em relação aos outros".

Dawkins tem se posicionado de maneira consistentemente cética em relação aos processos não adaptativos de evolução (tais como os descritos por Gould e Lewontin) e sobre a seleção em níveis "acima" do gene.

Ele é particularmente cético sobre a possibilidade prática ou a importância da seleção de grupo como uma base para o entendimento do altruísmo.

Este comportamento parece, à primeira vista, um paradoxo evolutivo, visto que ajudar outro indivíduo custa preciosos recursos e diminui a própria aptidão de cada ser vivo. 


Ele também tem sido um crítico expressivo da teoria filosófica de Gaia, criada pelo cientista independente James Lovelock.

Em junho de 2012 Dawkins criticou incisivamente o livro A Conquista Social da Terra, de 2012, de autoria do biólogo Edward Osborne Wilson.

Críticos da abordagem de Dawkins sugerem que interpretar o gene como uma unidade de seleção (um único evento em que um indivíduo teve sucesso ou fracasso na reprodução) é enganoso; o gene poderia ser melhor descrito, dizem eles, como uma unidade de evolução (mudanças de longo prazo nas frequências alélicas em uma população).




Em O Gene Egoísta, Dawkins explica que usa a definição de George C. Williams do gene, que define como "aquilo que segrega e recombina com frequência apreciável".

Outra crítica comum é a de que um gene não pode sobreviver sozinho, já que tem de cooperar com outros genes para construir um indivíduo, e, por conseguinte, não pode ser uma "unidade" independente. Em O Fenótipo Estendido, Dawkins sugere que, do ponto de vista de um gene individual, todos os outros genes são parte do ambiente ao qual estão adaptados.

Defensores dos níveis mais elevados de seleção (como Richard Lewontin, Sloan David Wilson e Elliott Sober) sugerem que há muitos fenômenos (incluindo o altruísmo) que a seleção centrada nos genes não pode explicar satisfatoriamente. 


No conjunto de controvérsias sobre os mecanismos e interpretações da evolução (o que tem sido chamado de "As Guerras de Darwin"), um grupo é defendido por Dawkins, enquanto o outro pelo paleontólogo norte-americano Stephen Jay Gould, refletindo a proeminência de cada um como um popularizador das ideias pertinentes sobre o assunto.

Dawkins e Gould têm sido comentaristas particularmente destacados na controvérsia sobre a psicologia evolutiva e a sociobiologia, com Dawkins geralmente aprovando e Gould sendo crítico em relação a esses temas.  Apesar de suas divergências acadêmicas, Dawkins e Gould não tinham uma relação pessoal hostil. 

Dawkins dedicou uma grande parte de seu livro O Capelão do Diabo a Gould, que havia falecido no ano anterior. O lançamento do livro de Dawkins O Maior Espetáculo da Terra - As Evidências da Evolução, expõe as evidências da evolução biológica e coincidiu com o ano do bicentenário de Charles Darwin.



Ele descreveu o ponto de vista defendido pelo criacionismo da Terra Jovem, que diz que a Terra tem apenas alguns milhares de anos, como "um absurdo, uma falsidade encolhedora de mentes", e seu livro O Relojoeiro Cego, de 1986, contém uma crítica sustentada contra o argumento do design, um importante argumento criacionista. 

No livro, Dawkins argumenta contra a analogia do relojoeiro feita pelo famoso teólogo inglês do século XVIII William Paley no livro Teologia Natural, onde Paley argumenta que, assim como um relógio é algo muito complexo e funcional para ter simplesmente surgido para a existência meramente por acidente, então todos os seres vivos — com a sua complexidade muito maior — também devem ter sido concebidos propositalmente. 

Dawkins parte da opinião generalizada entre os cientistas de que a seleção natural é um processo suficiente para explicar a funcionalidade aparente e a complexidade não aleatória do mundo biológico e que pode-se dizer que a própria natureza desempenha o papel de um "relojoeiro", ainda que seja um relojoeiro automático, não inteligente e cego.

Atualmente, Richard Dawkins participa de vários programas de rádio e TV, faz palestras e produz documentários para canais de televisão.



"Em defesa da fé ou da descrença, inflama-se o discurso e desvia-se o debate para a inconsistente contraposição entre fé e razão. Em algum momento, o enfrentamento de crentes e ateus posicionou a religião no campo da irracionalidade - o que é uma falácia moderna, pois uma não se contrapõe a outra: tanto crentes quanto ateus têm fé e razão, a diferença residindo apenas em acreditar ou não naquilo que não compreendem. 
Erram os neo-ateus em girar em torno de suas tentativas de colocar Deus sob a luz dos experimentos científicos, como se algo imaterial e sobre-humano pudesse ser posto à prova, como se a ciência tivesse respostas para tudo. Erram os crentes ao basear seus argumentos na contraposição a esse desvio cientificista, buscando na mesma ciência provas da divindade." - Robertson Frizero

Outros vídeos:









Fonte: http://www.infoescola.com/biografias/richard-dawkins/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Dawkins




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